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domingo, 20 de novembro de 2011

WTCC - Round 12 - Macau


Na madrugada de hoje a cidade de Macau recebeu a última etapa do WTCC, o Campeonato Mundial de Carros de Turismo, no tradicional citadino circuito da Guia, o qual também foi palco, no mesmo fim de semana, do GP de Macau de Fórmula 3, concebido em 1954, e teve entre seus vencedores Riccardo Patrese, Roberto Moreno, Ayrton Senna, Maurício Gugelmin, Michael Schumacher, David Coulthard, Ralf Schumacher, Takuma Sato, Lucas di Grassi, entre outros. Já os campeonatos europeus de carros de turismo têm Macau em seu calendário desde meados da década de 1960.

A pista de rua apresenta duas seções totalmente distintas. A parte baixa é bastante larga e possui longas retas entremeadas por curvas muito rápidas, algumas das quais totalmente sem qualquer alívio no acelerador.

Já a parte alta é extremamente estreita e sinuosa, com muitos esses, e que culmina com o famoso grampo Melco, um grampo muito apertado, com cerca de sete metros de largura, local de muitos acidentes e engarrafamentos.

Como é de costume nas derradeiras da temporada, novamente houve  uma série de mudanças na lista de participantes.

Duas equipes tradicionais independentes vieram "desfalcadas" para a ex-colônia portuguesa, já que a Proteam trouxe apenas três carros, deixando Fabio Fabiani de fora, e a Bamboo Engineering é representada apenas por Darryl O'Young, já que o time não conseguiu reparar a tempo o Chevrolet de Yukinori Taniguchi após o forte acidente em Tianma.

Apesar dos bons resultados de Colin Turkington em Xangai, a Wiechers-Sport promoveu a estreia do canadense Gary Kwok, que nos últimos três anos fez o campeonato de carros de turismo de seu país, com um Honda Civic.

Já a Engstler Motorsport novamente disponibilizou um terceiro carro, um BMW 320si, para o piloto local Jo Merszei, como acontece todos os anos desde 2009.

O time privado da Sunred, ligado à Seat, como também tem feito nos últimos dois anos, deu um carro para o piloto português André Couto, que atualmente disputa o campeonato Super GT, no Japão, pela Lexus.

Há, também, três novos times, os quais se inscreveram apenas para este evento.

A primeira delas, a RPM Racing Team, contou com apenas um carro, o BMW 320si, que foi pilotado pelo piloto local Mak Ka Lok. A segunda, Corsa Motorsport, veio com dois Chevrolet Lacetti, para dois corredores também de Macau, Filipe Souza e Kuok Io Keong.

A última delas, a 778 Auto Sport, por seu turno, chegou a inscrever para o piloto de Hong Kong Lo Ka Chun um Peugeot 308, mas a equipe foi excluída do evento após os treinos livres porque o carro, que fez em 2008 e 2009 o Campeonato Francês de Carros de Turismo, não estava em conformidade com os documentos apresentados à FIA para homologação.

Outros dois pilotos, Fredy Barth e Robert Dahlregn, ficaram fora de combate ainda antes da corrida começar.

O suíço ficou inconsciente dentro do carro em chamas após bater forte no segundo treino livre e, por precaução, foi impedido de correr pelos médicos em razão da intoxicação pela fumaça. Já o sueco, apesar de ter saído sozinho do carro após se acidentar durante a qualificação, quando acertou com força os guard-rails, teve uma fratura no dedo polegar da mão direita constatada.

Precisando vencer as provas para tentar sair de Macau campeão, Robert Huff fez a pole position com o tempo de 2min30s881, à média de 146,02 km/h. Em segundo lugar ficou Yvan Muller, fazendo a primeira fila inteira para a Chevrolet. Tarquini, em terceiro foi o melhor do resto.

A primeira corrida da rodada dupla foi bastante confusa, e nas primeiras sete voltas, o safety car ficou na pista por cinco delas, e por dois incidentes diferentes.

Após a largada, André Couto perdeu o controle na rapidíssima Curva do Hotel Oriental Mandarin quando passou por cima da sujeira do pó químico atirado no local para limpar o óleo deixado em razão de um acidente ocorrido na prova de GT minutos antes.

No processo, o piloto português atingiu o Chevrolet de Alain Menu, e ambos abandonaram a prova. Para o suíço, no entanto, o prejuízo foi ainda maior, pois os danos foram tantos que o impediram de alinhar para a derradeira prova da temporada.

Na relargada, Darryl O'Young tentou bloquear uma tentativa de ultrapassagem  de Bennani após a Curva do Hotel Lisboa, e ambos se engancharam. O marroquino ainda conseguiu retornar à prova e terminar em nono lugar, na zona de pontuação, mas o chinês, que acertou com força o guard-rail, teve de abandonar.

Na nona volta o safety car deveria ter retornado à pista para a retirada do carro de Aleksei Dudukalo, que bateu forte na Subida de Moorish  e ficou numa posição perigosa, mas a direção de prova, pela competição, preferiu deixar a corrida seguir, acionando apenas as bandeiras amarelas no local. O acidente também deixou o russo de fora da segunda bateria, pois seu time não teve condições de reparar integralmente o Seat.

A prova, em si, foi bastante enfadonha, já que a única briga que animou as voltas em que a pista esteve liberada foi aquela entre os contendores ao título, Huff e Muller, com o britânico defendendo brilhantemente a ponta dos ataques do francês na freada para a Curva do Hotel Lisboa, ambos mostrando muito respeito um com o outro, evitando um duplo abandono à Chevrolet.

Assim, Robert Huff conseguiu mais uma vitória, a quarta nos últimos quatro anos em Macau, dando à marca da gravatinha a 15ª dobradinha na temporada, o que manteve as chances do britânico no campeonato.

Entre os independentes, a vitória ficou com Michel Nykjaer, deixando Franz Engstler com o segundo lugar, e Kristian Poulsen no terceiro posto, resultado que deu ao dinamarquês o Troféu Yokohama.

Marcaram pontos na primeira bateria:

Robert Huff (GBR) Chevrolet Cruze
Yvan Muller (FRA) Chevrolet Cruze
Gabriele Tarquini (ITA) Seat León 1.6T
Tom Coronel (HOL) BMW 320TC
Michel Nykjaer (DIN) Seat León 1.6T
Franz Engstler (ALE) BMW 320TC
Kristian Poulsen (DIN) BMW 320TC
Norbert Michelisz (HUN) BMW 320TC
Mehdi Bennani (MAR) BMW 320TC
10º Pepe Oriola (ESP) Seat León 1.6T

A segunda prova da rodada dupla, apesar de ter sido um pouco menos confusa que a primeira, o que significa mais voltas sob bandeira verde, não ficou livre da intervenção do safety car, que teve de ser acionado na terceira volta, quando o estreante Gary Kowk perdeu o controle sozinho na saída da Curva do Hotel Mandarin Oriental e bateu com força no guard-rail.

Os postulantes ao título novamente foram quem animaram a corrida, principalmente porque tiveram de largar quase no meio do pelotão em razão da inversão entre os dez primeiros colocados da primeira parte da qualificação, a Q1.

Com um arranque excepcional, Tom Coronel saiu da quarta posição para a liderança antes mesmo da primeira curva, deixando Nykjaer em segundo e Huff em terceiro, já que Engstler, o pole position, caiu para a quarta posição.

Precisando tirar treze pontos de Muller, Huff foi bastante agressivo, e ainda na primeira prova, na parte alta da pista, não se importou com a pista estreita para fazer uma bela ultrapassagem sobre Nykjaer em Faraway Hill. Duas voltas depois, aproveitando-se da velocidade do seu Cruze, conseguiu superar Coronel na freada do Hotel Lisboa.

Mais atrás, Muller só teve o trabalho de "marcar" o britânico. Saindo da oitava colocação, era sexto antes da primeira freada, quando passou Tarquini, superando, na sequência, Engstler após a Curva dos Pescadores.

No mesmo instante que Huff ascendia à liderança, Muller chegava ao quarto lugar ao passar Bennani, resultado que era suficiente para que o francês ficasse com o título sem depender dos outros. 

Enquanto o britânico escapava na ponta para vencer e ser o primeiro piloto da categoria a conseguir uma dupla vitória em Macau, seu colega de time ainda conseguiu se livrar de Nykjaer a duas voltas do fim, também na Curva do Hotel Lisboa, para ficar com o último posto do pódio, e assim comemorar a conquista do campeonato.

Outro destaque da corrida foi Gabriele Tarquini, que conseguiu um quarto posto após realizar duas lindas manobras de ultrapassagem, ambas no mesmo ponto da pista, o Hotel Lisboa, passando Bennani na penúltima volta, e Nykjaer na derradeira passagem.

Apesar de ter perdido três posições em relação à largada, Michel Nykjaer ficou com a vitória entre os independentes. Mehdi Bennani foi o segundo e Engstler ficou com o terceiro lugar.

Marcaram pontos na segunda bateria:

Robert Huff (GBR) Chevrolet Cruze
Tom Coronel (HOL) BMW 320TC
Yvan Muller (FRA) Chevrolet Cruze
Gabriele Tarquini (ITA) Seat León 1.6T
Michel Nykjaer (DIN) Seat León 1.6T
Mehdi Bennani (MAR) BMW 320TC
Franz Engstler (ALE) BMW 320TC
Tiago Monteiro (POR) Seat León 1.6T
Norbert Michelisz (HUN) BMW 320TC
10º Javier Villa (ESP) BMW 320TC

Sem precisar vencer, Yvan Muller conquistou o tricampeonato (2008, 2010 e 2011) por três pontos, e assim iguala a marca de Andy Priaulx, que levantou o "caneco" em 2005, 2006 e 2007.

O grande derrotado foi, sem dúvida alguma, Robert Huff, que começou o campeonato com muita força, chegando a abrir 31 pontos de Muller na Hungria, a quarta rodada dupla da tabela, até que perdeu o fôlego a meio da temporada, quando se iniciou a reação do francês, até que este tomou a liderança do britânico em Valência, ao final da temporada europeia.

Já o experiente suíço Alain Menu, que teve em mãos o mesmo carro de Huff e Muller, não conseguiu transformar em resultado as boas sessões de qualificação que teve durante o ano, e foi amplamente batido por seus colegas no seio da equipe oficial da Chevrolet.

O "melhor do resto" foi Tom Coronel, que bateu Tarquini e ficou com a quarta posição, nada podendo fazer frente à superioridade dos Cruze, e teve seu melhor momento em Suzuka, quando conseguiu a sua única vitória no ano.

 Yvan Muller 433
 Robert Huff 430
 Alain Menu 323
 Tom Coronel 233
 Gabriele Tarquini 204
 Tiago Monteiro 117
 Kristian Poulsen 112
 Franz Engstler 88
 Norbert Michelisz 88
10º  Michel Nykjaer 86
11º  Robert Dahlgren 72
12º  Javier Villa 59
13º  Colin Turkington 46
14º  Darryl O'Young 43
15º  Cacá Bueno 25
16º  Mehdi Bennani 22
17º  Stefano D'Aste 12
18º  Pepe Oriola 11
19º  Fredy Barth 7
20º  Yukinori Taniguchi 6
21º  Aleksei Dudukalo 4
22º  Charles Ng 1

Kristian Poulsen, ainda na primeira corrida do domingo, confirmou o título entre os independentes, vencendo pela primeira vez na carreira o Troféu Yokohama.

Com as duas vitórias na rodada dupla, Michel Nykjaer ficou com o segundo posto, fazendo a dobradinha dinamarquesa no campeonato.

Norbert Michelisz, que chegou a liderar o certame, deixou o título lhe escapar entre os dedos após péssimos resultados em Valência, Suzuka e Tianma, apesar de não ter participado do primeiro evento do calendário em Curitiba. O húngaro também perdeu o vice-campeonato, caindo para a quarta posição final.

 Kristian Poulsen 141
 Michel Nykjaer 139
 Franz Engstler 125
 Norbert Michelisz 124
 Javier Villa 104
 Darryl O'Young 88
 Mehdi Bennani 73
 Pepe Oriola66
 Colin Turkington 49
10º  Stefano D'Aste 37
11º  Aleksei Dudukalo 31
12º  Fredy Barth 30
13º  Yukinori Taniguchi 26
14º  Charles Ng 7
15º  Ibrahim Okyay 3
16º  Marchy Lee 3
17º  David Sigacev 2
18º  Masaki Kano 1
19º  Fabio Fabiani 1

Entre os construtores, a tabela de pontuação reflete muito bem o nível de superioridade da equipe de fábrica da Chevrolet, que fez do modelo Cruze um carro praticamente imbatível, deixando escapar a vitória em apenas três oportunidades.

Briga mesmo foi aquela travada entre os times clientes da BMW e da Seat, tendo o vice-campeonato, com muita justiça, ficado com a marca bávara.

Chevrolet 973
BMW Customer 583
Seat Customer 525
Volvo 154

Pelo Troféu Yokohama entre as equipes, o destaque ficou para os times que correram com o modelo 320TC da BMW, modelo que venceu dezoito das vinte e quatro corridas pelos independentes.

O título ficou, também pela primeira vez, para a Engstler Motorsport, do piloto Franz Engstler que, inclusive, chegou a vencer corrida com o próprio carro em Oschersleben, para a alegria da torcida alemã que lotou as arquibancadas do autódromo.

Liqui Moly Team Engstler 259
Sunred 200
Proteam 172
Zengö-Dension 113
Bamboo 112
Wiechers-Sport 81
Lukoil Sunred 31
Seat Swiss 30
DeTeam Engstler Motorsport 13
10º Borusan Otomotiv 3

Para 2012 a categoria promete muitas novidades, principalmente a entrada de novas marcas para combater o domínio da Chevrolet. A Ford, por exemplo, já confirmou o retorno depois de seus anos ausente, e alinhará o modelo Focus, o mesmo do BTCC, o Campeonato Britânico de Carros de Turismo, e pretende promover a estreia do norte-americano Tanner Foust, responsável por este espetacular salto de 101 metros em Indianápolis, minutos antes das 500 Milhas, quebrando o recorde mundial.

Além da Ford, a Honda e a Lada cogitam um retorno, enquanto a Volvo deseja fazer o campeonato completo, e para tanto quer os serviços do experiente Gabriele Tarquini.

Há, também, novidades no calendário, com a inclusão, pela primeira vez, de um evento nos Estados Unidos, no circuito de Sonoma, onde correm a Fórmula Indy e a NASCAR, marcado para 23 de setembro.

Dessa vez, o circuito de Monza, na Itália, abre o campeonato, deixando a rodada dupla de Curitiba, tradicionalmente a etapa inaugural, agendada para 22 de julho.

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