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domingo, 27 de novembro de 2011

Com ajuda, Mark Webber vence em Interlagos


Para dar a vitória a Mark Webber, a primeira e única do australiano em 2011, a Red Bull protagonizou cenas "à la Ferrari", alardeando a todo momento no rádio de Sebastian Vettel, mensagens essas que foram levadas ao ar pela transmissão oficial, que a caixa de câmbio no carro do atual bicampeão estava com sérios problemas, e por isso determinavam ao piloto que fizesse a troca de primeira para segunda, e de segunda para a terceira marchas antecipadamente, sem que os giros chegassem ao limite.

Ao que parece, eram mensagens "cifradas" do time austríaco para que Vettel abrandasse e deixasse Webber assumir a ponte e, finalmente, vencer uma na atual temporada, vez que o carro do alemão não aparentava nenhum defeito no câmbio.

Pouco antes de Webber passasse à frente, a mensagem a Vettel foi para que ele antecipasse a troca em todas as marchas, e não só entre primeira e terceira, talvez porque o jovem tedesco parecia não desejar abrir mão de mais uma vitória, e terminar o ano como começou, na frente.

De início, poucos acreditavam que se tratava de um jogo de equipe, mas depois, quando Vettel mostrava que tinha ritmo para acompanhar o andamento de Webber, chegando a fazer, em uma determinada fase da corrida, a melhor volta até então, ficou clara a intenção da Red Bull.

A atitude do time, no entanto, é um tanto estranha, e soa a hipocrisia, principalmente porque as ordens de equipe, desde aquele incidente em Hockenheim no ano passado, não são mais considerados como ilegais, não havendo necessidade de um teatro desse porte para permitir a vitória do seu segundo piloto.

Talvez tudo isso aconteceu em razão da suposta política da Red Bull que não interferir no resultado final de uma corrida com ordens de equipe. Foi isso, aliás, que o time vez em 2010, dizendo até o final que não determinaria que um de seus pilotos abrisse passagem para o outro, ainda que perdesse um título por causa disso.

Assim, para não se fazer de forma escancarada, Christian Horner e sua trupe inventaram um problema de câmbio inexistente no carro de Vettel para que tudo fosse mais palatável, ainda que tenham feito de forma a subestimar a inteligência daqueles que assistiam à corrida.

O mais engraçado de tudo foi a atitude da Ferrari que, em seu twitter oficial, disse que Webber ultrapassou Vettel de uma forma interessante. É justamente o roto falando do rasgado.


Fato é que a Red Bull não teve adversários em Interlagos, tal qual aconteceu em 2009 e no ano passado, sendo esta a segunda dobradinha consecutiva do time em solo brasileiro, coroando uma temporada de domínio que relembrou a época de Schumacher/Ferrari no início dos anos 2000, preparando a todos pelo que ainda deve vir, já que a supremacia de Vettel promete continuar em 2012.

Com outra atuação equilibrada, Jenson Button fechou o último pódio do ano, se recuperando de uma ultrapassagem no Laranjinha por fora de Alonso na 11ª volta, para retomar o lugar do espanhol a dez giros do fim, aproveitando-se, claro, do problema que o Ferrari 150º Itália possui com os pneus médios.

O time vermelho, aliás, foi a grande derrotada em Interlagos. Alonso perdeu a chance de ser novamente vice-campeão, e Felipe Massa se arrastou na pista com uma tática de duas paradas, que foi explicada pelo brasileiro como necessária, já que um dos pneus macios utilizados na qualificação no sábado tinha um furo, e dois stints com os compostos médios estavam foram de cogitação.

Ainda sim, Massa tinha grandes chances de chegar à frente de Hamilton, que evidentemente sofria de problemas de câmbio, se o britânico não tivesse abandonado a prova na metade quando sua transmissão foi para o espaço

O ponto alto do brasileiro na temporada, no entanto, veio apenas ao final da última corrida, quando, a bordo da Ferrari, deu àqueles que estavam na arquibancada da reta Emerson Fittipaldi o deleite de assistir aos donuts que ele protagonizou antes de se dirigir aos boxes.

Interlagos também recompensou o grande fim de temporada da Force India, que teve ambos os seus pilotos na zona de pontuação, com Sutil em um surpreendente sexto lugar, depois de vencer grande batalha com Rosberg, e Di Resta em oitavo.

Discreto, Kamui Kobayashi também fez grande corrida, conquistando um importante nono lugar, e dois pontos, para a Sauber, que ainda chegou a alertar o japonês para ir "com calma" para cima de Paul di Resta, já que o time necessitava daquele resultado.

A grande polêmica da prova ficou para a disputa entre Michael Schumacher e Bruno Senna, que acabaram se tocando na volta dez, levando a um furo no pneu do alemão, e à punição ao brasileiro.

Longe do "oba-oba" feito pela Rede Globo, considero que a decisão dos comissários de declarar Bruno Senna culpado pelo toque foi excessiva demais, e não representou aquilo que se viu em pista, e talvez o fato de Schumacher ter sido o grande prejudicado com o furo no pneu traseiro esquerdo tenha pesado na decisão de levar o brasileiro a pagar um drive through.

Na tentativa de evitar um revide de Senna no esse à frente, Schumacher cortou a frente do brasileiro, causando o primeiro toque de ambos, fazendo com que o alemão tivesse de abrir a curva, levando o piloto da Renault a mergulhar por dentro, ambos já acima do limite de aderência.

O toque foi inevitável, razão pela qual penso que se tratou mais de um incidente de corrida, como já vimos várias vezes ali mesmo nesse ponto nos anos anteriores, sem que ninguém tenha sido punido. É só relembrar a disputa entre Alguersuari e Barrichello no ano passado e naquele próprio local, ou mesmo, ainda em 2010, a briga entre Alguersuari e Kobayashi no grampo em Suzuka.

Por tudo isso, o melhor do GP do Brasil foram mesmo as voltas que Nelson Piquet deu ao volante do Brabham BT49C/Ford Cosworth DFV V8, carro que levou o brasileiro ao seu primeiro título da carreira na Fórmula 1 há trinta anos, e que hoje faz parte da coleção privada de Bernie Ecclestone.


Essa foi a classificação final do GP do Brasil:

Mark Webber (AUS)Red Bull/Renault71 voltas em 1h32min17s464
Sebastian Vettel (ALE)Red Bull/Renaulta 16s983
Jenson Button (GBR)McLaren/Mercedes-Benza 27s638
Fernando Alonso (ESP)Ferraria 35s048
Felipe Massa (BRA)Ferraria 1min06s733
Adrian Sutil (ALE)Force India/Mercedes-Benza 1 volta
Nico Rosberg (ALE)Mercedes GPa 1 volta
Paul di Resta (GBR)Force India/Mercedes-Benza 1 volta
Kamui Kobayashi (JAP)Sauber/Ferraria 1 volta
10ºVitaly Petrov (RUS)Renaulta 1 volta
11ºJaime Alguersuari (ESP)Toro Rosso/Ferraria 1 volta
12ºSébastien Buemi (SUI)Toro Rosso/Ferraria 1 volta
13ºSérgio Pérez (MEX)Sauber/Ferraria 1 volta
14ºRubens BarrichelloWilliams/Coswortha 1 volta
15ºMichael Schumacher (ALE)Mercedes GPa 1 volta
16ºHeikki Kovalainen (FIN)Lotus/Renaulta 2 voltas
17ºBruno Senna (BRA)Renaulta 2 voltas
18ºJarno Trulli (ITA)Lotus/Renaulta 2 voltas
19ºJérôme D'Ambrosio (BEL)Virgin/Coswortha 3 voltas
20ºDaniel Ricciardo (AUS)HRT/Coswortha 3 voltas

Com o pódio, Jenson Button confirmou o vice-campeonato, um prêmio ao britânico nesta temporada de 2011 depois de grandes apresentações.

Ajudado pela equipe Mark Webber ficou com o terceiro lugar, passando Fernando Alonso por apenas um ponto, deixando claro o quanto decaiu o australiano depois de dominar a primeira metade do campeonato do ano passado.

O brilhante sexto lugar de Adrian Sutil o fez ascender da 11ª para a nova posição, passando Heidfeld e Petrov, e deixa claro que ainda tem capacidade para continuar na Fórmula 1, em que pese a decisão do seu time em, provavelmente, colocar Nico Hülkenberg em seu lugar.

 Sebastian Vettel392
 Jenson Button270
 Mark Webber258
 Fernando Alonso257
 Lewis Hamilton227
 Felipe Massa118
 Nico Rosberg89
 Michael Schumacher76
 Adrian Sutil42
10º Vitaly Petrov37
11º Nick Heidfeld34
12º Kamui Kobayashi30
13ºUnited Kingdom Paul di Resta27
14º Jaime Alguersuari26
15º Sébastien Buemi15
16º Sérgio Pérez14
17º Rubens Barrichello4
18º Bruno Senna2
19º Pastor Maldonado1
20º Pedro de la Rosa0
21ºItaly Jarno Trulli0
22º Heikki Kovalainen0
23ºItaly Vitantonio Liuzzi0
24º Jérôme D'Ambrosio0
25º Timo Glock0
26º Narain Karthikeyan0
27º Daniel Ricciardo0
28º Karun Chandhok0

No campeonato de construtores, nenhuma modificação. A Force India, por muito pouco, não rouba o quinto lugar da Renault, que pouco fez nas últimas provas.

O nono lugar de Kamui Kobayashi permitiu que a equipe Sauber conseguisse assegurar o sétimo lugar no certame, à frente da Toro Rosso, que também andou muito bem na segunda metade da temporada.

 Red Bull650
United Kingdom McLaren497
Italy Ferrari375
 Mercedes GP165
 Renault73
 Force India69
 Sauber44
Italy Toro Rosso41
United Kingdom Williams5
10º Lotus0
11ºSpain HRT0
12ºUnited Kingdom Virgin0

Para 2012 só restam algumas vagas, e que estão sendo disputada a tapas por vários pilotos, inclusive três brasileiros, Rubens Barrichello, Bruno Senna e Lucas di Grassi.

Certo é que as quatro principais equipes, Red Bull, McLaren, Ferrari e Mercedes GP continuam como estão, com a primeira mantendo a dupla de pilotos desde 2009, e as demais desde 2010.

Sem inovações no campo técnico, a novidade ficaria para a estreia de uma nova pista no calendário, o GP dos Estados Unidos, em Austin, no Texas, mas o governo local não quis bancar a brincadeira, e o evento foi cancelado.

Das vinte provas inicialmente previstas, além da corrida norte-americana, correm o risco de ser riscados também o GP do Bahrein, pelos mesmos motivos políticos que não permitiram que ele não acontecesse em 2011, e o GP da Coreia, cujos organizadores pretendem a rever do valor do contrato para menor, algo que certamente não é do feitio do Bernie Ecclestone.

O ano de 2012 começa com o lançamento dos novos carros, que deve ficar para o fim do mês de janeiro, e com os testes de inverno, tudo para que, em 18 de março, todos estejam alinhados para a disputa do GP da Austrália.

sábado, 26 de novembro de 2011

Vettel destrói os cronômetros e bate recorde de Mansell


Sendo o único a baixar da casa de 1min11s, Sebastian Vettel conseguiu deixar  todos atônitos em Interlagos, e de quebra superou o recorde de Nigel Mansell, que durava desde 1992, ao fazer a décima quinta pole position na temporada, ainda que o feito do britânico tenha sido conquistado em uma época de apenas dezesseis eventos no calendário.

A quase dois décimos do atual bicampeão ficou Mark Webber, que confirmou o bom entendimento do RB7 com Interlagos, situação que o coloca em melhores condições para buscar o vice-campeonato amanhã, algo que, se acontecer, fará com que o australiano se torne o primeiro desde Ronnie Peterson, em 1971, a ser vice sem ter vencido uma só vez durante o ano.

O terceiro posto de Jenson Button no treino de qualificação confirma a boa fase do britânico, que certamente faz em 2011 a sua melhor temporada da carreira, muito mais do que em 2009, quando foi campeão. O segundo lugar no campeonato será um prêmio de consolação para ele, que conseguiu "calar a boca" de muita gente ao colocar seu rápido companheiro de equipe, Lewis Hamilton, "no bolso" durante todo o ano.

Entre os demais, Nico Rosberg fez um grande trabalho ao se colocar entre as Ferraris, chegando a fazer o segundo tempo durante a Q2, mesmo com um carro cujo desenvolvimento já se encerrou há algum tempo, quando o time preferiu concentrar os esforços para o modelo de 2012.

Muito paparicado neste fim de semana, principalmente pela Rede Globo, Galvão Bueno e respectiva trupe, Bruno Senna também fez um serviço notável na qualificação. Depois de ser amplamente batido por Grosjean e Petrov nos treinos livres, o brasileiro foi alçado à última fase do treino pela primeira vez desde Suzuka após fazer uma volta excepcional durante a Q2, enfiando quase seis décimos no melhor tempo do russo até então.

Rubens Barrichello, que pode fazer em Interlagos a sua última corrida da carreira caso não consiga um assento para 2012, não chegou à Q3, mas nem por isso não é digno de elogios. Descartado sumariamente pela Williams, o veterano brasileiro, que conta também com o estímulo do "fator casa", mostra que ainda tem muita lenha para queimar, conquistando um 12º lugar que deu ao time de Grove muito mais do que o FW33 é capaz.

Por outro lado, Felipe Massa novamente decepcionou, fazendo apenas o sétimo tempo, atrás de Rosberg, e quase meio segundo mais lento que Alonso, o que é muito em uma pista curta como é o caso de Interlagos. Com capacete de pintura especial pela comemoração dos seus dez anos de Fórmula 1, o seu centésimo GP pela Ferrari, Massa ficou muito longe de conquistar o tão sonhado pódio na temporada de 2011.

A Force India deu um passo importante para confirmar o sexto lugar no campeonato ao colocar Sutil, que não ficará no time na próxima temporada, no oitavo posto, e Di Resta em 11º lugar, o que mostra a evolução do time de Vijay Mallyah a partir da segunda metade da temporada.

Esse foi o resultado do treino de qualificação:

 Piloto (País)Equipe/MotorQ1Q2Q3
Sebastian Vettel (ALE)Red Bull/Renault1min13s6641min12s4461min11s918
Mark Webber (AUS)Red Bull/Renault1min13s4671min12s6581min12s099
Jenson Button (GBR)McLaren/Mercedes-Benz1min13s2811min12s8201min12s283
Lewis Hamilton (GBR)McLaren/Mercedes-Benz1min13s3611min12s8111min12s480
Fernando Alonso (ESP)Ferrari1min13s9691min12s8701min12s591
Nico Rosberg (ALE)Mercedes GP1min14s0831min12s5691min13s050
Felipe Massa (BRA)Ferrari1min14s2691min13s2911min13s068
Adrian Sutil (ALE)Force India/Mercedes-Benz1min13s4801min13s2611min13s298
Bruno Senna (BRA)Renault1min14s4531min13s3001min13s671
10ºMichael Schumacher (ALE)Mercedes GP1min13s6941min13s571sem tempo
11ºPaul di Resta (GBR)Force India/Mercedes-Benz1min13s7331min13s584
12ºRubens Barrichello (BRA)Williams/Cosworth1min14s1171min13s801
13ºJaime Alguersuari (ESP)Toro Rosso/Ferrari1min14s2251min13s804
14ºSébastien Buemi (SUI)Toro Rosso/Ferrari1min14s5001min13s919
15ºVitaly Petrov (RUS)Renault1min13s8591min14s053
16ºKamui Kobayashi (JAP)Sauber/Ferrari1min14s5711min14s129
17ºSérgio Pérez (MEX)Sauber/Ferrari1min14s4301min14s182
18ºPastor Maldonado (VEN)Williams/Cosworth1min14s625
19ºHeikki Kovalainen (FIN)Lotus/Renault1min15s068
20ºJarno Trulli (ITA)Lotus/Renault1min15s358
21ºVitantonio Liuzzi (ITA)HRT/Cosworth1min16s631
22ºDaniel Ricciardo (AUS)HRT/Cosworth1min16s890
23ºJérôme D'Ambrosio (BEL)Virgin/Cosworth1min17s019
24ºTimo Glock (ALE)Virgin/Cosworth1min17s060
107% (tempo de corte)1min18s410

Ao que parece, São Pedro livrou a qualificação em Interlagos da chuva, já que era, na oportunidade, o único lugar de São Paulo que ainda se encontrava totalmente seco.

A corrida, no entanto, não terá a mesma sorte, já que a previsão da meteorologia é que a chuva realmente seja a protagonista, restando a todos que gostam de automobilismo que ela não atrase demais a prova, pois existe risco de que o final da competição seja relegado, mais uma vez, em favor do futebol.

Nas condições de pista molhada, o favoritismo de Vettel e da Red Bull serão colocados em jogo, principalmente porque o carro da McLaren anda muito bem nessa situação.

Dos brasileiros, Barrichello e Bruno Senna certamente vão exultar a vinda da chuva, pois lhes darão condições de pontuar no GP do Brasil, o que será bastante comemorado pela torcida local. Felipe Massa, por outro lado, não tem a água como aliada.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Interlagos


E finalmente, encerrando a temporada, o circo da Fórmula 1 desembarca em São Paulo para o Grande Prêmio do Brasil, no mítico circuito de Interlagos, que recebe o nome de Autódomo José Carlos Pace, que, quando completou os setenta anos de idade em maio do ano passado, fiz um post contando um pouco sobre a história dessa pista fantástica

Infelizmente, apesar dos apelos dos aficcionados pelo automobilismo, não há qualquer plano para a revitalização do antigo traçado, o das curvas inclinadas 1, 2 e 3, principalmente em razão da impossibilidade de se modificar a saída dos boxes.

Ainda sim, Interlagos possui seus atrativos, sendo uma pista de média para alta velocidade, e ideal para carros com bom equilíbrio aerodinâmico, principalmente para contornar o sinuoso miolo da pista, e também para aqueles equipados com motores potentes, já que a principal reta tem seu início em um íngreme aclive, e por este motivo pilotos e engenheiros têm que "quebrar a cabeça" para encontrar o melhor acerto, comprometendo o mínimo possível um setor pelo outro.

No domingo será disputado o 39º GP do Brasil, dos quais 38 fizeram parte do calendário oficial da Fórmula 1, já que o evento de 1972 foi extra-oficial, e serviu apenas para a homologação da pista. Ao todo, Interlagos recebeu 28 edições da prova (1973 a 1977, 1979, 1980 e 1990 a 2010). As dez restantes (1978 e 1981 a 1989) se deram no quase extinto circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. O maior vencedor do evento é Alain Prost, com seis triunfos em 1982, 1984, 1985, 1988, 1988 e 1990. Já o recorde oficial da pista pertence a Juan Pablo Montoya que, em 2004, cronometrou o tempo de 1min11s473, à média de 217,038 km/h, com a bordo de um Williams FW26/BMW V10 3,0l.

O circuito possui 4,309 quilômetros e gira no sentido anti-horário, com dez curvas para a esquerda e cinco para a direita. Os principais pontos de ultrapassagem são ao final das duas retas da pista, mas os pilotos sempre contam com a criatividade para achar outros, como foi o caso de Ayrton Senna, que fez uma bela manobra, com direito a drible, sobre Damon Hill em 1993 sentre a Curva do Lago e o Laranjinha.

Foi designado um único ponto de uso da asa móvel. A zona de detecção foi posicionada na segunda perna do "S do Senna, e a zona de ativação será na Reta Oposta, a partir do ponto conhecido como "Muro do Berger".

A linha de partida se encontra no final da grande reta da pista, em trecho de leve declive, seguido de um leve aclive. Ao final do retão, que foi batizado de Reta Emerson Fittipaldi no ano passado, os carros chegam a cerca de 320 km/h, freando quase na placa dos cinquenta metros para contornar a curva 1 à esquerda, a primeira perna do "S" do Senna, que é ligeiramente cega, inclinada e em descida, com a redução de sétima para a terceira marcha, a pouco mais de 100 km/h.

Logo na sequência o piloto não permite o carro espalhar e já aponta o volante para a curva 2, à direita, a segunda perna do "S", utilizando bem a zebra na tangência, com um pequeno alívio no acelerador, deixando o carro escorregar para a curva seguinte a 3, chamada de Curva do Sol, subindo progressivamente as marchas. Pouco antes do fim da curva, o piloto "solta" o carro para o lado externo da curva.

Chega-se, então, à reta oposta, onde o bólido da F1 atinge mais de 320 km/h, freando novamente pouco antes da placa dos cinquenta metros, reduzindo para a terceira marcha, a cerca de 150 km/h, para o contorno da curva 4 à esquerda, a primeira perna da Subida do Lago, ou simplesmente Curva do Lago.

O carro, então, desliza até a zebra externa, e inicia o contorno da segunda perna da curva, marcada como 5, também à esquerda, feita em aceleração plena, escorregando também para a zebra externa, iniciando outro trecho em subida.

O piloto, então, traz o carro para dentro, e também pouco antes da placa dos cinquenta metros há nova freada, dessa vez para o Laranjinha, uma difícil curva em subida, com dois pontos de tangência, à direita, as curvas 6 e 7, feitas em quarta marcha, a cerca de 200 km/h, iniciando o trecho do miolo.

Contornada a primeira perna, o piloto não deixa do carro escapar demais, e já traz para tangenciar a segunda perna, sem deixar o acelerador ir a fundo. Um erro no contorno do Laranjinha faz com que o carro se desequilibre e passe demais sobre a zebra, havendo perda significativa de tempo

Na saída do Laranja, o piloto freia novamente, reduzindo para a segunda marcha para o "S", a curva 8 à direita, apontando o volante para a zebra interna, a pouco mais de 80 km/h, levando o carro novamente para dentro para o Pinheirinho logo na sequência, a curva 9 à esquerda, feita a mais de 90 km/h, onde é fácil se perder a frente.

Depois, o carro escorrega para a zebra externa, acelerando gradativamente até chegar à quarta marcha, quando então há freada para a curva 10 à direita, o Bico de Pato, a mais lenta do circuito, reduzindo-se para a segunda marcha novamente, a pouco mais de 70 km/h.

A saída do Bico de Pato é traiçoeira, e pode levar o carro demais até a zebra, com possibilidade de perda de tempo, já que possui leve inclinação negativa. O piloto, então, não deixa o carro sair demais e o traz para contornar a curva 11, o Mergulho, em leve descida, em plena aceleração, já em quinta marcha, a mais de 230 km/h, mas com cuidado, pois o excesso levará o carro para fora da pista.

Logo em seguida, há novo trecho em subida, com o piloto freando para a curva mais importante do traçado, a Junção, que é a curva 12, à esquerda, em segunda marcha, a cerca de 120 km/h, já que um erro no contorno fará com que o carro perca velocidade na saída, tornando-o vulnerável a uma ultrapassagem de quem o segue.

O piloto finalmente atinge a reta principal, que é entrecortada por três curvas, todas à esquerda, a 13, logo na saida da Junção, a 14, chamada de Curva do Café, e a 15, que é inclinada, e fica bem na entrada dos boxes. Todas elas são contornadas a fundo. A Curva do Café, por exemplo, é feita em sexta marcha, a cerca de 280 km/h, e na 15 o carro já está em sétima marcha, a mais de 300 km/h, para então cruzar novamente a linha de chegada e completar uma volta pela pista.

Aqui vão dois vídeos com uma volta virtual por Interlagos.


A Pirelli escolheu para Interlagos os pneus macios e médios. Os compostos macios são novos, e fruto de desenvolvimento feito durante os treinos em Nürburgring, quando do GP da Alemanha, e nos testes de jovens pilotos, que aconteceu na semana passado em Abu Dhabi, bem como aqueles feitos pela própria Pirelli, com a ajuda de Lucas di Grassi. A marca italiana ainda disponibilizará aos times um outro jogo de pneus duros para ser testado durante o primeiro treino livre de sexta-feira.

Há dois anos invicta em Interlagos, a Red Bull sente a ameaça da McLaren, e a disputa pela vitória certamente ficará restrita a esses dois times, valendo dizer que em Yas Marina, há duas semanas, o time austríaco perdeu a invencibilidade que tinha naquela pista.

Essa será a última chance de Felipe Massa em conquistar um pódio e afastar de suas costas a responsabilidade de ser o primeiro piloto Ferrari desde Ivan Capelli em 1992 a não terminar uma prova entre os três primeiros durante uma temporada.

A prova está prevista para ser disputada em 71 voltas, totalizando um percurso de 305,909 quilômetros, que deverá ser cumprido em cerca de uma hora e meia, a não ser que a chuva prognosticada pela meteorologia apareç.

domingo, 20 de novembro de 2011

WTCC - Round 12 - Macau


Na madrugada de hoje a cidade de Macau recebeu a última etapa do WTCC, o Campeonato Mundial de Carros de Turismo, no tradicional citadino circuito da Guia, o qual também foi palco, no mesmo fim de semana, do GP de Macau de Fórmula 3, concebido em 1954, e teve entre seus vencedores Riccardo Patrese, Roberto Moreno, Ayrton Senna, Maurício Gugelmin, Michael Schumacher, David Coulthard, Ralf Schumacher, Takuma Sato, Lucas di Grassi, entre outros. Já os campeonatos europeus de carros de turismo têm Macau em seu calendário desde meados da década de 1960.

A pista de rua apresenta duas seções totalmente distintas. A parte baixa é bastante larga e possui longas retas entremeadas por curvas muito rápidas, algumas das quais totalmente sem qualquer alívio no acelerador.

Já a parte alta é extremamente estreita e sinuosa, com muitos esses, e que culmina com o famoso grampo Melco, um grampo muito apertado, com cerca de sete metros de largura, local de muitos acidentes e engarrafamentos.

Como é de costume nas derradeiras da temporada, novamente houve  uma série de mudanças na lista de participantes.

Duas equipes tradicionais independentes vieram "desfalcadas" para a ex-colônia portuguesa, já que a Proteam trouxe apenas três carros, deixando Fabio Fabiani de fora, e a Bamboo Engineering é representada apenas por Darryl O'Young, já que o time não conseguiu reparar a tempo o Chevrolet de Yukinori Taniguchi após o forte acidente em Tianma.

Apesar dos bons resultados de Colin Turkington em Xangai, a Wiechers-Sport promoveu a estreia do canadense Gary Kwok, que nos últimos três anos fez o campeonato de carros de turismo de seu país, com um Honda Civic.

Já a Engstler Motorsport novamente disponibilizou um terceiro carro, um BMW 320si, para o piloto local Jo Merszei, como acontece todos os anos desde 2009.

O time privado da Sunred, ligado à Seat, como também tem feito nos últimos dois anos, deu um carro para o piloto português André Couto, que atualmente disputa o campeonato Super GT, no Japão, pela Lexus.

Há, também, três novos times, os quais se inscreveram apenas para este evento.

A primeira delas, a RPM Racing Team, contou com apenas um carro, o BMW 320si, que foi pilotado pelo piloto local Mak Ka Lok. A segunda, Corsa Motorsport, veio com dois Chevrolet Lacetti, para dois corredores também de Macau, Filipe Souza e Kuok Io Keong.

A última delas, a 778 Auto Sport, por seu turno, chegou a inscrever para o piloto de Hong Kong Lo Ka Chun um Peugeot 308, mas a equipe foi excluída do evento após os treinos livres porque o carro, que fez em 2008 e 2009 o Campeonato Francês de Carros de Turismo, não estava em conformidade com os documentos apresentados à FIA para homologação.

Outros dois pilotos, Fredy Barth e Robert Dahlregn, ficaram fora de combate ainda antes da corrida começar.

O suíço ficou inconsciente dentro do carro em chamas após bater forte no segundo treino livre e, por precaução, foi impedido de correr pelos médicos em razão da intoxicação pela fumaça. Já o sueco, apesar de ter saído sozinho do carro após se acidentar durante a qualificação, quando acertou com força os guard-rails, teve uma fratura no dedo polegar da mão direita constatada.

Precisando vencer as provas para tentar sair de Macau campeão, Robert Huff fez a pole position com o tempo de 2min30s881, à média de 146,02 km/h. Em segundo lugar ficou Yvan Muller, fazendo a primeira fila inteira para a Chevrolet. Tarquini, em terceiro foi o melhor do resto.

A primeira corrida da rodada dupla foi bastante confusa, e nas primeiras sete voltas, o safety car ficou na pista por cinco delas, e por dois incidentes diferentes.

Após a largada, André Couto perdeu o controle na rapidíssima Curva do Hotel Oriental Mandarin quando passou por cima da sujeira do pó químico atirado no local para limpar o óleo deixado em razão de um acidente ocorrido na prova de GT minutos antes.

No processo, o piloto português atingiu o Chevrolet de Alain Menu, e ambos abandonaram a prova. Para o suíço, no entanto, o prejuízo foi ainda maior, pois os danos foram tantos que o impediram de alinhar para a derradeira prova da temporada.

Na relargada, Darryl O'Young tentou bloquear uma tentativa de ultrapassagem  de Bennani após a Curva do Hotel Lisboa, e ambos se engancharam. O marroquino ainda conseguiu retornar à prova e terminar em nono lugar, na zona de pontuação, mas o chinês, que acertou com força o guard-rail, teve de abandonar.

Na nona volta o safety car deveria ter retornado à pista para a retirada do carro de Aleksei Dudukalo, que bateu forte na Subida de Moorish  e ficou numa posição perigosa, mas a direção de prova, pela competição, preferiu deixar a corrida seguir, acionando apenas as bandeiras amarelas no local. O acidente também deixou o russo de fora da segunda bateria, pois seu time não teve condições de reparar integralmente o Seat.

A prova, em si, foi bastante enfadonha, já que a única briga que animou as voltas em que a pista esteve liberada foi aquela entre os contendores ao título, Huff e Muller, com o britânico defendendo brilhantemente a ponta dos ataques do francês na freada para a Curva do Hotel Lisboa, ambos mostrando muito respeito um com o outro, evitando um duplo abandono à Chevrolet.

Assim, Robert Huff conseguiu mais uma vitória, a quarta nos últimos quatro anos em Macau, dando à marca da gravatinha a 15ª dobradinha na temporada, o que manteve as chances do britânico no campeonato.

Entre os independentes, a vitória ficou com Michel Nykjaer, deixando Franz Engstler com o segundo lugar, e Kristian Poulsen no terceiro posto, resultado que deu ao dinamarquês o Troféu Yokohama.

Marcaram pontos na primeira bateria:

Robert Huff (GBR) Chevrolet Cruze
Yvan Muller (FRA) Chevrolet Cruze
Gabriele Tarquini (ITA) Seat León 1.6T
Tom Coronel (HOL) BMW 320TC
Michel Nykjaer (DIN) Seat León 1.6T
Franz Engstler (ALE) BMW 320TC
Kristian Poulsen (DIN) BMW 320TC
Norbert Michelisz (HUN) BMW 320TC
Mehdi Bennani (MAR) BMW 320TC
10º Pepe Oriola (ESP) Seat León 1.6T

A segunda prova da rodada dupla, apesar de ter sido um pouco menos confusa que a primeira, o que significa mais voltas sob bandeira verde, não ficou livre da intervenção do safety car, que teve de ser acionado na terceira volta, quando o estreante Gary Kowk perdeu o controle sozinho na saída da Curva do Hotel Mandarin Oriental e bateu com força no guard-rail.

Os postulantes ao título novamente foram quem animaram a corrida, principalmente porque tiveram de largar quase no meio do pelotão em razão da inversão entre os dez primeiros colocados da primeira parte da qualificação, a Q1.

Com um arranque excepcional, Tom Coronel saiu da quarta posição para a liderança antes mesmo da primeira curva, deixando Nykjaer em segundo e Huff em terceiro, já que Engstler, o pole position, caiu para a quarta posição.

Precisando tirar treze pontos de Muller, Huff foi bastante agressivo, e ainda na primeira prova, na parte alta da pista, não se importou com a pista estreita para fazer uma bela ultrapassagem sobre Nykjaer em Faraway Hill. Duas voltas depois, aproveitando-se da velocidade do seu Cruze, conseguiu superar Coronel na freada do Hotel Lisboa.

Mais atrás, Muller só teve o trabalho de "marcar" o britânico. Saindo da oitava colocação, era sexto antes da primeira freada, quando passou Tarquini, superando, na sequência, Engstler após a Curva dos Pescadores.

No mesmo instante que Huff ascendia à liderança, Muller chegava ao quarto lugar ao passar Bennani, resultado que era suficiente para que o francês ficasse com o título sem depender dos outros. 

Enquanto o britânico escapava na ponta para vencer e ser o primeiro piloto da categoria a conseguir uma dupla vitória em Macau, seu colega de time ainda conseguiu se livrar de Nykjaer a duas voltas do fim, também na Curva do Hotel Lisboa, para ficar com o último posto do pódio, e assim comemorar a conquista do campeonato.

Outro destaque da corrida foi Gabriele Tarquini, que conseguiu um quarto posto após realizar duas lindas manobras de ultrapassagem, ambas no mesmo ponto da pista, o Hotel Lisboa, passando Bennani na penúltima volta, e Nykjaer na derradeira passagem.

Apesar de ter perdido três posições em relação à largada, Michel Nykjaer ficou com a vitória entre os independentes. Mehdi Bennani foi o segundo e Engstler ficou com o terceiro lugar.

Marcaram pontos na segunda bateria:

Robert Huff (GBR) Chevrolet Cruze
Tom Coronel (HOL) BMW 320TC
Yvan Muller (FRA) Chevrolet Cruze
Gabriele Tarquini (ITA) Seat León 1.6T
Michel Nykjaer (DIN) Seat León 1.6T
Mehdi Bennani (MAR) BMW 320TC
Franz Engstler (ALE) BMW 320TC
Tiago Monteiro (POR) Seat León 1.6T
Norbert Michelisz (HUN) BMW 320TC
10º Javier Villa (ESP) BMW 320TC

Sem precisar vencer, Yvan Muller conquistou o tricampeonato (2008, 2010 e 2011) por três pontos, e assim iguala a marca de Andy Priaulx, que levantou o "caneco" em 2005, 2006 e 2007.

O grande derrotado foi, sem dúvida alguma, Robert Huff, que começou o campeonato com muita força, chegando a abrir 31 pontos de Muller na Hungria, a quarta rodada dupla da tabela, até que perdeu o fôlego a meio da temporada, quando se iniciou a reação do francês, até que este tomou a liderança do britânico em Valência, ao final da temporada europeia.

Já o experiente suíço Alain Menu, que teve em mãos o mesmo carro de Huff e Muller, não conseguiu transformar em resultado as boas sessões de qualificação que teve durante o ano, e foi amplamente batido por seus colegas no seio da equipe oficial da Chevrolet.

O "melhor do resto" foi Tom Coronel, que bateu Tarquini e ficou com a quarta posição, nada podendo fazer frente à superioridade dos Cruze, e teve seu melhor momento em Suzuka, quando conseguiu a sua única vitória no ano.

 Yvan Muller 433
 Robert Huff 430
 Alain Menu 323
 Tom Coronel 233
 Gabriele Tarquini 204
 Tiago Monteiro 117
 Kristian Poulsen 112
 Franz Engstler 88
 Norbert Michelisz 88
10º  Michel Nykjaer 86
11º  Robert Dahlgren 72
12º  Javier Villa 59
13º  Colin Turkington 46
14º  Darryl O'Young 43
15º  Cacá Bueno 25
16º  Mehdi Bennani 22
17º  Stefano D'Aste 12
18º  Pepe Oriola 11
19º  Fredy Barth 7
20º  Yukinori Taniguchi 6
21º  Aleksei Dudukalo 4
22º  Charles Ng 1

Kristian Poulsen, ainda na primeira corrida do domingo, confirmou o título entre os independentes, vencendo pela primeira vez na carreira o Troféu Yokohama.

Com as duas vitórias na rodada dupla, Michel Nykjaer ficou com o segundo posto, fazendo a dobradinha dinamarquesa no campeonato.

Norbert Michelisz, que chegou a liderar o certame, deixou o título lhe escapar entre os dedos após péssimos resultados em Valência, Suzuka e Tianma, apesar de não ter participado do primeiro evento do calendário em Curitiba. O húngaro também perdeu o vice-campeonato, caindo para a quarta posição final.

 Kristian Poulsen 141
 Michel Nykjaer 139
 Franz Engstler 125
 Norbert Michelisz 124
 Javier Villa 104
 Darryl O'Young 88
 Mehdi Bennani 73
 Pepe Oriola66
 Colin Turkington 49
10º  Stefano D'Aste 37
11º  Aleksei Dudukalo 31
12º  Fredy Barth 30
13º  Yukinori Taniguchi 26
14º  Charles Ng 7
15º  Ibrahim Okyay 3
16º  Marchy Lee 3
17º  David Sigacev 2
18º  Masaki Kano 1
19º  Fabio Fabiani 1

Entre os construtores, a tabela de pontuação reflete muito bem o nível de superioridade da equipe de fábrica da Chevrolet, que fez do modelo Cruze um carro praticamente imbatível, deixando escapar a vitória em apenas três oportunidades.

Briga mesmo foi aquela travada entre os times clientes da BMW e da Seat, tendo o vice-campeonato, com muita justiça, ficado com a marca bávara.

Chevrolet 973
BMW Customer 583
Seat Customer 525
Volvo 154

Pelo Troféu Yokohama entre as equipes, o destaque ficou para os times que correram com o modelo 320TC da BMW, modelo que venceu dezoito das vinte e quatro corridas pelos independentes.

O título ficou, também pela primeira vez, para a Engstler Motorsport, do piloto Franz Engstler que, inclusive, chegou a vencer corrida com o próprio carro em Oschersleben, para a alegria da torcida alemã que lotou as arquibancadas do autódromo.

Liqui Moly Team Engstler 259
Sunred 200
Proteam 172
Zengö-Dension 113
Bamboo 112
Wiechers-Sport 81
Lukoil Sunred 31
Seat Swiss 30
DeTeam Engstler Motorsport 13
10º Borusan Otomotiv 3

Para 2012 a categoria promete muitas novidades, principalmente a entrada de novas marcas para combater o domínio da Chevrolet. A Ford, por exemplo, já confirmou o retorno depois de seus anos ausente, e alinhará o modelo Focus, o mesmo do BTCC, o Campeonato Britânico de Carros de Turismo, e pretende promover a estreia do norte-americano Tanner Foust, responsável por este espetacular salto de 101 metros em Indianápolis, minutos antes das 500 Milhas, quebrando o recorde mundial.

Além da Ford, a Honda e a Lada cogitam um retorno, enquanto a Volvo deseja fazer o campeonato completo, e para tanto quer os serviços do experiente Gabriele Tarquini.

Há, também, novidades no calendário, com a inclusão, pela primeira vez, de um evento nos Estados Unidos, no circuito de Sonoma, onde correm a Fórmula Indy e a NASCAR, marcado para 23 de setembro.

Dessa vez, o circuito de Monza, na Itália, abre o campeonato, deixando a rodada dupla de Curitiba, tradicionalmente a etapa inaugural, agendada para 22 de julho.