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domingo, 25 de novembro de 2012

Button vence em Interlagos e Vettel fica com o tri


E Interlagos foi, mais uma vez, palco de uma decisão histórica com um pouco de tudo, ou seja, a presença de diversos ingredientes que elevaram a tensão e o drama ao máximo, principalmente a instabilidade do clima e a chuva, que foram a "cereja do bolo" no dia de hoje, o que, de certa forma, lembrou demais o evento de 2008, levando todos a segurar o fôlego até certamente a primeira neutralização da prova.

Aliás, foi uma corrida digna para o encerramento de uma das temporadas mais disputadas dos últimos anos, principalmente no início da temporada, quando tivemos sete vencedores diferentes nas sete primeiras provas, incluindo a "zebríssima" primeira vitória de Pastor Maldonado em Barcelona.

Enquanto todos ainda "patinavam" com o entendimento quanto ao funcionamento dos pneus Pirelli, que sofreram ligeira modificação em relação ao ano passado, Fernando Alonso conseguiu a sua primeira vitória logo na segunda prova do ano a bordo de um carro que praticamente sequer conseguia avançar ao Q2 e a partir daí, com desempenhos constantes, inclusive com duas vitórias, uma emocionante em Valência e outra em Hockenheim, naquela que seria a última conquista do espanhol em 2012, começou a se sobressair, tendo como ápice o GP da Hungria, última prova antes das férias de verão, de onde Alonso saiu com a liderança isolada com quarenta pontos de vantagem para o segundo colocado, que na oportunidade era Mark Webber.

Quando já se esperava que era questão de tempo para que Fernando Alonso conquistasse seu terceiro título, e de forma brilhante com um carro que nunca foi o melhor do pelotão, estando, em algumas oportunidades, abaixo até da Lotus, o espanhol começou seu calvário, que teve início ao ser vítima de um alucinado Romain Grosjean na largada em Spa Francorchamps.

Para piorar a situação de Alonso, a Ferrari parecia parada no tempo, praticamente sem atualizações de peças, as quais, quando aconteciam, não davam ao F2012 qualquer melhora no desempenho, a ponto do espanhol quase "ter colocado a boca no trombone" em Buddh, momento em ameaçou postar no Twitter que a traseira do seu carro era praticamente a mesma desde Barcelona.

Com Hamilton enfrentando problemas de fiabilidade em seu MP4-27, e alguns azares, que impediram o campeão de 2008 de vencer ou de pontuar muito bem em Valência, Hockenheim, Spa, Cingapura e Abu Dhabi, foi a vez de Sebastian Vettel começar a crescer, aproveitando-se do excelente desenvolvimento do RB8 encabeçado pelo genial Adrian Newey, o que proporcionou ao alemão engatar uma série de quatro vitórias consecutivas, a qual somente foi interrompida devido à punição sofrida em Yas Marina, resultados que colocaram o tedesco na ponta, com uma vantagem pequena, mas que já se imaginava difícil de ser revertida por Alonso.

Essa "montanha russa" que permeou a temporada de 2012 acabou desaguando em Interlagos, circuito que novamente deu aos fãs do automobilismo, uma corrida memorável, com alternâncias, justamente para combinar com aquilo que se viu durante todo o ano.

Quando todos esperavam que a corrida se daria apenas com o tempo nublado, eis que algumas gotas começaram a cair antes da largada para embaralhar a cabeça dos pilotos e equipes, situação que começou a piorar pouco a pouco, levando quase todos a colocarem os pneus intermediários, até que a pista começou a secar, o que obrigou o retorno aos pneus de seco, que tiveram de ser substituídos já no final, já que a chuva resolveu voltar e com mais intensidade, gerando o acidente de Paul di Resta, o qual decretou o fim da prova.

Apesar de ser aquilo que Fernando Alonso desejava, já que em situação normal o título de Vettel seria praticamente confirmado na primeira curva, ambos os contendores ao tricampeonato tiveram seus momentos de felicidade e de lamentos.

A começar com Vettel que, com uma largada atipicamente cautelosa, perdeu várias posições, o que o deixou vulnerável ao pelotão ensandecido e quase pôs tudo a perder em um acidente com Bruno Senna logo na primeira volta na primeira perna do Curva do Lago, o qual considero um mero incidente de corrida, já que, revendo o replay do lance, pode-se perceber que o brasileiro mergulhou para a curva sem esperar que o piloto da Red Bull, que tinha por fora e estava encoberto para o piloto da Williams em razão da presença do carro de Paul di Resta entre eles, fechou a curva, levando ao toque entre ambos.

Com muita sorte, o toque não atingiu a suspensão do RB8, que somente sofreu danos na parte posterior do seu sidepods do lado esquerdo, com o custo de uma pequena perda aerodinâmica, o que permitiu ao atual tricampeão continuar a prova.

Em uma condição em que o título caía no colo de Alonso, Vettel tratou logo de "colocar a faca entre os dentes" até chegar ao terceiro posto antes de entrar nos boxes para colocar os pneus intermediários.

Estabelecendo-se na zona de pontuação, Vettel passou a se tranquilizar, tanto que não quis enfrentar Kobayashi na disputa pela sexta colocação, administrando sua corrida em relação àquilo que estava sendo alcançado por Alonso, atitude que levou o tedesco ao verdadeiro tricampeonato, sendo o terceiro a conseguir faturar três títulos na sequência, igualando a marca de Juan Manuel Fangio e Michael Schumacher.

Por outro lado, Fernando Alonso também passou seus "wow moments" quando saiu da pista por duas vezes no "S" do Senna, agradecendo o fato de que a administração do autódromo resolveu asfaltar o local, pois se essas escapadas tivessem acontecido no ano passado o espanhol certamente teria encerrado sua prova ali, para depois, já no terço final da prova, quando a chuva voltou, conseguir segurar um revoltado F2012, que quase saiu da pista na saída do Curva do Sol, além de ter passado por certo apuro com retardatários voltas antes no mesmo lugar.

Com uma missão um pouco ingrata, Alonso fez o que podia e o segundo lugar conquistado pode ser considerado um resultado até melhor em relação àquilo que se esperava, tendo sido ajudado, para tanto, dos erros e abandonos alheios, além da chuva no final.

É realmente uma pena que haja a necessidade de haver um só campeão, já que tanto Alonso como Vettel mereciam a coroa de 2012, este último pela excepcional reação que teve praticamente no terço final da temporada, quando teve, sem dúvida alguma, o melhor carro de todos, e o primeiro pelo que fez até a paralisação do campeonato em razão das férias de verão, abrindo uma grande vantagem, em grande parte pelos desacertos de seus adversários, para então carregar seu carro nas costas e, aos "trancos e barrancos", manter-se vivo na briga até a derradeira prova do ano.

Apesar de meros coadjuvantes em razão da briga entre Alonso e Vettel, deve-se destacar os feitos de Hülkenberg, Kobayashi e, porque não, Felipe Massa.

O alemão teve um desempenho surpreendente ao conseguir enfrentar ambas as McLarens para ser aquele que mais liderou o GP do Brasil, com trinta voltas à frente, e deu esperanças à Force India de conquistar aquela vitória que lhe escapou de Fisichella em Spa, no ano de 2009. 

A pressão, no entanto, parece ter sido demais para Hülkenberg, que cometeu dois erros, o primeiro ao dar uma "meia rodada" no "S" antes do Pinheirinho, e o segundo quando tentou frear além do limite na parte úmida da pista para retornar à liderança e acabou bloqueando a roda traseira, atingindo o carro de Hamilton, acabando com a potencial vitória do britânico.

Mesmo com a punição que lhe foi imposta, o piloto da Force India ainda conseguiu um excepcional quinto lugar, que poderia ser quarto se não fosse o acidente causado por seu colega de equipe na Curva do Café.

Pretendendo sensibilizar algum chefe de equipe para ter um cockpit para 2013, já que perdeu o seu na Sauber para Esteban Gutiérrez e o dinheiro vindo da Telmex, Kobayashi fez uma grande corrida, chegando a figurar na quarta colocação, com direito a ultrapassagens sobre Vettel e Alonso, desempenho este que não pode ser apagado pela rodada ao final em disputa pelo sétimo lugar com Michael Schumacher.

Já Felipe Massa fez por merecer o pódio conquistado em Interlagos, primeiro com uma largada excepcional que o fez pular para o segundo lugar, e depois por um andamento sério que o colocou novamente na vice-liderança da prova  depois de cair para 14º lugar em razão do erro estratégico da Ferrari até que foi obrigado a abrir passagem ao seu colega de equipe, situação totalmente desnecessária, já que nem mesmo esse jogo de equipe salvou o título para o espanhol, sendo totalmente justificado o choro do brasileiro em seu segundo pódio do ano, o primeiro em Interlagos desde a trágica perda do título de 2008.

Em sua segunda despedida da Fórmula 1, dessa vez definitiva, Michael Schumacher fez realmente uma corrida de respeito, conquistando um sétimo lugar após abrir passagem para Vettel mesmo tendo figurado na última colocação por várias voltas, ainda que tenha sido salvo pela intervenção do safety car.

Por fim, o "momento noob"  e hilário da corrida vai para Kimi Räikkönen que, depois de protagonizar momentos hilários  de discussão com seu engenheiro na prova que venceu em Abu Dhabi, dessa vez tentou pegar um caminho alternativo após escapar na Junção, sendo obrigado a retornar depois de perceber que a saída estava fechada por um portão no antigo traçado da própria Junção. Para quem não viu, aqui vai o link: http://www.youtube.com/watch?v=ZNoluFOF_dk.

Entre as equipes pequenas, a Caterham, com o 12º de Petrov, que fez de tudo também em Interlagos, conseguiu reconquistar da Marussia a décima posição no campeonato, a qual havia sido perdida após o 12º lugar de Glock na caótica prova de Cingapura.

Essa foi a classificação final do GP do Brasil:

 Piloto (País)Equipe/MotorTempo de prova
Jenson Button (GBR)McLaren/Mercedes-Benz71 voltas em 1h45min22s656
Fernando Alonso (ESP)Ferraria 02s754
Felipe Massa (BRA)Ferraria 03s615
Mark Webber (AUS)Red Bull/Renaulta 04s936
Nico Hülkenberg (ALE)Force India/Mercedes-Benza 05s708
Sebastian Vettel (ALE)Red Bull/Renaulta 09s453
Michael Schumacher (ALE)Mercedesa 11s907
Jean-Éric Vergne (FRA)Toro Rosso/Ferraria 28s653
Kamui Kobayashi (JAP)Sauber/Ferraria 31s250
10ºKimi Räikkönen (FIN)Lotus/Renaulta 1 volta
11ºVitaly Petrov (RUS)Caterham/Renaulta 1 volta
12ºCharles Pic (FRA)Marussia/Coswortha 1 volta
13ºDaniel Ricciardo (AUS)Toro Rosso/Ferraria 1 volta
14ºHeikki Kovalainen (FIN)Caterham/Renaulta 1 volta
15ºNico Rosberg (ALE)Mercedesa 1 volta
16ºTimo Glock (ALE)Marussia/Coswortha 1 volta
17ºPedro de la Rosa (ESP)HRT/Coswortha 2 voltas
18ºNarain Karthikeyan (IND)HRT/Coswortha 2 voltas
19ºPaul di Resta (GBR)Force India/Mercedes-Benza 3 voltas/abandono

Por apenas três pontos, Sebastian Vettel mantem sua invencibilidade na disputa de títulos e comemora o seu terceiro campeonato, deixando Fernando Alonso novamente para trás, tal qual o fez em 2010.

Com um carro bem inferior aos dos ponteiros, Räikkönen assegurou a terceira colocação nesse seu retorno após dois anos fora da categoria, ajudado, é claro, pelo abandono de Hamilton, deixando Button na quinta colocação, seguido de Mark Webber.

Após um catastrófico início de temporada, Felipe Massa conseguiu se recuperar para ficar com a sétima colocação no campeonato, uma a menos que em 2011, ainda que tenha conseguido marcar quatro pontos a mais em relação ao ano passado.

 Sebastian Vettel281
 Fernando Alonso278
 Kimi Räikkönen207
 Lewis Hamilton
190
 Jenson Button188
 Mark Webber179
 Felipe Massa
122
 Romain Grosjean
96
 Nico Rosberg
93
10º Sérgio Pérez
66
11º Nico Hülkenberg
63
12º
 Kamui Kobayashi
60
13º Michael Schumacher
49
14º Paul di Resta
46
15º
 Pastor Maldonado
45
16º Bruno Senna
31
17º Jean-Éric Vergne
16
18º Daniel Ricciardo
10
19º Vitaly Petrov
0
20º Timo Glock
0
21º Charles Pic
0
22º Heikki Kovalainen
0
23º Jérôme D'Ambrosio
0
24º Narain Karthikeyan
0
25º Pedro de la Rosa
0

Com o abandono de Hamilton, nem mesmo a vitória de Jenson Button salvou a McLaren e o vice-campeonato ficou mesmo para a Ferrari, razão pela qual esta foi a melhor temporada do time italiano desde que venceu o título de construtores de 2008.

Com um desempenho excepcional, a Lotus conseguiu arrebatar a condição de "melhor do resto", roubando essa posição da Mercedes, que por muito pouco não foi suplantada pela Sauber.

Na parte debaixo da tabela, a Caterham consegue a décima colocação e a Marussia, pela primeira vez, consegue sair da incômoda posição de lanterna que figurou em 2010 e 2011, deixando essa "desonra" para a HRT, time que foi colocado à venda e não se sabe se estará presente para a disputa do campeonato de 2013.

 Red Bull 460
Italy Ferrari400
United Kingdom McLaren378
United Kingdom Lotus 303
 Mercedes 142
 Sauber126
 Force India
109
 Williams
76
Italy Toro Rosso
26
10º Caterham
0
11º Marussia
0
12º HRT
0

A Fórmula 1 só retorna à atividade em 5 de fevereiro de 2013 com os primeiros testes de inverno, razão pela qual o lançamento dos novos carros deve começar somente a partir da segunda metade de janeiro.

Ainda restam sete vagas para 2013, quatro delas nas equipes pequenas (uma na Caterham, uma na Marussia e duas na HRT) e o restante em times que valem à pena, como é o caso da Lotus (que está próxima de renovar com Grosjean), Williams (que ainda tem dúvidas se promove Valtteri Bottas) e Force India, cujo cockpit é disputado a tapas entre Bruno Senna, Luiz Razia, Jules Bianchi, dentre outros.

O calendário do ano que vem terá vinte corridas, ainda que a prova inicialmente marcada para 16 de junho, a qual aconteceria nas ruas de Nova Jérsei, foi cancelada, e pode ser substituída por Paul Ricard, no tão esperado retorno da França à Fórmula 1.

Outra dúvida é o local que sediará o GP da Alemanha, já que Nürburgring, pista da vez em razão do revezamento feito com Hockenheim, decretou falência há alguns meses e não tem condições de arcar com as taxas exigidas por Bernie Ecclestone.

A Austrália, mais uma vez, abre a temporada de 2013 naquela que poderá ser a última corrida em Melbourne, no da 17 de março, com o encerramento marcado para o dia 24 de novembro também em Interlagos.

sábado, 24 de novembro de 2012

Hamilton é o "poleman" de 2012


No treino que define o grid de largada para a prova que decidirá o campeonato de 2012 da Fórmula 1, foi Lewis Hamilton quem se sobressaiu perante os dois candidatos ao título e ficou com a sua sétima pole position, tornando-se o piloto que mais vezes largou na frente na atual temporada, sete no total já desconsiderando a punição que o britânico recebeu em Barcelona.

Isso deixa bastante claro o fato de que o campeão de 2008 poderia, e deveria, estar na briga pelo "caneco" com Vettel e Alonso, tendo sido impedido claramente diante da total ausência de confiabilidade do MP4-28.

Assim, o time de Woking termina o ano da mesma forma como começou, ou seja, com uma dobradinha na primeira fila, já que Jenson Button conseguiu ficar com a segunda posição, posto que não frequenta desde Monza, restabelecendo a força da McLaren, que parecia já estar em clima de "fim de feira" há algumas etapas.

O ponto curioso desse treino foi o fato de que ambos os contendores ao título foram suplantados por seus respectivos companheiros de equipe, algo que, se não é de todo ruim para Vettel, não é a situação que Alonso gostaria de enfrentar, ainda mais pela segunda oportunidade consecutiva, já que também ficou para trás em Austin.

Ainda sim, dos dois, quem realmente parece estar sentido mais a pressão é mesmo o atual bicampeão, que esteve muito próximo de Hamilton nos treinos livres, mas não conseguiu manter o nível na qualificação, acabando com o quarto lugar, e a expressão do alemão ao final dos treinos, quando ele analisava os tempos dos rivais em um monitor, é bastante sintomática.

Analisando a lista dos mais velozes em reta, podemos perceber que as McLarens foram as mais rápidas, marcando cerca de 314 km/h de velocidade "top", com as Ferraris 5 km/h mais lentas e as Red Bulls 10 km/h.

Enquanto os RB8 normalmente estão entre os mais lentos em reta, os F2012 não comungam da mesma característica, já que o problema que acompanhou o modelo italiano no início do ano de falta de velocidade em reta foi devidamente resolvido no decorrer do ano.

Isso pode significar que a Ferrari já tenha feito a classificação com um acerto mais direcionado para uma prova no molhado (mais pressão aerodinâmica, suspensões mais moles e maior distância do assoalho em relação ao solo), já que as previsões da meteorologia indicam para o horário da corrida 90% de possibilidade de chuva intermitente, tendo sido descartada a tempestade ou uma chuva mais forte.

Entre os demais, Pastor Maldonado novamente fez um grande treino, mas desperdiçou a chance de largar na frente ao perder a pesagem durante a Q2, descumprindo o regulamento técnico, razão pela qual recebeu a terceira reprimenda do ano, o que, consequentemente, transformou-se em uma punição consistente na perda de dez colocações na grelha de partida, dando a Fernando Alonso um lugar à frente.

Com um bom desempenho em Interlagos, a Force India, por muito pouco, não conseguiu colocar seus dois pilotos na Q3, já que Paul di Resta falhou em seguir adiante por apenas 73 milésimos de segundo, enquanto Hülkenberg fez um excelente sétimo tempo, o que lhe valerá a sexta colocação no grid para a corrida de amanhã.

Já Bruno Senna deu esperanças a todos os brasileiros quando ficou com o segundo tempo na Q1, quando as condições de pista ainda úmidas ainda imperava, mas acabou se complicando à medida que a temperatura do asfalto começou a subir, o que também pode significar que o piloto da Williams também tenha acertado seu FW34 para a prova pensando na água.

Por outro lado, Romain Grosjean novamente aprontou das suas ao atingir Pedro de la Rosa na rapidíssima curva na reta Emerson Fittipaldi e, por muito pouco, não causou um acidente de seríssimas proporções, tendo como castigo a eliminação já na Q1 após perder sua asa dianteira.

Apesar dos comissários não terem aplicado qualquer punição ao franco-suíço, o incidente poderá trazer consequências para as pretensões do piloto da Lotus na renovação de seu contrato para a temporada de 2013, já que Eric Boullier deixou claro que ainda não se decidiu pela permanência de Grosjean no time.

Esse foi o resultado do treino de qualificação:

 Piloto (País)Equipe/MotorQ1Q2Q3
Lewis Hamilton (GBR)McLaren/Mercedes-Benz
1min15s075
1min13s398
1min12s458
Jenson Button (GBR)McLaren/Mercedes-Benz
1min15s456
1min13s515
1min12s513
Mark Webber (AUS)Red Bull/Renault
1min16s180
1min13s667
1min12s581
Sebastian Vettel (ALE)Red Bull/Renault
1min15s644
1min13s209
1min12s760
Felipe Massa (BRA)Ferrari
1min16s263
1min14s048
1min12s987
Pastor Maldonado (VEN)Williams/Renault
1min16s266
1min13s698
1min13s174
Nico Hülkenberg (ALE)Force India/Mercedes-Benz
1min15s536
1min13s704
1min13s206
Fernando Alonso (ESP)Ferrari
1min16s097
1min13s856
1min13s253
Kimi Räikkönen (FIN)Lotus/Renault
1min16s432
1min13s698
1min13s298
10ºNico Rosberg (ALE)Mercedes
1min15s929
1min13s848
1min13s489
11ºPaul di Resta (GBR)Force India/Mercedes-Benz
1min15s901
1min14s121
12ºBruno Senna (BRA)Williams/Renault
1min15s333
1min14s219
13ºSergio Pérez (MEX)Sauber/Ferrari
1min15s974
1min14s234
14ºMichael Schumacher (ALE)Mercedes
1min16s005
1min14s334
15ºKamui Kobayashi (JAP)Sauber/Ferrari
1min16s400
1min14s380
16ºDaniel Ricciardo (AUS)Toro Rosso/Ferrari
1min16s744
1min14s574
17ºJean-Éric Vergne (FRA)Toro Rosso/Ferrari
1min16s722
1min14s619
18ºRomain Grosjean (SUI)Lotus/Renault1min16s967
19ºVitaly Petrov (RUS)Caterham/Renault1min17s073
20ºHeikki Kovalainen (FIN)Caterham/Renault1min17s086
21ºTimo Glock (ALE)Marussia/Cosworth1min17s508
22ºCharles Pic (FRA)Marussia/Cosworth1min18s104
23º Narain Karthikeyan (IND)HRT/Cosworth1min19s576
24º Pedro de la Rosa (ESP)HRT/Cosworth
1min19s699
107% (tempo de corte)
1min20s330

Em condições normais, Sebastian Vettel não teria o que temer para assegurar o título na prova de amanhã, principalmente porque precisa de apenas um quarto lugar independentemente do que conquistar Alonso, para se tornar o mais jovem tricampeão da história da Fórmula 1.

Entretanto, será a chuva quem dará as cartas durante a corrida e, nessa situação, quem mais tem a perder é justamente o alemão, ainda que somente uma besteira do piloto da Red Bull o fará perder o campeonato praticamente ganho, ressaltando que Vettel está invicto em disputas de título, conseguindo reverter uma situação praticamente perdida em 2010 frente ao próprio espanhol para conquistar seu primeiro "caneco".

O trunfo de Alonso será realmente a chuva, ainda mais por haver possibilidade do F2012 ter sido acertado pensando justamente nessa condição, ainda que isso não seja determinante para que o espanhol possa almejar a vitória em Interlagos.

A prova promete ser bastante nervosa e não se espantem com nenhuma tática nada elogiável da Ferrari para fazer com que Alonso, finalmente, conquiste um título para o time italiano, que está na fila desde 2007.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Interlagos


E finalmente, encerrando a temporada, o circo da Fórmula 1 desembarca em São Paulo para o Grande Prêmio do Brasil no mítico circuito de Interlagos, o qual recebe o nome de Autódromo José Carlos Pace, sobre quem, quando completou os setenta anos de idade em maio de 2010, fiz um post contando um pouco sobre a história dessa pista fantástica.

Infelizmente, apesar dos apelos dos aficionados pelo automobilismo, não há qualquer plano para a revitalização do antigo traçado, ou mesmo das curvas inclinadas 1, 2 e 3, principalmente em razão da impossibilidade de se modificar a atual saída do pitlane, situação que poderia ser revista diante da possibilidade real de que todo o complexo dos boxes seja transferida para a atual reta oposta, cuja construção é condição para que São Paulo continue recebendo a categoria máxima do automobilismo.

Ainda sim, Interlagos possui seus atrativos, sendo uma pista de média para alta velocidade, onde se permanece com o acelerador em seu curso total em 74% da volta, e ideal para carros com bom equilíbrio aerodinâmico, principalmente para contornar o sinuoso miolo da pista, bem como para aqueles equipados com motores potentes, já que a principal reta tem seu início em um íngreme aclive, isso sem contar a perda de potência causada pela altitude em que se encontra São Paulo, a cerca de 760 metros acima do nível do mar.

Por todos estes motivos, pilotos e engenheiros têm que "quebrar a cabeça" para encontrar o melhor acerto, comprometendo o mínimo possível um setor pelo outro.

No domingo será disputado o 41º GP do Brasil, dos quais 39 fizeram parte do calendário oficial da Fórmula 1, já que o evento de 1972 foi extra-oficial e serviu apenas para a homologação da pista, sendo que, ao todo, Interlagos recebeu 29 edições da prova (1973 a 1977, 1979, 1980 e 1990 a 2011), sendo que as dez restantes (1978 e de 1981 a 1989) se deram no extinto circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. 

O maior vencedor do evento é Alain Prost, com seis triunfos em 1982, 1984, 1985, 1988, 1988 e 1990, enquanto que o recorde oficial da pista pertence a Juan Pablo Montoya que, em 2004, cronometrou o tempo de 1min11s473, à média de 217,038 km/h, com a bordo de um Williams FW26/BMW V10 3,0l.

O circuito possui 4,309 quilômetros e gira no sentido anti-horário, com dez curvas para a esquerda e cinco para a direita, tendo como principais pontos de ultrapassagem o final das duas retas da pista, mas os pilotos sempre contam com a criatividade para achar outros, como foi o caso de Ayrton Senna, que fez uma bela manobra, com direito a drible, sobre Damon Hill em 1993 entre a Curva do Lago e o Laranjinha.

Mesmo diante do fracasso do ano passado, com pouquíssimas ultrapassagens impulsionadas pelo DRS, a FIA insistiu em manter o único e curto trecho de uso da asa móvel na Reta Oposta, 133 metros após a tangência da Curva do Sol, enquanto que a zona de detecção foi posicionada exatamente na tangência da segunda perna do "S do Senna.

A linha de partida se encontra na porção final da grande reta da pista, batizada em 2010 de Reta Emerson Fittipaldi, já em trecho de leve declive, para iniciar novo aclive onde os carros chegam a cerca de 320 km/h, freando quase na placa dos cinquenta metros para contornar a curva 1 à esquerda, a primeira perna do "S" do Senna, que é ligeiramente cega, inclinada e em descida, com a redução de sétima para a terceira marcha, a pouco mais de 100 km/h.

Logo na sequência o piloto não permite o carro espalhar e já aponta o volante para a zebra da curva 2, à direita, a segunda perna do "S", com um pequeno alívio no acelerador, deixando o carro escorregar para a curva seguinte a 3, chamada de Curva do Sol, subindo progressivamente as marchas para, pouco antes do fim da curva, o piloto "soltar" o carro para o lado externo da curva.

Chega-se, então, à Reta Oposta, onde o bólido atingem novamente mais de 320 km/h para frear pouco antes da placa dos cinquenta metros, reduzindo para a terceira marcha, a cerca de 150 km/h, para o contorno da curva 4 à esquerda, a primeira perna da Subida do Lago, ou simplesmente Curva do Lago.

O carro desliza até a zebra externa, e às vezes até para fora da pista, iniciando o contorno da segunda perna da curva, marcada como 5, já em subida, também à esquerda, feita em aceleração plena, escorregando também para a zebra externa para uma pequena reta em aclive ainda maior.

Traz-se o carro para o lado de dentro e pouco antes da placa dos cinquenta metros há nova e leve freada para o Laranjinha, uma difícil curva em subida, com dois pontos de tangência, à direita, as curvas 6 e 7, feitas em quarta marcha, a cerca de 200 km/h, onde é comum sair de frente, iniciando o trecho do miolo.

Contornada a primeira perna, o piloto não deixa do carro escapar demais, e já traz para tangenciar a segunda perna, sem deixar o acelerador ir a fundo, pois um erro no contorno do Laranjinha faz com que o carro se desequilibre e passe demais sobre a zebra, havendo perda significativa de tempo e riscos de saída de pista, como Maldonado bem comprovou no ano passado.

Na saída do Laranja, o piloto freia novamente, reduzindo até a segunda marcha para o "S" de uma perna só, a curva 8 à direita, apontando o volante para a zebra interna, que é bastante utilizada, a pouco mais de 80 km/h, levando o carro novamente para dentro para o Pinheirinho logo na sequência, a curva 9 à esquerda, feita a mais de 90 km/h, onde é fácil se perder a frente em razão da cambagem da pista.

Depois, o carro escorrega para a zebra externa, acelerando gradativamente até chegar à quarta marcha até freada para a curva 10 à direita, o Bico de Pato, a mais lenta do circuito, reduzindo-se para a segunda marcha novamente, a pouco mais de 70 km/h, com uma saída bem traiçoeira pela leve inclinação negativa no local.

O piloto, então, não deixa o carro sair demais e o traz para contornar a curva 11, o Mergulho, em leve descida, em plena aceleração, já em quinta marcha, a mais de 230 km/h, mas com cuidado, pois o excesso levará o carro para fora da pista.

Logo em seguida, iniciando o terceiro setor, há novo trecho em subida, com o piloto freando para a curva mais importante do traçado, a Junção, que é a curva 12, à esquerda, em segunda marcha, a cerca de 120 km/h, contornada com certo cuidado para evitar a perda de velocidade na saída, o que torna o piloto vulnerável a uma ultrapassagem na reta que se segue.

O piloto finalmente atinge a reta principal, que é entrecortada por três curvas, todas à esquerda, a 13, logo na saída da Junção, a 14, chamada de Curva do Café, e a 15, que é bem inclinada e fica bem na entrada dos boxes, todas elas são contornadas a fundo, sendo que a Curva do Café, por exemplo, é feita em sexta marcha, a cerca de 280 km/h, e a 15, com o carro já está em sétima marcha, a mais de 300 km/h, para cruzar novamente a linha de chegada e completar uma volta pela pista.

Aqui vão dois vídeos com uma volta virtual por Interlagos.


A Pirelli resolveu modificar a escolha dos compostos para Interlagos, selecionando os médios e duros, de faixas brancas e cinzas respectivamente, opção mais utilizada neste ano, como foi em Austin, Monza, Spa Francorchamps e Sepang, sendo que a marca italiana ainda disponibilizará aos times na sexta-feira um outro jogo de pneus com a construção que será utilizada em 2013.

Há três anos invicta em São Paulo, com direito a jogo de equipe em 2011 que permitiu a Mark Webber triunfar pela única oportunidade no ano passado, Sebastian Vettel é realmente o favorito à vitória e ao título, principalmente porque precisa apenas de apenas um quarto lugar para não depender dos resultados de Fernando Alonso.

Com muita vontade, Lewis Hamilton é o único que poderá "carimbar", mais uma vez, a faixa da Red Bull, como fez no domingo passado ao vencer nos Estados Unidos justamente na etapa em que restou sacramentado do título de construtores à equipe austríaca.

É preciso lembrar, porém, que a meteorologia prevê chance muito grande de chuva para o sábado durante a qualificação e para domingo na hora da corrida, o que poderia, em tese, ajudar Fernando Alonso a se equiparar aos seus rivais, posicionando-se bastante forte na busca pelo título que lhe escapou em 2010 para Vettel que, na oportunidade, vivia situação bem semelhante à atual do espanhol.

A prova está prevista para ser disputada em 71 voltas, totalizando um percurso de 305,909 quilômetros, que deverá ser cumprido em cerca de uma hora e meia, a não ser que a chuva prognosticada pela meteorologia apareça.

domingo, 18 de novembro de 2012

Hamilton vence segunda consecutiva nos EUA


Último vencedor do GP dos Estados Unidos na despedida de Indianápolis do calendário da Fórmula 1 em 2007, Lewis Hamilton repete a vitória em solo norte-americano, dessa vez em uma pista estreante que foi feita diretamente para a categoria máxima do automobilismo mundial.

O triunfo do britânico foi conquistado após magnífico duelo de nervos com Sebastian Vettel, algo que, de certa forma, já era aguardado depois que o alemão ficou com a pole position com uma margem bastante estreita;

Apesar de ambos não terem tocado rodas ou protagonizado várias mudanças na liderança, o que se viu hoje foi dois competidores no limite pessoal e de seu respectivo equipamento.

Não é à toa que Hamilton somente conseguiu superar o piloto da Red Bull lidando melhor com os retardatários e impulsionado pelo DRS, pois do contrário o campeão de 2008 comboiaria o tedesco até o final da prova, já que desde o início trocaram, por diversas oportunidades, a melhor volta da corrida que, ao final, ficou com Vettel.

Esse resultado deixa a briga pelo título totalmente aberta para Interlagos, principalmente diante da possibilidade de chuva para o fim de semana, algo que se tornou a preocupação do time austríaco e por este motivo pretendia em Austin "fechar a conta" em ambos os campeonatos, tendo logrado êxito apenas no Mundial de Construtores.

Da mesma forma que Alonso esperava descontar muitos pontos em Abu Dhabi, quando Vettel foi punido e teve de largar dos boxes, agora foi a vez do alemão sair com "gostinho amargo na boca", já que também aguardava, ao menos "colocar uma mão na taça" com o espanhol largando mais para o fundo após o péssimo desempenho do bicampeão de 2005 e 2006 na qualificação.

Com uma boa largada, Alonso pulou de sétimo para a quarta colocação e...só, já que o F2012 não lhe dava condições de fazer nada além disso, tendo ainda salvo um pódio bastante comemorado em razão do abandono de Mark Webber, novamente com problemas no KERS, os quais, para desespero dos italianos, só acometem o carro do australiano.

Outra situação que levou Alonso ao pódio se deu por mais uma das atitudes nada elogiáveis da Ferrari, que quebrou o lacre da caixa de câmbio no carro de Felipe Massa para que o brasileiro, que foi melhor piloto da equipe na qualificação, fosse punido com a perda de cinco posições no grid e permitiu que o espanhol ganhasse um lugar mais à frente.

Apesar de absolutamente legal, a conduta do time italiano não tem nada de ético, palavra que parece não fazer parte de alguns no mundo da Fórmula 1, tanto que foi a atitude do time italiano foi extremamente condenada por todos os especialistas, principalmente porque pune um piloto por quem seu time deveria zelar.

A desculpa "esfarrapada" dada foi que, assim, tanto Alonso como Massa largariam no trilho, local com mais aderência, já que, segundo simulações de largada, o arranque no lado sujo custaria cerca de quatro posições, pois as condições da pista eram similares à de asfalto molhado.

No entanto, não foi isso que se viu ao apagar das luzes vermelhas, já que a diferença entre o lado sujo e o limpo da pista não foi nada diferente de outras pistas, o que mostra que a Ferrari, na realidade, só desejava fazer com que o espanhol partisse mais próximo de Vettel.

De certa forma, isso contribuiu para que Felipe Massa não tivesse condições de chegar a um merecido pódio, já que o brasileiro teve seus dias de Alonso e andou muito mais do que seu colega de equipe, livrando-se do tráfego no início da prova para ganhar, ao todo, sete posições até se alocar na quarta posição com uma bela ultrapassagem sobre Kimi Räikkönen, para depois ser o mais rápido na pista por diversas vezes até perder para Vettel, na última passagem, por apenas 55 milésimos de segundo aquela que seria a primeira volta mais rápida da Ferrari na temporada.

É certo que, mesmo largando à frente de Alonso, o pódio não seria garantido para Massa, pois se tivesse o espanhol atrás de si o brasileiro seria obrigado a abrir passagem para seu colega de equipe, algo que teria sido muito mais compreensível do que a atitude da Ferrari em, propositadamente, impor uma punição ao seu segundo piloto para favorecer outro.

Aliás, curioso que a única polêmica da corrida se deu antes dela, já que, pela primeira vez em muito tempo, não se viu a indicação de investigação de quaisquer incidentes em momento algum durante a prova, para o alívio de Emerson Fittipaldi, o comissário convidado para Austin.

Entre os demais, excelente prova de Jenson Button que, tal qual Felipe Massa, conseguiu ganhar sete posições até chegar ao quinto posto graças à tática diferenciada de largar com os pneus mais duros, saindo ileso da disputa de foice que se tornou o pelotão intermediário no início da prova.

De se destacar o resultado conquistado pela Williams que, pela segunda vez consecutiva, pontua com ambos os seus pilotos, algo inédito na temporada, apesar de Maldonado ter passado por "maus bocados" no início da prova e de Bruno Senna ter levado dois "passões", um de Jenson Button e outro do próprio Maldonado.

O ponto negativo fica para a decadência de Michael Schumacher que, a despeito de ter feito um bom treino qualificatório, simplesmente foi "engolido" por todos até estacionar na 16ª colocação, a última antes dos carros das equipes pequenas.

Essa foi a classificação final do GP dos Estados Unidos:

 Piloto (País)Equipe/MotorTempo de prova
Lewis Hamilton (GBR)McLaren/Mercedes-Benz56 voltas em 1h35min55s269
Sebastian Vettel (ALE)Red Bull/Renaulta 00s675
Fernando Alonso (ESP)Ferraria 39s229
Felipe Massa (BRA)Ferraria 46s013
Jenson Button (GBR)McLaren/Mercedes-Benza 56s432
Kimi Räikkönen (FIN)Lotus/Renaulta 1min04s425
Romain Grosjean (SUI)Lotus/Renaulta 1min10s313
Nico Hülkenberg (ALE)Force India/Mercedes-Benza 1min13s792
Pastor Maldonado (VEN)Williams/Renaulta 1min14s525
10ºBruno Senna (BRA)Williams/Renaulta 1min15s133
11ºSergio Pérez (MEX)Sauber/Ferraria 1min24s341
12ºDaniel Ricciardo (AUS)Toro Rosso/Ferraria 1min24s871
13ºNico Rosberg (ALE)Mercedesa 1min25s510
14ºKamui Kobayashi (JAP)Sauber/Ferraria 1 volta
15ºPaul di Resta (GBR)Force India/Mercedes-Benza 1 volta
16ºMichael Schumacher (ALE)Mercedesa 1 volta
17ºVitaly Petrov (RUS)Caterham/Renaulta 1 volta
18ºHeikki Kovalainen (FIN)Caterham/Renaulta 1 volta
19ºTimo Glock (ALE)Marussia/Coswortha 1 volta
20ºCharles Pic (FRA)Marussia/Coswortha 2 voltas
21ºPedro de la Rosa (ESP)HRT/Coswortha 2 voltas
22ºNarain Karthikeyan (IND)HRT/Coswortha 2 voltas

De franco favorito e possível tricampeão ao final do GP dos Estados Unidos, Sebastian Vettel segue para a última etapa aumentando sua vantagem de dez para apenas treze pontos, deixando esperança de título para Alonso, que sonha reverter o revés de Abu Dhabi em 2010.

Vale dizer que há dois anos Alonso chegou à derradeira corrida quinze pontos à frente de Vettel, o qual ficou com o título graças ao erro estratégico da Ferrari, que preferiu travar sua mira em Webber na oportunidade.

Para "dar o troco" neste ano, o espanhol precisa fazer quatorze pontos a mais que o alemão, necessitando, desta forma, ao menos o terceiro lugar, quando então o piloto da Red Bull não pode chegar além do décimo lugar, ao passo que, se o piloto da Ferrari for segundo, Vettel tem que chegar até a oitava colocação.

Em caso de uma improvável vitória de Alonso, o time italiano comemora o título se Vettel terminar a prova, no máximo, no quarto posto.

Assim sendo, se o tedesco for inteligente e quiser se livrar dos riscos desnecessários, não precisará mais do que "marcar" o espanhol, algo que dificilmente o atual bicampeão estará predisposto a fazer.

 Sebastian Vettel273
 Fernando Alonso260
 Kimi Räikkönen206
 Lewis Hamilton
190
 Mark Webber167
 Jenson Button163
 Felipe Massa
107
 Romain Grosjean
96
 Nico Rosberg
93
10º Sérgio Pérez
66
11º Kamui Kobayashi
58
12º
 Nico Hülkenberg
53
13º Paul di Resta
46
14º Pastor Maldonado
45
15º
 Michael Schumacher
43
16º Bruno Senna
31
17º Jean-Éric Vergne
12
18º Daniel Ricciardo
10

Necessitando de apenas quatro pontos, a Red Bull sai de Austin com seu terceiro título de construtores consecutivo, algo que somente foi conquistado pela Ferrari (por duas vezes), McLaren e Williams.

A disputa pelo vice-campeonato, entretanto, continua aberta, já que a Ferrari possui apenas 14 pontos de avanço sobre a McLaren com 43 tentos ainda em disputa, a qual será definida, no meu entender, pelo desempenho de Massa e Button na etapa de encerramento da temporada.

 Red Bull 440
Italy Ferrari367
United Kingdom McLaren353
United Kingdom Lotus 302
 Mercedes 136
 Sauber124
 Force India
99
 Williams
76
Italy Toro Rosso
22

Sem tempo para descanso, comemorações ou lamentações, pilotos e equipes partem para São Paulo, cidade que sediará o GP do Brasil já no próximo domingo, encerrando a temporada de 2012.

Com a disputa pelo Mundial de Pilotos ainda aberta, será a chance de Interlagos, depois de um hiato de três anos, coroar o campeão da Fórmula 1, honra que o Autódromo José Carlos Pace teve por cinco anos consecutivos, de 2005 a 2009.

No ano passado, a vitória em Interlagos ficou para Mark Webber, agraciado pela atitude de Vettel que, seguindo ordens de equipe, permitiu a ultrapassagem de seu colega na Red Bull para aquela que seria a única vitória do australiano em toda a temporada de 2011.