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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Caterham CT01





A Caterham é a primeira equipe de Fórmula 1 a revelar o modelo com que irá competir na temporada de 2012 da categoria, ainda que o time malaio não tenha mostrado o carro inteiramente para a imprensa, já que disponibilizou em seu site apenas algumas fotos de partes da carenagem.

A "amostra" integral do novo CT01 somente pôde ser vista nas imagens que vazaram ontem na internet, as mesmas que ilustram esse post, e a impressão que se tem é que Mike Gascoyne e Mark Smith desenharam um monstrengo que já foi apelidado de "crocodilo" em razão do grande ressalto que a superfície da parte dianteira faz quando atinge o local da suspensão da frente.

Há também mudanças visíveis na carenagem sobre o cofre do motor, muito em razão da proibição do chamado exhaust blow diffuser, ou difusor soprado do escapamento, o que deu à parte central e traseira do carro linhas mais quadradas em relação ao seu modelo antecessor, já que o próprio escapamento foi trazido para a porção final dos sidepods.

Além da inovação plástica, o novo carro do time conta com o sistema de KERS  advindos da Red Bull Technology, em razão da parceria firmada entre ambos desde o final de 2010, a qual já rendeu ao modelo Lotus T128 usado no ano passado a caixa de câmbio e o motor Renault.

É com esse modelo que o time baseado na Malásia tenta, finalmente, quebrar a barreira dos "TOP 10", e assim conseguir marcar seu primeiro ponto, além de começar a incomodar os times considerados médios ao invés de brigar com as nanicas HRT e Virgin.

Aliás, dos times que estrearam em 2010, a Caterham parece ser aquele que apresenta mais seriedade, e já no ano passado conseguiu terminar as últimas provas da temporada levando apenas uma volta dos líderes.

Felizmente a grande pendenga existente com a Lotus Cars foi devidamente resolvida por meio de um acordo engendrado pelo fabricante britânico, que passou a apoiar a Renault, e Tony Fernandes, que resolveu mudar o nome do seu time em 2012 para Caterham, que também se trata de uma fabricante de carros baseada na Inglaterra, fundada em 1973, cuja origem é vinculada à própria Lotus e a Colin Chapman, e que foi adquirida pelo multimilionário malaio em abril de 2011.

A dupla de pilotos é a mesma desde a criação do time em 2010, mas será que Heikki Kovalainen e Jarno Trulli conseguirão, finalmente, voltar a pontuar, o que não fazem desde 2009?

PS: Em 17 de fevereiro de 2012, sob o argumento de que visava o mercado econômico global, Tony Fernandes anunciou a demissão de Jarno Trulli, que estava na categoria desde 1997, substituindo-o pelo russo Vitaly Petrov, o qual no fim do ano já estava cotado para correr ao lado de Kovalainen, fazendo com que fosse a primeira vez desde 1970 que uma temporada da Fórmula 1 não se iniciava sem ao menos um piloto italiano no grid.

Ficha técnica:


Pilotos 20  Heikki Kovalainen - 21  Vitaly Petrov
Chassi CT01
Caixa de câmbio Red Bull Technology de sete marchas, mais a marcha-a-ré, com comando semi automático sequencial
Freios Discos e pastilhas Carbone Industrie ou Hitco e pinças AP
Suspensão Independente do tipo push-rod de ativação da torção das molas dianteiras e do tipo pull-rod nas traseiras, com amortecedores Penske
Peso 640 quilogramas, com piloto água e lubrificantes
Rodas BBS de 13 polegadas
Motor Renault RS27-2012, V8 em 90º, 32 válvulas, 2,4 litros, 95 quilogramas, limitado a 18.000 RPM, com injeção e ignição eletrônicas
Combustível e lubrificantes Total

domingo, 22 de janeiro de 2012

Rally de Monte Carlo


Em meio a uma grande crise que pôs em risco a disputa do certame, iniciou na semana passada a temporada 2012 do WRC, o Campeonato Mundial de Rally, e em grande estilo, com o retorno ao calendário do mais que tradicional Rally de Monte Carlo, em uma etapa se estendendo, pela primeira vez, por cinco dias, indo dos dias 18 a 22 de janeiro, contendo um total de dezoito estágios cronometrados, sendo quatro na quarta-feira, seis na quinta-feira, três na sexta-feira, quatro no sábado, ficando o domingo com a última especial, o power stage, totalizando 433,36 quilômetros de competição, ou 1.780,47 quilômetros se computados também os trechos de deslocamento.

Apesar da história que envolve o mítico Rally de Monte Carlo, que é disputado desde 1911, o evento, que fazia parte da categoria máxima do rally desde 1973, esteve de fora nos últimos três anos, 2009, 2010 e 2011, quando integrou o IRC, o International Rally Championship, retornando ao WRC, com toda a pompa, em 2012, o que é um alento para os fãs do automobilismo.

Trata-se de um rally disputado em asfalto, suscetível a gelo e neve devido ao inverno europeu, desafiando a habilidade dos pilotos em piso bastante escorregadio nas subidas e descidas de montanhas que compõem a geografia local, parte em solo francês e parte em solo monegasco, incluindo o Col de Turini, o mais emblemático e lendário estágio do evento, composto de vários grampos.

Como há muito tempo não acontecia na categoria, a "dança das cadeiras" na "entressafra" foi bastante grande entre os times principais.

A Citroën, por exemplo, não quis arriscar mais um ano de disputas internar e liberou o jovem e rápido Sébastien Ogier, contratando para o seu lugar o insosso finlandês Mikko Hirvonen, vice-campeão em três oportunidades nos últimos quatro anos pela equipe oficial da Ford, onde esteve desde 2006.

A marca francesa também reativou seu time Junior, que ficou de fora da temporada passada, fornecendo um DS3 para o belga Thierry Neuville.

O francês Ogier, por seu turno, surpreendeu o mundo ao assinar com a Volkswagen, que retornará ao certame em 2013 com equipe própria e o modelo Polo. Para não ficar parado, Ogier terá um ano de transição, e correrá pela marca alemã com um Skoda (subsidiária da VW), o Fabia da Super 2000, que possui motores de dois litros aspirados.

Na Ford, Malcolm Wilson, o chefe do time oficial, elevou o rapidíssimo mas incosequente Jari-Matti Latvala ao posto de primeiro piloto após a saída de Hirvonen, que foi substituído pelo experiente Petter Solberg, retornando ao seio da marca do oval azul, onde esteve em 1999 e 2000, e que corria com equipe própria, a bordo de um Citroën DS3, desde que a Subaru, por quem foi campeão em 2003, anunciou a retirada do seu time oficial de fábrica do WRC, no final de 2008.

Por sua vez, M-Sport, subsidiária da Ford, dispensou seus três pilotos titulates, Henning Solberg (irmão de Petter), Mads Ostberg e Matthew Wilson, pelo menos para o Rally de Monte Carlo, para albergar dois jovens talentos, o estoniano Ott Tänak e o russo Evgeny Novikov, bem como o experiente francês de 49 anos François Delecour, de fora do WRC desde 2002.

O time oficial da Mini Cooper manteve seu primeiro piloto, o espanhol Daniel Sordo, e promoveu a substituição de Kris Meeke pelo francês Pierre Campana. Capitaneada pela Prodrive, de David Richards, a equipe sofre com a falta de patrocínio e, para piorar, perdeu o prazo de inscrição, o que quase os deixou de fora de 2012, ano em que fará a primeira temporada completa nesse seu retorno.

O Brasil não ficará de fora da festa, já que a dupla Paulo Nobre e Edu Paula, com o time Palmerinha Rally, confirmou que fará a temporada completa de 2012 pelo WRC com o modelo Mini Cooper.

Após iniciar o ano em crise, quando a North One Sport, detentora dos direitos promocionais da categoria, rompeu o acordo que tinha com a FIA após esta exigir daquelas garantias de que a empresa cumpriria suas obrigações contratuais, a primeira etapa do WRC foi salva apenas após a entidade máxima do automobilismo resolver promover ela própria o Rally de Monte Carlo, ainda que esteja a espera de um novo parceiro antes do Rally da Suécia.

O campeonato, mais uma vez, começou como tudo terminou na temporada anterior, ou seja, com Sébastian Loeb tranquilamente à frente, para desespero daqueles que pensam em, finalmente, destroná-lo.

O atual octacampeão só esteve longe da liderança em apenas dois estágios ainda no início da competição, nas SS2 e SS3, muito em razão de uma equivocada escolha de pneus, situação rara na Citroën, que preferiu iniciar o evento com os pneus macios ao invés dos super-macios, algo que custou muito tempo a Loeb quando enfrentou pisos cobertos de gelo.

Passado o susto inicial, o francês precisou apenas ficar longe de problemas e erros bobos, algo que ele sabe fazer muito bem, para garantir, pela sexta oportunidade, a vitória o Rally de Monte Carlo, para a alegria do seu navegador, o monegasco Daniel Elena.

Loeb ficou com a vitória no power stage, ao marcar o tempo de 3min27s8, ficando com os três pontos extras. Hirvonen foi o segundo ao fazer o tempo de 3min29s0, e Novikov surpreendeu ficando com o terceiro posto e o ponto extra final quando cronometrou o tempo de 3min30s4.

Apontado como o único capaz de interromper a sequência de títulos de Loeb na atual temporada, o finlandês Jari-Matti Latvala colheu os frutos de iniciar a quarta-feira de manhã com os pneus super-macios, tirando mais de cinquenta segundos do multicampeão da Citroën ainda na SS2, o que lhe permitiu abrir mais de trinta segundos na liderança.

Mantendo a praticamente a mesma diferença no início da tarde, o finlandês, mais uma vez, colocou tudo a perder ao cometer um erro na SS4, quando perdeu o controle de seu carro ao entrar rápido demais em uma curva à direita. O Ford escorregou de traseira, acertou uma pequena elevação na parte externa da pista paras depois cair em um barranco com a porta do lado esquerdo para baixo, permitindo, assim, que Loeb retornasse à liderança sem oposição dos demais rivais.

Ao ser entrevistado, Latvala disse que se concentrou demais no gelo que estava à beira da pista, deixando de lado as instruções de seu navegador, ou seja, mais um erro bobo do jovem piloto da Ford.

O que animou o rally, no entanto, foi mesmo a briga entre Daniel Sordo e Petter Solberg, que se alternaram na frente por várias vezes, e que vencida com estilo pelo espanhol, que se recuperou de um erro bobo no segundo estágio da quarta-feira, quando acertou o muro com a parte traseira, danificando a suspensão, levando-o a bater levemente de frente em uma ponte, para ficar com o segundo posto.

Nesse estágio, com água em partes da pista e gelo em outras, a escolha dos compostos de pneus de ambos os pilotos foram totalmente equivocadas, já que as condições da pista exigiam pneus com cravos. Equipado com compostos de inverno, mas sem cravos, Sordo se deu melhor que Solberg, que escolheu colocar os pneus de inverno na frente e os super-macios atrás, deixando o carro bom uma boa aderência na frente, mas com a traseira totalmente solta, o que propiciou ao espanhol abrir cerca de um minuto do norueguês apenas nesse estágio, deixando o homem da Ford, que ainda teve um pneu furado na última super-especial da sexta-feira, com o último lugar do pódio.

A equipe oficial da Cooper ainda comemorou o sétimo lugar de seu segundo piloto, o francês Pierre Campana, o que é um alento à Prodrive, depois de um começo de ano bastante tumultuado

Mikko Hirvonen, apagado como sempre, ficou com o quarto lugar, a despeito de ter vencido três estágios consecutivos, SS12, SS13 e SS14, o que deverá ser a tônica do finlandês, mesmo a bordo do Citroën DS3.

O trio da M-Sport andou muito bem em Monte Carlo. Os três pilotos do time subsidiário da Ford conseguiram alcançar a zona de pontuação, destacando o feito de Delecour, que ficou com o sexto posto, mesmo após dez anos de ausência do WRC, e ainda se deu ao luxo de presentear seu navegador, Dominique Savignoni, que anunciou a aposentadoria, com o direito de pilotar o Ford Fiesta pelo power stage.

Um dos grandes destaques no Rally de Monte Carlo foi Sébastien Ogier. Com um carro inferior, o Skoda Fabia S2000, o francês chegou a figurar no quarto lugar por dois estágios, SS4 e SS5, para depois estabelecer-se na sexta posição, até que na SS10, a cinco quilômetros do fim, em um trecho de alta velocidade, passou por cima de uma elevação do lado externo da pista a cerca de 150 km/h, o que alçou do chão as rodas do lado esquerdo. Na tentativa de recuperar o controle do carro, Ogier bateu com força, primeiro em algumas árvores, e depois em um barranco. Piloto e copiloto, por precaução, foram levados ao hospital para observação.

A única dupla brasileira que participou do evento, Paulo Nobre e Edu Paula, conseguiram chegar ao final, terminando na 20ª colocação, o melhor resultado deles na categoria, algo que foi bastante comemorado, e dará a eles confiança para enfrentar os demais desafios em 2012.

Esses foram os que marcaram pontos no Rally de Monte Carlo:

Sébastien Loeb (FRA) Citroën DS3
Daniel Sordo (ESP) Mini Cooper
Petter Solberg (NOR) Ford Fiesta
Mikko Hirvonen (FIN) Citroën DS3
Evgeny Novikov (RUS) Ford Fiesta
François Delecour (FRA) Ford Fiesta
Pierre Campana (FRA) Mini Cooper
Ott Tänak (EST) Ford Fiesta
Martin Prokop (TCH) Ford Fiesta (privado)
10º Armindo Araújo (POR) Mini Cooper (privado)

Sébastian Loeb começa o ano marcando a pontuação máxima possível em um evento, com 25 pontos pela vitória do rally e mais três tentos extras pela conquista no power stage, o que já o faz abrir dez pontos sobre o seu mais próximo rival na tabela, Daniel Sordo.

Quem sai realmente frustrado da primeira etapa é Latvala, que sabe que terá de ser muito constante se quiser bater Loeb, e que vai para o próximo rally já com 28 pontos de desvantagem.

 Sébastien Loeb 28
 Daniel Sordo
18
 Petter Solberg
15
Mikko Hirvonen 14
Evgeny Novikov
11
François Delecour
8
Pierre Campana
6
 Ott Tänak 4
 Martin Prokop
2
10º  Armindo Araújo
1

Com o primeiro lugar de Loeb e a quarta colocação de Hirvonen, a Citroën pula para a liderança do Mundial de Construtores, deixando a Mini em segundo e a Ford, que conta os prejuízos com o acidente de Latvala, na quarta colocação, atrás até mesmo da M-Sport, a equipe satélite da marca do oval azul.

 Citroën WRT 37
 Mini WRC Team 24
 M-Sport WRT 18
 Ford WRT 15

A segunda etapa do WRC é o Rally da Suécia, disputado em piso de gelo e neve, daqui a três semanas, entre os dias 9 a 12 de fevereiro, evento que é dominado por Mikko Hirvonen e onde a Ford não perde desde 2006.