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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Rally da Espanha


No fim de semana retrasado, entre os dias 21 a 23 de outubro, aconteceu na Catalunha a penúltima etapa do WRC, o Campeonato Mundial de Rally da FIA, o Rally da Espanha, contendo um total de dezoito estágios cronometrados, sendo seis na sexta-feira, seis no sábado e os demais seis no domingo, com um total de 406,52 quilômetros de percurso cronometrados, ou 1.589,90 quilômetros, considerando também os trechos de deslocamento.

Comemorando o vigésimo ano do evento no calendário do campeonato principal de rally, os organizadores promoveram algumas modificações. Ante s uma etapa completamente no asfalto, foram introduzidos em 2011 estágios em terreno de terra durante toda a sexta-feira, incluindo uma superespecial noturna, fechando o primeiro dia.

A sexta-feira, aliás, foi decisiva para o resultado da prova, já que Sébastian Loeb transformou a desvantagem de ser o primeiro carro na pista em vantagem, pois apesar da distância de três minutos entre os competidores, a poeira das estradas de terra não baixou, fazendo com que, na sequência, os demais pilotos conduzissem praticamente às cegas.

As condições de visibilidade, para desespero de Daniel Sordo, que corria em casa, não melhorou durante todo o dia, tornando-se crítica no estágio noturno, complicando a estratégia de dupla da Ford, que tentava impor uma diferença suficiente para administrá-la quando chegassem os estágios em asfalto, onde Loeb é praticamente imbatível.

Para se ter uma ideia do problema, três carros foram eliminados no mesmo local ainda na primeira superespecial da competição, Petter Solberg, Ken Block e Ott Tänak, quando todos eles acertaram a mesma pedra no acostamento da pista ao "cortarem" excessivamente uma curva à esquerda.

Com mais de 34 segundos de vantagem abertos ainda no primeiro dia, somente um problema tiraria a vitória de Loeb, problemas estes que rondaram o multicampeão nas últimas etapas, o que permitiu que Hirvonen encostasse na tabela.

No entanto, com a tranquilidade de campeão, Loeb não deu chance ao azar, e fez novamente um rally perfeito, garantindo outra vitória para o seu currículo.

Jari-Matti Latvala foi o único que conseguiu colocar certa pressão sobre Loeb,   mas a distância entre ambos era larga demais para que o finlandês levasse o francês a um erro para favorecer seu colega de time na Ford, Mikko Hirvonen, que novamente foi bastante discreto.

Mesmo sendo mais rápido por algumas oportunidades do que Loeb, Latvala, que fazia a sua melhor apresentação no asfalto, foi obrigado novamente por ordens de equipe a sacrificar o seu segundo lugar em favor de Hirvonen no penúltimo estágio, situação que não agradou a Latvala.

Aliás, as ordens de equipe, inclusive, englobaram o power stage, quando novamente Latvala teve de reduzir para deixar Hirvonen com chances de marcar, ao menos um ponto, estratégia essa em vão.

Equipados com pneus macios, a dupla da Mini Cooper foi a mais rápida no power stage, cabendo a Kris Meeke a honra de, pela primeira vez, vencer um estágio, e justamente no dia em que debutava na zona de pontuação do WRC.

Com o tempo de 2min45s7, Meeke ficou com os três pontos de bonificação ao ser mais rápido que seu colega de time mais experiente, o espanhol Daniel Sordo, que cronometrou 2min45s9, e ficou com dois pontos extras, dando à Mini Cooper, capitaneada pela Prodrive, de David Richards, a primeira dobradinha em uma superespecial, deixando Sébastian Loeb com o terceiro posto, e o ponto extra final, com o tempo de 2min50s6

Sébastien Ogier, de quem muito se esperava, principalmente diante da sua rebeldia, já que ainda tinha chances de se sagrar campeão, teve um fim de semana para ser esquecido, com dois pneus furados, um na sexta-feira e um no sábado, o que lhe alijou da briga pela vitória. Para completar, no domingo  ainda teve um problema de motor no penúltimo estágio, o que o fez abandonar a prova, trazendo um grande alívio para a Citroën, já que Ogier certamente não terá mais argumento para não seguir as ordens do time.

Destaque final para Evgeny Novikov, que terminou pela primeira vez nos pontos em 2011, justamente na etapa em que deixou a Stobart M-Sport, equipe satélite da Ford, para correr com um Citroën DS3.

Kimi Räikkönen, por outro lado, tinha na Espanha grandes esperanças de voltar a marcar pontos, mas um vazamento de óleo que provocou um pequeno incêndio ainda no primeiro estágio da competição acabou com o sonho do campeão mundial de Fórmula 1 de 2007, sendo obrigado a abandonar logo no início.

Entre os brasileiros que disputaram o Rally da Espanha, o melhor foi Daniel Oliveira, que terminou na 25ª colocação da classificação geral, terminando o evento com um surpreendente quarto lugar no power stage, falhando de receber o ponto de bonificação por apenas 3s1. Já Paulo Nobre, com seu Mitsubishi Lancer EvoX, que estreava em pisto de asfalto, conseguiu a 42ª posição no geral.

Esses foram os que marcaram pontos no Rally da Espanha:

Sébastien Loeb (FRA) Citroën DS3
Mikko Hirvonen (FIN) Ford Fiesta
Jari-Matti Latvala (FIN) Ford Fiesta
Daniel Sordo (ESP) Mini Cooper
Kris Meeke (GBR) Mini Cooper
Mads Ostberg (NOR) Ford Fiesta
Evgeny Novikov (RUS) Citroën DS3 (privado)
Henning Solberg (NOR) Ford Fiesta
Dennis Kuipers (HOL) Ford Fiesta (privado)
10º Juho Hänninen (FIN) Skoda Fabia S2000

Loeb, que chegou à Espanha empatado em pontos com Mikko Hirvonen, vai para a derradeira etapa do campeonato com oito pontos de vantagem, graças à ajuda que o finlandês vem tendo de seu colega de time na Ford.

Para ser campeão, no entanto, Hirvonen precisará mais do que ordens de equipe, ainda que não mereça o título pelas pobres apresentações que teve durante todo o ano de 2011.

Sébastien Loeb (França) 222
Mikko Hirvonen (Finlândia) 214
Sébastien Ogier (França) 193
Jari-Matti Latvala (Finlândia) 146
Petter Solberg (Noruega) 110
Mads Ostberg (Noruega) 70
Daniel Sordo (Espanha) 57
Matthew Wilson (Grã-Bretanha) 53
Henning Solberg (Noruega) 44
10º Kimi Räikkönen (Finlândia) 34
11º Frederico Villagra (Argentina) 20
12º Dennis Kuipers (Holanda) 17
13º Khalid Al-Qassimi (Emirados Árabes) 15
14º Juho Hänninen (Finlândia) 14
15º Kris Meeke (Grã-Bretanha) 13
16º Hayden Paddon (Nova Zelândia) 10
17º Martin Prokop (Rep. Tcheca) 7
18º Ott Tänak (Estônia) 7
19º Per-Günnar Andersson (Suécia) 6
20º Michal Kosciuszko (Polônia) 6
21º Evgeny Novikov (Rússia) 6
22º Armindo Araújo (Portugal) 4
23º Oleksander Saliuk (Ucrânia) 4
24º Ken Block (Estados Unidos) 4
25º Peter van Merksteijn (Holanda) 2
26º Benito Guerra (México) 2
27º Pierre Campana (França) 2
28º Bernardo Sousa (Portugal) 1
29º Patrik Flodin (Suécia) 1

Os resultados em Costa Daurada deram à Citroën o sétimo título de construtores, o quarto deles de forma consecutiva, mostrando a força da marca francesa em conjunto com Sébastien Loeb.

Citroën WRT 397
Ford WRT 351
Stobart-M Ford 145
Petter Solberg WRT 98
FERM Power Tools WRT 44
Team Abu Dhabi 42
Munchi's Ford 38
Monster WRT 19
Van Merksteijn Motorsport 16
10º Brazil WRT 3

O próximo compromisso do WRC é o Rally da Grã-Bretanha, no País de Gales, daqui a duas semanas, entre os dias 11 e 13 de novembro, etapa de encerramento do campeonato, disputado em piso de terra, que normalmente se transforma em lama em razão do clime local, e onde Sébastian Loeb não perde desde 2008.

domingo, 30 de outubro de 2011

Vettel em velocidade cruzeiro


Mesmo com as mãos no "caneco", Sebastian Vettel continua não dando chances à concorrência, talvez como forma de "revidar" o fato de não o terem permitido vencer a corrida em Suzuka, local onde o bicampeão confirmou o título da temporada de 2011.

Em Buddh, Vettel novamente fez seu passeio dominical, vencendo de ponta-a-ponta, e praticamente livre de qualquer ameaça, pois fez questão de abrir vantagem suficiente no começo da prova para evitar ser atacado com o uso do DRS na reta oposta.

Apenas nos giros finais, quando todos os carros de ponta já estavam equipados com os pneus duros, é que Jenson Button ensaiou uma investida, mas o alemão logo tratou de reagir, fazendo consecutivamente nas três últimas passagens a volta mais rápida da corrida, em que pese a promessa feita à equipe na Coreia, e os avisos do seu engenheiro pelo rádio, pedindo apenas que "trouxesse o carro para casa".

Jenson Button novamente foi o "melhor do resto", e o único a colocar certo incômodo sobre Vettel. Com isso, o britânico mostra que realmente se encaixou como uma luva na McLaren, deixando para trás colega de time, Lewis Hamilton, um piloto mais espetacular.

Já Fernando Alonso segue fazendo o que dá, e mesmo assim sempre acima das expectativas, e o pódio de hoje é prova disso, ganhando a terceira posição quando Mark Webber, não se sabe por qual motivo, antecipou a parada para colocar os pneus mais duros e, assim, cumprir o regulamento.

O australiano, aliás, mostra que está muito aquém das capacidades do seu carro, passando um candidato ao título na metade de 2010 para um notório coadjuvante em 2011, sem ao menos vencer uma prova, enquanto seu companheiro de equipe faturou onze corridas.

Enquanto fazia a sua melhor corrida no ano, praticamente no mesmo ritmo de de Alonso, algo que praticamente não aconteceu nesta temporada, o brasileiro Felipe Massa se envolveu em mais um incidente com Lewis Hamilton, e justamente no dia em que o britânico tentou uma reaproximação ao brasileiro, lhe desejando "boa sorte" enquanto os pilotos faziam o minuto de silêncio em homenagem a Dan Wheldon e Marco Simoncelli.

Dessa vez, no entanto Hamilton foi o menos culpado. Numa atitude inteligente, e sabendo que dificilmente ultrapassaria Massa na reta oposta, mesmo com o DRS acionado, o piloto da McLaren guardou alguns segundos do KERS para utilizá-lo na reta seguinte.

Nitidamente surpreendido, o brasileiro tentou se defender, mas já era tarde demais, e o toque entre ambos foi inevitável, pois ambos já tinham se comprometido no contorno da curva 5.

O erro de Massa foi ter fechado a tangência da curva como se estivesse sozinho na pista, mas Hamilton sabia também que aquela brecha fatalmente desapareceria. O acidente seria impedido se algum dos dois cedesse, mas diante do histórico entre eles, deu no que deu.

Em que pese a decisão dos comissários em punir Felipe Massa, certamente o que mais errou no incidente ao não deixar espaço ao seu rival, considero que o drive through foi excessivo, pois o toque foi mais um acidente de corrida do que uma tentativa deliberada por parte do brasileiro de causar um acidente, ou eliminar um concorrente.

Se Hamilton não foi punido pelo que fez em Suzuka, Massa não deveria ter sido punido pelo que acontecem na Índia.

Felipe Massa ainda acabaria fora da corrida pela mesma situação que o tirou do Q3 no sábado, a quebra da suspensão pelo uso excessivo da zebra interna. Dessa vez, no entanto, tudo aconteceu na curva 9.

É certo que aquele tipo de zebra posicionada em uma curva rápida, de quarta marcha, não é o ideal, mas o brasileiro "atacou" demais tangência, e já tinha excedido a largura da zebra normal.

Assim, por ter sido o único a ter esse tipo de problema, e por dois dias consecutivos, penso que Felipe Massa, mais uma vez, errou, não tendo tomado qualquer tipo de cuidado após o problema no sábado, e de novo não poderá colocar a culpa nos outros pelo seu abandono.

Entre os demais, há alguns destaques a serem feitos.

O primeiro é Michael Schumacher, que terminou numa excelente quinta colocação, aproveitando-se do problema entre Hamilton e Massa. O multicampeão parece retornar próximo à velha forma. Nas últimas três corridas em que ambos os Mercedes GP chegaram ao final da prova, Spa, Suzuka e agora na Índia, Schumacher ficou à frente de seu colega de time.

Grande corrida das Toro Rosso em Buddh. Após chegar ao Q3, o time italiano certamente pontuaria com ambos os carros, razão pela qual foi uma decepção para Giorgio Ascanelli o abandono de Buemi, causado pela quebra do motor Ferrari.

O mexicano Sérgio Pérez também fez uma excelente prova. Saindo do vigésimo lugar em razão da punição que lhe foi imposta por ter ignorado as bandeiras amarelas no primeiro treino livre de sexta-feira, o jovem mexicano conseguiu chegar à zona de pontuação, mesmo após um segundo pit stop complicado na volta 34, quando entrou com muita velocidade e parou fora da posição correta, o que o fez perder alguns segundos preciosos, impedindo-o de ganhar a posição de Sutil.

Essa foi a classificação final do GP a Índia:

Sebastian Vettel (ALE) Red Bull/Renault 60 voltas em 1h30min35s002
Jenson Button (GBR) McLaren/Mercedes-Benz a 8s433
Fernando Alonso (ESP) Ferrari a 24s301
Mark Webber (AUS) Red Bull/Renault a 25s529
Michael Schumacher (ALE) Mercedes GP a 1min05s421
Nico Rosberg (ALE) Mercedes GP a 1min06s851
Lewis Hamilton (GBR) McLaren/Mercedes-Benz a 1min24s183
Jaime Alguersuari (ESP) Toro Rosso/Ferrari a 1 volta
Adrian Sutil (ALE) Force India/Mercedes-Benz a 1 volta
10º Sérgio Pérez (MEX) Sauber/Ferrari a 1 volta
11º Vitaly Petrov (RUS) Renault a 1 volta
12º Bruno Senna (BRA) Renault a 1 volta
13º Paul di Resta (GBR) Force India/Mercedes-Benz a 1 volta
14º Heikki Kovalainen (FIN) Lotus/Renault a 2 voltas
15º Rubens Barrichello (BRA) Williams/Cosworth a 2 voltas
16º Jérôme D'Ambrosio (BEL) Virgin/Cosworth a 3 voltas
17º Narain Karthikeyan (IND) HRT/Cosworth a 3 voltas
18º Daniel Ricciardo (AUS) HRT/Cosworth a 3 voltas
19º Jarno Trulli (ITA) Lotus/Renault a 5 voltas

Enquanto Vettel amplia a sua frente com vitórias, a briga pelo vice-campeonato continua com Jenson Button à frente, e de forma merecida, pois é bastante notório que o britânico, a despeito de ter sido campeão mundial em 2009, faz de 2011 a sua melhor temporada da carreira na Fórmula 1.

Enquanto isso, Mark Webber, com pobres apresentações se o compararmos com seu colega de equipe, segue como azarão nessa briga pelo segundo lugar no campeonato, já que não consegue se colocar em uma posição em que poderia ser ajudado por Vettel, se é que isso acontecerá.

Fernando Alonso, com mais um pódio, também segue vivo na disputa, ainda que a Ferrari seja o carro mais deficiente em relação a McLaren e Red Bull, o que mostra a capacidade desse espanhol ranheta.

Germany Sebastian Vettel 374
United Kingdom Jenson Button 240
Spain Fernando Alonso 227
Australia Mark Webber 221
United Kingdom Lewis Hamilton 202
Brazilia Felipe Massa 98
Germany Nico Rosberg 75
Germany Michael Schumacher 70
Russia Vitaly Petrov 36
10º Germany Nick Heidfeld 34
11º Germany Adrian Sutil 30
12º Japan Kamui Kobayashi 27
13º Spain Jaime Alguersuari 26
14º United Kingdom Paul di Resta 21
15º Switzerland Sébastien Buemi 15
16º Mexico Sérgio Pérez 14
17º Brazilia Rubens Barrichello 4
18º Brazilia Bruno Senna 2
19º  Pastor Maldonado 1

Com o título definido em favor da Red Bull, a McLaren também assegura o vice-campeonato, e à Ferrari, com as pobre exibições de Felipe Massa, que sequer consegue acompanhar o ritmo de seu colega de time, restará novamente a terceira posição, que também é inalcançável pela Mercedes.

Briga boa mesmo é aquela pela sexta posição, que envolve três times, Force India, Sauber e Toro Rosso, com grandes chances do time italiano "engolir" os demais, pois faz um fim de temporada bastante forte.

Austria Red Bull 595
United Kingdom McLaren 442
Italy Ferrari 325
Germany Mercedes GP 145
France Renault 72
India Force India 51
Switzerland Sauber 41
Italy Toro Rosso 41
United Kingdom Williams 5

A Fórmula 1 segue da Índia para os Emirados Árabes Unidos onde, daqui a duas semanas, será disputado o GP de Abu Dhabi, a penúltima etapa do calendário.

No ano passado, o circuito de Yas Marina definiu o título em favor de Sebastian Vettel, ficando também marcada a "choradeira" de Alonso em relação à atitude correta de Petrov, que defendeu sua posição contra o espanhol durante toda a prova.

Apesar de 2011 ter proporcionado uma temporada com mais ultrapassagens, muito pela diferença de desempenho dos pneus, e também pelo DRS, o circuito árabe realizou reformas para permitir mais ultrapassagens, as quais foram raríssimas nesses três anos em que a pista fez parte da categoria.

sábado, 29 de outubro de 2011

Sebastian Vettel faz mais uma



Sem surpresas, Sebastian Vettel conquistou mais uma pole position, a 13ª da temporada, igualando o recorde a marca de Ayrton Senna em 1988 e 1989, e de Alain Prost em 1993, estando a apenas uma para alcançar o recorde de Nigel Mansell em 1992, com 14 poles, o que significa dizer que, com duas corridas ainda restantes, o atual bicampeão tem grandes chances de "embolsar" mais uma marca importante, ainda que domínio de Mansell em qualificações tenha sido maior, já que naquela época eram apenas 16 as etapas no calendário.

No Q3, Lewis Hamilton era o único que mostrava capacidades de bater o tempo de Sebastian Vettel, mas logo abortou a sua segunda volta lançada após a segunda parcial, bem porque o alemão vinha um pouco atrás bem mais rápido.

Mesmo tendo feito o segundo tempo, Hamilton sairá na quinta colocação, eis que foi punido com a perda de três posições no grid de largada por ter ignorado as bandeiras amarelas durante o primeiro treino livre da sexta-feira. Disse ele que o rádio não funcionou, e que não viu os fiscais, mas o fato é que existem luzes de alerta no próprio volante indicando o status da pista, e é mais um "risco" na tumultuada temporada de 2011 do britânico.

Outros que receberam punições foram Sérgio Sanchez, que recebeu a mesma pena de Hamilton por ter também ignorado as bandeiras amarelas no primeiro treino livre, e por isso sairá apenas em vigésimo, e Vitaly Petrov, que largará cinco posições sobre o que conquistou na qualificação, saindo da 16ª colocação por ter sido considerado culpado pelo acidente que envolveu Michael Schumacher na curva 3 na Coreia.

A Ferrari, que chegou a ter um brilharete no segundo treino livre de sexta-feira, quando Felipe Massa fez o melhor tempo, realmente mostrou que não tinha carro para acompanhar o ritmo das Red Bulls e de Hamilton em qualificação, mas a esperança do time é que as coisas corram um pouco melhor em andamento de corrida, o forte dos 150º Itália, principalmente nas mãos de Fernando Alonso, que certamente tem grandes chances de fazer, no mínimo, um pódio, já que sairá da terceira posição.

Felipe Massa, com o erro cometido na sua segunda volta lançada da Q3, quando exagerou na zebra interna da curva 8, acertando uma pequena elevação colocada exatamente para impedir o "corte" na curva, o que causou a quebra da suspensão dianteira direita, ficou impedido de "herdar" uma posição em razão da punição imposta a Hamilton.

Os demais brasileiros, Barrichello e Senna, também decepcionaram, já que ambos ficaram, mais uma vez, atrás de seus respectivos companheiros de equipe, Maldonado e Petrov, e tudo indica para uma corrida complicada para nossos conterrâneos, que dificilmente chegarão na zona de pontuação.

De se destacar, por fim, o grande resultado da Toro Rosso, já que ambos os seus carros conseguiram chegar ao Q3, e com louvor, sendo de se lamentar, no entanto, que Buemi e Alguersuari, juntamente com Sutil, não tenham ido à pista na última parte da qualificação em razão do formato dos treinos que faz com que os times médios poupem pneus novos para a corrida.

Apesar de ter feito um tempo bem acima dos 107% do melhor tempo no Q1, Timo Glock certamente receberá autorização para participar da prova, eis que o alemão, que estava com a caixa de câmbio danificada, sem a quina marcha, foi à pista apenas para mostrar que tem condições de entrar na regra das "condições excepcionais".

Esse foi o resultado do treino de qualificação:

 Piloto (País)Equipe/MotorQ1Q2Q3
Sebastian Vettel (ALE)Red Bull/Renault1min26s2181min24s6571min24s178
Lewis Hamilton (GBR)McLaren/Mercedes-Benz1min26s5631min25s0191min24s474
Mark Webber (AUS)Red Bull/Renault1min26s4731min25s2821min24s508
Fernando Alonso (ESP)Ferrari1min26s7741min25s1581min24s519
Jenson Button (GBR)McLaren/Mercedes-Benz1min26s2251min25s2991min24s950
Felipe Massa (BRA)Ferrari1min27s0121min25s5221min25s122
Nico Rosberg (ALE)Mercedes GP1min26s3641min25s5551min25s451
Adrian Sutil (ALE)Force Inda/Mercedes-Benz1min26s2711min26s140sem tempo
Sébastien Buemi (SUI)Toro Rosso/Ferrari1min26s6081min26s161sem tempo
10ºJaime Alguersuari (ESP)Toro Rosso/Ferrari1min26s5571min26s319sem tempo
11ºVitaly Petrov (RUS)Renault1min26s1891min26s319
12ºMichael Schumacher (ALE)Mercedes GP1min26s7901min26s337
13ºPaul di Resta (GBR)Force India/Mercedes-Benz1min26s8641min26s503
14ºPastor Maldonado (VEN)Williams/Cosworth1min26s8291min26s537
15ºBruno Senna (BRA)Renault1min26s7661min26s651
16ºRubens Barrichello (BRA)Williams/Cosworth1min27s4791min27s247
17ºSérgio Pérez (MEX)Sauber/Ferrari1min27s2491min27s562
18ºKamui Kobayashi (JAP)Sauber/Ferrari1min27s876
19ºHeikki Kovalainen (FIN)Lotus/Renault1min28s565
20ºJarno Trulli (ITA)Lotus/Renault1min28s752
21ºDaniel Ricciardo (AUS)HRT/Cosworth1min30s216
22ºNarain Karthikeyan (IND)HRT/Cosworth1min30s238
23ºJérôme D'Ambrosio (BEL)Virgin/Cosworth1min30s866
24ºTimo Glock (ALE)Virgin/Cosworth1min34s046
107% (tempo de corte)1min32s222

Com a punição a Hamilton, a corrida fica inteiramente nas mãos da Red Bull, já que ambos os carros partem da primeira fila, com Vettel na frente, e Webber logo atrás, e não se surpreendam se o alemão, ao final da prova, abra o caminho para o australiano vencer pela primeira vez no ano, já que Webber ainda briga pelo vice-campeonato.

Será interessante ver como será a estratégia dos pneus, já que é evidente que os pneus duros são cerca de dois segundos mais lentos que os pneus macios, e o regulamento determina que ambos os compostos sejam usados durante a prova.

A previsão é que as equipes façam uma troca de pneus nas derradeiras voltas da prova apenas para cumprir o regulamento, e não é de se espantar que isso seja feito na penúltima volta, para abrir o giro final com os pneus de tarja prateada

A outra questão serão as problemáticas tentativas de ultrapassagens em razão do excesso de sujeira fora do trilho dos carros. Quem se arriscar demais em passar alguém poderá ter problemas para segurar a posição durante algumas voltas, até que os pneus sejam limpos.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Nova Déli


E no próximo domingo teremos a estreia de mais uma pista no calendário da Fórmula 1, o Buddh International Circuit, que abrigará o inédito GP da Índia, em mais um claro esforço de Bernie Ecclestone pelo dinheiro oriental em detrimento das tradicionais pistas europeias.

A pista fica em Greater Noida, uma cidade a cerca de cinquenta quilômetros a sudeste de Nova Déli, em um complexo denominado de Jaypee Sports, no meio do nada, e que também abrigará um estádio, cuja construção já revoltou a população local, a quem o governo prometeu que, no local, seria erguido um centro industrial, visando a geração de emprego na região.

O projeto do autódromo ficou, obviamente, a cargo de Hermann Tilke, arquiteto queridinho de Ecclestone, e que também foi o responsável pelas novas pistas asiáticas da Fórmula 1, bem como é responsável pelo projeto das novas pistas em Austin, no Estados Unidos, e na Rússia, às margens do Mar Negro, as próximas debutantes na categoria.

O traçado possui 5,125 quilômetros, girando no sentido horário, com um total de dezesseis curvas, sendo dez para a direita e seis para a esquerda, e logo se nota que terá a alta velocidade como características, com muitas curvas feitas em quarta ou quinta marchas.

Os pontos mais propícios para ultrapassagens certamente serão na freada para a curva 4 após a longa reta oposta, na curva 1 e, com alguma sorte, na curva 16.

Para ajudar, a direção de prova designou dois pontos de ativação do DRS, o dispositivo da asa traseira móvel, com seus respectivos pontos de detecção independentes.

A primeira zona de ativação será na reta principal, a 36 metros da saída da última curva, com a zona de detecção dez metros após a tangência da curva 15. Já a segunda zona de ativação será no meio da reta oposta, ou cerca de 510 metros da curva 3, a mais lenta da pista, cuja detecção ficará posicionada dezesseis metros antes da tangência da mesma curva 3.

A pista, com cerca de setecentos metros de extensão a menos que Monza, deverá ter praticamente o mesmo tempo de volta. Em que pese a Red Bull prever giros em torno de 1m27s, creio que o tempo será cerca de quatro segundos mais baixo, o que fará da pista indiana uma das mais rápidas do calendário, talvez só perdendo para Monza e Spa Francorchamps.

O curioso é que o traçado possui apenas uma grande reta, o que indica que a alta média de velocidade terá como responsável mesmo o excesso de curvas rápidas, das quais se destacam a sequência compreendida entre a curva 5 e 15, com três chicanes feitas em quarta marcha (curvas 6 e 7, 8 e 9, além da 13 e 14), e as já bastante comentadas curvas 10 e 11, uma "mini curva 8" do circuito de Istambul, que serão feitas em quita marcha, com ponto de saída em ponto, o que me faz arriscar em dizer que veremos muitas saídas de pista neste trecho.

A curva 1 em Buddh também é bastante semelhante à primeira curva da Turquia, e a diferença é que são "invertidas", sendo a primeira para a direita, e a segunda para a esquerda.

A curva 3, a mais lenta do traçado, é baseada no gancho Spitzkehre de Hockenheim, ao final da reta oposta, que também foi desenhado por Hermann Tilke. Porém, enquanto a curva no circuito alemão está em leve decline, a freada para o grampo indiano foi colocado em forte aclive.

Resta destacar também que a pista de Buddh lembra muito o desenho da pista sul-africada de Kyalami, mas as comparações param por aí, principalmente porque giram em sentidos opostos entre si.

Por fim, o último destaque da pista vai para a curva 15, que possui a freada em subida, e a tangência já em descida levemente íngreme, o que a torna cega, trazendo aos pilotos um pequeno desafio até acharem o ponto ideal para virar o volante, principalmente porque na saída está posicionado o ponto de detecção do DRS, para o uso na reta principal.

Com subidas e descidas e  a abundância de curvas de alta, o traçado promete dar aos pilotos muito prazer em guiar, porém isso não implica diretamente em uma corrida interessante, e Yeongam, na Coreia, é prova disso.

Para se ter uma ideia do que está para vir, seguem abaixo dois vídeos com uma volta virtual pelo circuito de Nova Déli:


Em teoria, tendo em vista o domínio da Red Bull em Spa, outra pista rápida e com curvas de alta, o time austríaco é o principal favorito à vitória, ainda mais com um Sebastian Vettel mais que motivado para bater alguns recordes que ainda são possíveis em 2011.

A McLaren certamente virá bastante forte, e a prova disso é o desempenho que Jenson Button teve em Suzuka, outra pista que contem curvas relativamente rápidas, as quais se diferen de Buddh por terem raio longo.

Já a Ferrari poderá ter dificuldades na Índia, pois a Pirelli disponibilizou os compostos macios e duros, cuja diferença de desempenhos será bastante grande, e todos  já sabemos os problemas dos 150º Itália para aquecer de forma ideal os pneus com tarja prateada.

A prova está prevista para ser disputada em 60 voltas, totalizando um percurso de 307,249 quilômetros, que deve ser cumprido em cerca de uma hora e vinte minutos, já que inexiste possibilidade de chuva para o fim de semana, que será bastante quente segundo a meteorologia, com temperaturas ultrapassando os 30ºC.

domingo, 23 de outubro de 2011

DTM - Round 10 - Hockenheim - Green vence a prova de encerramento do campeonato


Como habitualmente acontece no DTM, o Campeonato Alemão de Carros de Turismo, coube a Hockenheim o evento de encerramento da temporada, algo que não acontecem no ano passado devido à frustrada tentativa dos organizadores em expandir a categoria em busca dos iuans chineses. 

Normalmente, Hockenheim é terreno da Mercedes-Benz, que não perde uma corrida lá desde a corrida inaugural do campeonato de 2009, e neste ano a situação não foi diferente, cabendo à Jamie Green a vitória.

O britânico, escolhido para ocupar o lugar de Paul di Resta, campeão da temporada passada, e que se transferiu para a Fórmula 1, finalmente justificou a confiança da marca da estrela de três pontas depois de algumas apresentações bastante frustrantes nas últimas corridas.

Green, que não vencia desde Norisring no ano passado, partiu da segunda colocação, assumindo a liderança da prova logo na primeira curva, só perdendo a ponta devido à diferença de estratégias em relação aos demais pilotos, recuperando-a posteriormente, quando todos cumpriram os dois pit stops obrigatórios.

A vitória, no entanto, serviu como prêmio de consolação da Mercedes-Benz, que dominou o campeonato no início da temporada, vindo a perder terreno da metade do ano, custando-lhe o campeonato de pilotos e de equipes. Antes de Green, Spengler foi o último piloto da marca a vencer em 2011, e isso na quinta prova do calendário, em Norisring.

Com o título assegurado em Valência, Tomczyk correu livre de pressão, mas não foi capaz de fazer frente a Green, que facilmente se desgarrou dos demais após a largada. O campeão de 2011, que partiu do terceiro posto, conseguiu a segunda colocação na primeira curva, mantendo-a até o final.

Miguel Molina, a grande revelação de 2010, novamente decepcionou seu time, não conseguindo aproveitar a segunda pole position nas três últimas provas. Ao menos, o espanhol salvou um pódio, mas é grande candidato a ser preterido pela Audi no ano que vem, com a diminuição de três vagas por marca com a entrada da BMW.

Em sua corrida de despedida pela Mercedes-Benz, Bruno Spengler, que está de malas prontas para a BMW, também não correspondeu às expectativas. Saindo da sexta posição, terminou a prova em uma magra nona colocação, longe da zona de pontos, perdendo o vice-campeonato para Mattias Ekström, que também foi mediano em Hockenheim, conquistando apenas a sexta posição, contando com a ajuda de Scheider, que abriu o caminho para o sueco a dez voltas do fim.

Esses foram os que pontuaram em Hockenheim:

Jamie Green (GBR) Mercedes-Benz C-Klasse 2009
Martin Tomczyk (ALE) Audi A4 2008
Miguel Molina (ESP) Audi A4 2008
Mike Rockenfeller (ALE) Audi A4 2009
Gary Paffett (GBR) Mercedes-Benz C-Klasse 2009
Mattias Ekström (SUE) Audi A4 2009
Timo Scheider (ALE) Audi A4 2009
Olivier Jarvis (GBR) Audi A4 2009

Tal qual aconteceu no ano passado, Spengler começou o ano mostrando bastante força, mas foi gradativamente se apagando a partir do meio do campeonato.

Se em 2010 a situação da Mercedes-Benz não foi ruim, já que a queda de rendimento de Spengler foi substituída pela arrancada de Paul di Resta, em 2011 a perda do título se deu para um piloto da rival Audi, para desespero de Norbert Haug.

Spengler, que na temporada passada também acabou alijado da segunda colocação no campeonato por Gary Paffett, ainda perdeu o vice-campeonato para Mattias Ekström, o qual teve um desempenho fulminante na segunda metade do campeonato, com três vitórias e um segundo lugar. Infelizmente, o sueco demorou para "acordar", o que privou da briga pelo título.

 Martin Tomczyk 72
 Mattias Ekström 52
 Bruno Spengler 51
 Timo Scheider 36
 Jamie Green 35
 Mike Rockenfeller 31
 Gary Paffett 25
 Ralf Schumacher 21
 Edoardo Mortara 21
10º  Olivier Jarvis 14
11º  Miguel Molina 11
12º  Filipe Albuquerque 9
13º  Maro Engel 5
14º  Christian Vietoris 4
15º  Tom Kristensen 2
16º  David Coulthard 1

A Audi Sport Team Abt Sportsline confirma o título entre os times, resultado conseguido, em grande parte, pela péssima apresentação dos carros do time principal da Mercedes-Benz em Oschersleben e Valência.

Depois de três anos com títulos da equipe principal da marca da estrela de três pontos, a Audi Sport Team Abt Sporstline repete o ano de 2007, até então o único campeonato do time na categoria.

Audi Sport Team Abt Sportsline 85
Thomas Sabo/Mercedes-Benz Bank AMG 76
Audi Sport Team Phoenix 72
Salzgitter/AMG Mercedes 56
Audi Sport Team Abt 50
Audi Sport Team Rosberg 30
Audi Sport Team Abt Junior 11
Deutsche Post/GQ AMG Mercedes 6
Junge Sterne/TV Spielfilm AMG Mercedes 4

O campeonato, que se encerrou nesse domingo, promete grandes novidades para 2012, principalmente com a entrada da BMW, e com os novos modelos da Audi e da Mercedes-Benz que, apesar de se tratarem do mesmo chassi por motivo de redução de custos, tanto a carenagem, motor e suspensão serão de fabricação própria de cada marca.

No ano que vem, acontecerão as mesmas dez etapa do calendário de 2011, iniciando-se em 29 de abril, também em Hockenheim, e mais a repetição do evento que não conta pontos para o campeonato no Estádio Olímpico de Munique, vencido por Edoardo Mortara, nos moldes da Race of Champions.

A temporada do ano que vem dá sinais de que será bastante interessante, contando com a estreia, finalmente, de um piloto brasileiro, Augusto Farfus, que acompanha a BMW desde 2007.

Abaixo seguem dois vídeos contendo uma volta virtual com um carro de DTM em Hockenheim.