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domingo, 29 de julho de 2012

Hamilton completa a reação da McLaren


Como esperado, em uma corrida enfadonha onde as ultrapassagens são artigos de luxo, mesmo com a utilização do DRS, a largada e, principalmente, o gerenciamento da estratégia na utilização dos pneus seriam decisivos para o resultado final.

Nesse quesito, Lewis Hamilton e a McLaren fizeram o "dever de casa" iniciado com um excelente arranque que os puseram bem à frente de qualquer possível enrosco com Romain Grosjean na primeira curva e completado com uma escolha conservadora, porém eficaz, de apenas duas paradas para troca de pneus, utilizando os dois stints finais com os compostos médios.

Apesar do campeão de 2008 ter recebido pressão de ambas as Lotus durante toda a prova, havia sempre a impressão de que ele tinha a situação sob seu inteiro controle, apenas zelando para evitar o consumo excessivo de borracha para não colocar em risco o seu segundo triunfo na temporada.

Isso mostra claramente o poder de reação de um time como a McLaren que, com uma atualização significativa trazida para a etapa anterior, voltou a ser candidata à vitória justamente quando o pobre desempenho dos MP4-27 rebaixara o time como quarta força do campeonato, atrás até mesmo da Lotus.

Difícil de entender, no entanto, a estratégia adotada pelo time de Woking com Jenson Button, notadamente um piloto que não maltrata os pneus, mas que foi obrigado a fazer três paradas, sendo uma, ao meu ver, bastante prematura, a segunda delas, que fez com que o britânico rodasse com os pneus macios praticamente o mesmo tanto de voltas dadas por Sebastian Vettel com os pneus macios.

Por outro lado, analisando a prova após seu término, é possível que Kimi Räikkönen tenha deixado escapar a vitória ainda na largada quando tomou uma ultrapassagem por fora de Fernando Alonso na curva 2, o que o fez perder preciosos segundos atrás do espanhol até a primeira parada deste último, tempo este que seria certamente suficiente para que o finlandês tivesse chances de retornar à frente de Hamilton para o último stint.

Embora não tenha sido a tão sonhada vitória, Räikkönen, com seu estilo blasé, não se pôs a reclamar e até comemorou, ao seu modo, o resultado, bastante importante para a Lotus, pois colocou novamente ambos os seus carros no pódio, repetindo a conquista alcançada em Sakhir, com Romain Grosjean outa vez em terceiro ao fazer uma prova sem complicações, apesar de também ter perdido muito tempo atrás de Alonso, o que pode ter custado ao franco-suíço o segundo lugar para Räikkönen.

Depois de três provas consecutivas que quase significaram três vitórias em sequência, o quinto lugar abocanhado por Fernando Alonso na Hungria não pode, de forma alguma, ser objeto de desdém pelo piloto da Ferrari, principalmente porque seu mais próximo rival na tabela, Mark Webber, ficou apenas na oitava colocação.

Entre os demais, o grande destaque da prova é realmente Bruno Senna, que novamente figura na zona de pontuação, ao contrário do seu colega de equipe na Williams, Pastor Maldonado, que depois da vitória em Barcelona não pontuou mais.

O piloto brasileiro fez uma corrida tranquila, sem comprometer, andando sempre no mesmo ritmo dos carros das três principais equipes, Red Bull, McLaren e Ferrari, sendo capaz, inclusive, de segurar sem cometer qualquer tipo de erro pilotos do calibre de Jenson Button e Mark Webber, ambos equipados com os pneus macios, ao contrário de Senna, que na altura da disputa com esses dois, estava com os pneus médios, realçando ainda mais o desempenho do piloto da Williams.

Resta agora realmente torcer para que a nítida evolução de Bruno Senna tenha seguimento nessa segunda metade do campeonato em pistas que, teoricamente, ele tem mais experiência com carros de Fórmula 1, onde correu tanto pela HRT em 2010 como com a Renault Lotus no ano passado.

Normalmente muito bem em largadas, Felipe Massa não conseguiu fazer valer na Hungria seu ponto forte, tendo perdido duas posições até a primeira curva, para Webber e Senna, o que o fez cair para novo, posto que manteve até o fim da corrida, sendo digno de nota que o ritmo de Massa esteve praticamente à mesma altura do seu companheiro de equipe, conforme se verifica pela melhor volta de ambos, com diferença de apenas 182 milésimos em favor de Fernando Alonso.

Essa foi a classificação final do GP da Hungria:

Lewis Hamilton (GBR)McLaren/Mercedes-Benz69 voltas em 1h41min05s503
Kimi Räikkönen (FIN)Lotus/Renaulta 1s032
Romain Grosjean (SUI)Lotus/Renaulta 10s518
Sebastian Vettel (ALE)Red Bull/Renaulta 11s614
Fernando Alonso (ESP)Ferraria 26s653
Jenson Button (GBR)McLaren/Mercedes-Benza 30s243
Bruno Senna (BRA)Williams/Renaulta 33s899
Mark Webber (AUS)Red Bull/Renaulta 34s469
Felipe Massa (BRA)Ferraria 38s350
10ºNico Rosberg (ALE)Mercedesa 51s234
11ºNico Hülkenberg (ALE)Force India/Mercedes-Benza 57s283
12ºPaul di Resta (GBR)Force India/Mercedes-Benza 1min02s887
13ºPastor Maldonado (VEN)Williams/Renaulta 1min03s606
14ºSergio Pérez (MEX)Sauber/Ferraria 1min04s494
15ºDaniel Ricciardo (AUS)Toro Rosso/Ferraria 1 volta
16ºJean-Éric Vergne (FRA)Toro Rosso/Ferraria 1 volta
17ºHeikki Kovalainen (FIN)Caterham/Renaulta 1 volta/abandono
18ºKamui Kobayashi (JAP)Sauber/Ferraria 2 voltas/abandono
19ºVitaly Petrov (RUS)Caterham/Renaulta 2 voltas
20ºCharles Pic (FRA)Marussia/Coswortha 2 voltas
21ºTimo Glock (ALE)Marussia/Coswortha 3 voltas
22ºPedro de la Rosa (ESP)HRT/Ferraria 3 voltas

Mesmo com um discreto quinto lugar, Fernando Alonso segue ampliando sua vantagem na ponta do Campeonato de Pilotos, tendo agora quarenta pontos sobre Mark Webber, o corresponde a uma vitória e um terceiro lugar somados.

Saindo do "jejum", Lewis Hamilton volta a incomodar ambos os pilotos da Red Bull e contabiliza a besteira que fez em Valência, onde perdeu pontos importantes que poderiam dar hoje ao britânico simplesmente a vice-liderança.

 Fernando Alonso164
 Mark Webber124
 Sebastian Vettel122
 Lewis Hamilton
117
 Kimi Räikkönen 116
 Nico Rosberg 77
 Jenson Button76
 Romain Grosjean 76
 Sérgio Pérez47
10º Kamui Kobayashi33
11º Pastor Maldonado29
12º
 Michael Schumacher
29
13º Paul di Resta27
14º Felipe Massa25
15º
 Bruno Senna
24
16º Nico Hülkenberg 19
17º Jean-Éric Vergne 4
18º Daniel Ricciardo 2

Mesmo sem ir ao pódio em Hungaroring, a Red Bull mantem não só a liderança como também a diferença de exatos 53 para a equipe segunda colocada, que agora é a McLaren.

Por sua vez, a vitória de Lewis Hamilton levou o time de Woking a uma reação na tabela, recuperando a vice-liderança após ter caído para o quarto lugar, ainda que tenha a Lotus em seu encalço.

O resultado discreto da Ferrari na Hungria tornou o time italiano para a quarta colocação na tabela, posto que vem ocupando por mais tempo até agora durante a atual temporada.

 Red Bull 246
United Kingdom McLaren193
United Kingdom Lotus192
Italy Ferrari 189
 Mercedes 106
 Sauber80
 Williams 53
 Force India
46
Italy Toro Rosso6

A Fórmula 1 entra em um período de férias de verão que engloba praticamente todo o mês de agosto, retornando à ativa no primeiro fim de semana de setembro, com o GP da Bélgica, disputado no tradicional e incomparável circuito de Spa Francorchamps, prova que, no ano passado Sebastian Vettel se sagrou vencedor.

GP2 - Round 9 - Hungaroring - Leg 2


Em uma corrida meio sonolenta, a GP2 fez hoje a sprint race, encerrando o fim de semana de Hungaroring com uma vitória de ponta-a-ponta do piloto mexicano Esteban Gutiérrez, conquista que, em muito, foi facilitada por ele ter largado da pole position em razão da inversão do grid de largada entre os oito primeiros colocados da prova longa.

Apesar de ter sido pressionado no início da corrida por Nathanaël Berthon, o piloto da Lotus ART soube se portar na pista, algo raro nele, ganhando pela terceira vez em 2012, sendo também agraciado com dois pontos extras por ter feito a volta mais rápida da competição com o tempo de 1min32s348, à média de 170,784 km/h.

Já Berthon igualou seu melhor resultado na categoria sem ser incomodado por ninguém, já que Van der Garde, que optou pela equivocada estratégia de utilizar os pneus supermacios em uma prova sem pit stop obrigatório, serviu de tampão para todos aqueles que vinham atrás, o que permitiu ao francês da Racing Engineering abrir distância confortável para assegurar a segunda posição.

O brasileiro Luiz Razia, com mais uma primeira volta exemplar, ganhando as posições de James Calado de Jolyon Palmer, conseguiu seu nono pódio neste ano após se livrar de Giedo van der Garde, que já sofria com o excessivo desgaste dos pneus, a nove giros do fim.

O outro postulante ao título, Davide Valsecchi, também fez uma excelente corrida ao finalizar a prova no quarto lugar depois de sair de sétimo, com direito a uma ultrapassagem por fora sobre Jolyon Palmer na curva 2 a cinco voltas do fim.

Entretanto, o grande destaque da prova foi, sem dúvida alguma, Felipe Nasr, que foi obrigado a fazer novamente uma prova de recuperação depois de um erro da equipe que o deixou sem freios durante a feature race quando figurava na oitava colocação, o que lhe garantiria a pole position na sprint race.

Saindo da 25ª e penúltima colocação no grid de largada, o brasiliense, em uma corrida curta disputada em uma pista bastante apertada, ganhou nada menos do que dezessete posições até conseguir ficar na oitava colocação, a última vaga entre aqueles que marcam pontos, demonstrando todo o seu potencial, bem como deixando claro que certamente era real postulante à vitória nessa prova se não tivesse tido problemas na prova anterior.

O avanço do piloto da DAMS poderia ter sido até maior, mas na penúltima volta, em tentativa de passar sobre Stefano Coletti na curva 1, acabou "encaixotado" o que permitiu a Rio Haryanto, que havia sido superado por Nasr dois giros antes, conseguisse fazer uma dupla ultrapassagem para terminar na sétima colocação.

Marcaram pontos na segunda bateria em Hungaroring:

Esteban Gutiérrez (MEX)Lotus ART
Nathanaël Berthon (FRA)Racing Engineering
Luiz Razia (BRA)Arden
Davide Valsecchi (ITA)DAMS
Jolyon Palmer (GBR)iSport
James Calado (GBR)Lotus ART
Rio Haryanto (IDN)Carlin
Felipe Nasr (BRA)DAMS

Davide Valsecchi conseguiu descontar neste fim de semana três pontos de Luiz Razia, que segue na frente com uma diferença mínima de sete tentos, o que tornará bastante interessante a briga pelo título nessa reta final do certame.

 Luiz Razia196
 Davide Valsecchi189
 Esteban Gutiérrez
150
 James Calado
132
 Giedo van der Garde
129
 Max Chilton
124
 Fabio Leimer97
 Johnny Cecotto80
 Felipe Nasr
69
10º
 Jolyon Palmer
62
11º
 Nathanaël Berthon
59
12º
 Marcus Ericsson
56
13º Stefano Coletti 32
14º
 Tom Dillmann
29
15º Rio Haryanto29
16º Nigel Melker25
17º
 Stéphane Richelmi
19
18º
 Fabio Onidi
13
19º
 Rodolfo González
6
20º
 Simon Trummer
4
21º
 Julián Leal
1
22º Fabrizio Crestani 1
23º Brendon Hartley1

A Lotus ART continua se distanciando na ponta do campeonato entre as equipes, tendo agora 24 pontos de vantagem sobre a DAMS, a maior diferença entre ambas nesse ano.

 Lotus ART
282
 DAMS258
 Arden
200
 Racing Engineering156
 Carlin 153
 Caterham135
 iSport 118
 Barwa Addax
80
 Coloni45
10º Rapax 29
11º Ocean Racing 26
12º Trident20
13º Lazarus 1

A GP2, tal qual a Fórmula 1, entra no período de férias de verão e só voltará à ativa no primeiro fim de semana de setembro, em Spa Francorchamps, rodada dupla que, no ano passado, teve como vencedores Christian Vietoris, hoje no DTM, e Luca Filippi, que chegou a ser cogitado para correr pela Rahal Letterman da Fórmula Indy.