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domingo, 27 de maio de 2012

Rally da Grécia


Além do GP de Mônaco de Fórmula e das 500 Milhas de Indianápolis, que tradicionalmente acontecem no último domingo de maio, neste fim de semana também foi disputado na Grécia o Rally de Acrópolis, a sexta etapa do WRC, o Campeonato Mundial de Rally.

Com início no último dia 24, o Rally da Grécia, um dos mais antigos do calendário, esteve baseado na cidade de Loutraki, a pouco mais de 80 quilômetros a oeste da capital Atenas, tendo sido disputado em piso de cascalho, formado basicamente por rochas e areia, contendo um total de 22 estágios cronometrados, sendo apenas um na quinta-feira, oito na sexta-feira, oito no sábado e os cinco restantes no domingo, totalizando 409,47 quilômetros de competição, ou 1.661,39 quilômetros com os trechos de ligação.

Retornando após ter se ausentado do Rally da Argentina, em razão de uma fratura na clavícula esquerda devido a uma queda de ski, o finlandês Jari-Matti Latvala correu com uma espécie de proteção, a qual não o impediu de sentir dores no local.

O piloto da Ford, no entanto, não perdeu a competitividade, tanto que venceu não só os três primeiros estágios da competição, como também mais sete durante todo o evento, ou seja, quase a metade das super-especiais, e até a SS13 estava em franca disputa pela vitória com Sébastian Loeb.

Entretanto, o recorrente azar de Latvala novamente resolveu dar as caras, causando na SS14 um furo no pneu traseiro direito, o que o obrigou estacionar o carro no próprio estágio cronometrado para efetuar a troca a quatro quilômetros do fim, perdendo cerca de três minutos e meio no processo, além da chance de voltar a vencer na temporada, tendo de se conformar com o terceiro posto.

Após o problema de Latvala, foi a vez de Petter Solberg tentar incomodar a liderança de Loeb, tendo ambos terminado o sábado separados a pouco mais de dez segundos um do outro, o que indicava uma grande batalha no último dia.

Porém, no primeiro estágio do domingo, a SS18, a cerca de seis quilômetros do fim, Solberg cortou demais uma curva à direta, acertando uma pedra que o atirou para o barranco, levando-o a uma rodada, tendo a suspensão traseira esquerda inteiramente arrancada do carro, e não teve alternativa senão abandonar a competição.

Com todos esses problemas, os pilotos da Ford entregaram "de bandeja" não só a vitória a Sébastien Loeb (a 71ª na carreira do octacampeão), mas também a oportunidade para que a rival Citroën fizesse a segunda dobradinha consecutiva, mesmo com um Mikko Hirvonen de volta ao seu normal, discreto e longe do ritmo dos ponteiros.

A vantagem de Loeb para seu próprio companheiro de equipe no domingo era tanta que o francês ainda foi capaz de parar para trocar pneus em plena super-especial e ainda manter a ponta com cerca de cinquenta segundos à frente de Hirvonen.

Para piorar a situação para a marca do oval azul, os pilotos da Citroën completaram o power stage em primeiro e terceiro, respectivamente com Sébastian Loeb, que marcou o tempo de 2min21s8, e Mikko Hirvonen, que cronometrou o tempo de 2min23s1, cabendo à Ford o segundo lugar com Jari-Matti Latvala, que fez o trecho de 3,97 quilômetros em 2min22s4.

Entre os demais, de se destacar o desempenho de Sébastian Ogier, que mais uma vez chegou à zona de pontuação em um carro da categoria S2000, terminando na sétima posição pela equipe oficial da Volkswagen, que quase também teve Andreas Mikkelsen marcando pontos se não fosse um problema de superaquecimento do motor ainda no sábado e um acidente na SS18 no domingo.

Depois de doze participações em eventos no WRC nos últimos quatro anos, um desconhecido piloto árabe, Yazeed Al-Rajhi, a bordo de um Ford Fiesta privado conseguiu a façanha de terminar a competição numa importante oitava colocação, pontuando pela primeira vez na carreira.

Outra surpresa foi o catari Abdulaziz Al-Kuwari que, em sua primeira participação na categoria, conseguiu um ponto por ter terminado o rally na décima posição a bordo de um Mini Cooper privado.

Já os brasileiros viveram momentos contraditórios, já que Daniel Oliveira acabou tendo de abandonar a competição por problemas de motor no domingo, enquanto que Paulo Nobre conseguiu, pela primeira vez na temporada, terminar um rally, ficando com a 17ª posição.

Esses foram os que marcaram pontos no Rally da Grécia:

Sébastien Loeb (FRA) Citroën DS3
Mikko Hirvonen (FIN) Citroën DS3
Jari-Matti Latvala (FIN) Ford Fiesta
Mads Ostberg (NOR) Ford Fiesta (privado)
Martin Prokop (TCH) Ford Fiesta (privado)
Thierry Neuville (BEL) Citroën DS3
Sébastien Ogier (FRA) Skoda Fabia S2000
Yazeed Al-Rajhi (AS) Ford Fiesta (privado)
Ott Tänak (EST) Ford Fiesta
10º Abdulaziz Al-Kuwari (CAT) Mini Cooper (privado)

Com a quarta vitória em seis etapas, Sébastien Loeb dispara na liderança do campeonato, abrindo trinta pontos do segundo colocado, que agora é Mikko Hirvonen.

 Sébastien Loeb 119
 Mikko Hirvonen
89
 Mads Otsberg
80
 Petter Solberg  73
 Jari-Matti Latvala
45
 Evgeny Novikov
43
 Martin Prokop
36
 Nasser Al-Attiyah 23
 Sébastien Ogier
22
10º
 Thierry Neuville
22
11º
 Daniel Sordo
21
12º  Ott Tänak
18
13º  François Delecour
8
14º  Dennis Kuipers
8
15º  Armindo Araújo
7
16º
 Henning Solberg
6
17º  Pierre Campana 6
18º
 Patrik Sandell
4
19º  Yazeed Al-Rajhi
4
20º  Ken Block
2
21º  Jari Ketomaa
2
22º  Eyvind Brynildsen
1
23º  Ricardo Triviño
1
24º  Peter van Merksteijn
1
25º  Abdulaziz Al-Kuwari
1

Com seguidos problemas, a Ford deixa a Citroën ampliar ainda mais a liderança e já tem 73 pontos de desvantagem do topo da tabela.

 Citroën WRT 194
 Ford WRT 121
 M-Sport WRT 91
 Citroën Junior WRT 42
 Qatar WRT
37
 Adapta WRT
27
 Mini WRC Team
26
 Brazil WRT 10

A próxima etapa do WRC acontece em quatro semanas, com o Rally da Nova Zelândia, que será disputado entre os dias 22 a 24 de junho, evento que ficou de fora do calendário na temporada passada em razão do rodízio feito pela FIA e que, em 2010, teve Jari-Matti Latvala como vencedor.

Mark Webber vence e recorde histórico é quebrado


Mesmo sem ultrapassagens, o que tornaria enfadonha um evento em um circuito normal, a corrida Mônaco é sempre especial, principalmente numa Fórmula 1 tão equilibrada quanto a que estamos tendo o prazer de testemunhar em 2012.

Só para se ter uma ideia da competitividade da atual temporada, a certo ponto da prova, os seis primeiros colocados chegaram a ficar por várias voltas separados entre si em um intervalo de três a cinco segundos, sendo que o pódio foi formado por pilotos que cruzaram a linha de chegada a uma distância de menos de um segundo de diferença.

E dessa vez a "culpa" não pode ser jogada apenas no quesito pneus, que foi a tônica da corrida anterior, na Espanha, quando tivemos a vitória surpreendente de Pastor Maldonado.

Com isso, não há como negar que, de todas as tentativas dos últimos anos para equalizar o desempenho os carros, introduzindo pneus pouco duráveis, retorno dos pneus slicks e DRS, a atitude da FIA em banir os difusores soprados, que utilizavam os gases dos escapamentos dos carros visando ganho de aderência na parte traseira dos carros, foi a mais certa possível para trazer a tão sonhada competitividade à Fórmula 1, que só ganha com isso, para a alegria de Bernie Ecclestone.

Há alguns, porém, que não estão gostando da situação, como é o caso de Niki Lauda, que manifestou-se dizendo que já era hora de alguém "conhecido" começar a se destacar, bem como Mark Webber, o qual demonstrou desagrado pelo excesso de vencedores, declarando que os fãs querem mesmo é rivalidade, e se cansariam ver vários ganhadores.

Quis, no entanto, a ironia do destino que justamente essa "variedade" de vencedores desse a Mark Webber o seu primeiro triunfo na temporada, o segundo nas ruas de Mônaco, estabelecendo o recorde de seis ganhadores diferentes nas seis primeiras provas do ano, algo nunca visto na Fórmula 1, nem mesmo nos seus primórdios ou em épocas em que as quebras nos carros eram frequentes.

Ainda que a marca não tenha sido estendida às equipes, já que se trata da segunda conquista da Red Bull na temporada, que se soma ao triunfo de Vettel em Sakhir, trata-se de histórico e até inesperado diante do grande domínio do time austríaco em 2011, e que certamente será bastante repercutido pela imprensa até o próximo evento do calendário.

Trata-se, também, da terceira vitória consecutiva da Red Bull no circuito citadino de Monte Carlo, estabelecendo, assim, uma certa supremacia nesta pista.

Depois de conseguir arrancar bem, Webber liderou sem problemas, apesar de ter sido sempre seguido de perto por Nico Rosberg. O australiano só não ganhou a prova de ponta-a-ponta porque parou antes de Alonso Massa e Vettel, os quais chegaram a ficar na frente, mesmo que por apenas uma volta.

Mesmo com um carro aparentemente mais rápido, Rosberg não conseguiu fazer com que sua pressão, principalmente ao final da corrida, lhe rendesse o degrau mais alto do pódio. Aliás, a Mercedes mostra que a vitória em Jiading não foi apenas obra do acaso, e a prova é o desempenho de Michael Schumacher que, se não tivesse perdido tanto tempo atrás de Räikkönen no início da prova, certamente comporia o grupo da frente, tanto que em poucas até abandonar.

Apesar de não ter vencido, a Ferrari teve em Monte Carlo o seu melhor fim de semana considerando a equipe como um todo, com um pódio para Fernando Alonso e um Felipe Massa que, a princípio, parece renovado, tendo andado sempre muito próximo do espanhol durante a prova, marcando, com um sexto lugar, o seu melhor resultado na temporada, restando saber se esse desempenho não se deve apenas aos pneus mais macios.

Sebastian Vettel, por outro lado, conseguiu fazer funcionar sua estratégia diferenciada de largar com os pneus macios depois de não ter ido à pista no Q3, saindo da nona colocação para a quarta posição, chegando bem próximo de "abiscoitar" uma vaga no pódio

Foi uma pena, aliás, que a chuva prevista pela agência meteorológica francesa não tenha vindo com a força esperada e "necessária", o que denegou ao GP de Mônaco de 2012 um final que tinha tudo para ser épico.

Das equipes médias, a Force India foi a única que conseguiu colocar ambos os seus carros na zona de pontuação, mesmo escolhendo uma estratégia diversa para seus pilotos, tendo Hülkenberg, largado com os pneus extra-macios e Di Resta saindo com os pneus macios.

Além de pontuar pela terceira oportunidade na temporada, Nico Hülkenberg foi protagonista de um bonito lance de extremo oportunismo quando se aproveitou para, entre a Rascasse e a Anthony Noghès, passar Räikkönen, que titubeou atrás de Pérez, o qual, por sua vez, rumou tardiamente para os boxes e foi justamente punido com um drive through.

O mexicano da Sauber, a propósito, certamente foi o piloto mais combativo da prova e, mesmo largando da penúltima posição do grid, certamente chegaria aos pontos se não tivesse tido esse momento de bobeira.

Depois de vencer na prova anterior, a equipe Williams teve de se contentar com um mísero ponto em Mônaco, conquistado por Bruno Senna, que no começo da corrida andou por muito tempo na oitava colocação e somente chegou à zona de pontuação devido ao problema de Schumacher.

Digno de nota o andamento de Heikki Kovalainen que, com a raquítica Caterham, parecia estar sempre acima do limite do seu carro, foi capaz de segurar atrás de si por várias voltas a McLaren de Button, além de ter vendido bastante cara a então 12ª colocação para Pérez. O finlandês já faz por merecer pontuar com o horrível carro malaio.

Essa foi a classificação final do GP de Mônaco:

Mark Webber (AUS)Red Bull/Renault55 voltas em 1h46min06s557
Nico Rosberg (ALE)Mercedesa 00s643
Fernando Alonso (ESP)Ferraria 00s947
Sebastian Vettel (ALE)Red Bull/Renaulta 01s343
Lewis Hamilton (GBR)McLaren/Mercedes-Benza 04s101
Felipe Massa (BRA)Ferraria 06s195
Paul di Resta (GBR)Force India/Mercedes-Benza 41s537
Nico Hülkenberg (ALE)Force India/Mercedes-Benza 42s562
Kimi Räikkönen (FIN)Lotus/Renaulta 44s036
10ºBruno Senna (BRA)Williams/Renaulta 44s516
11ºSérgio Pérez (MEX)Sauber/Ferraria 1 volta
12ºJean-Éric Vergne (FRA)Toro Rosso/Ferraria 1 volta
13ºHeikki Kovalainen (FIN)Caterham/Renaulta 1 volta
14ºTimo Glock (ALE)Marussia/Coswortha 1 volta
15ºNarain Karthikeyan (IND)HRT/Coswortha 2 voltas
16ºJenson Button (GBR)McLaren/Mercedes-Benza 8 voltas - rodada

Com o terceiro lugar, Fernando Alonso, que chegou a Mônaco empatado em número de pontos com Vettel, que segurava a liderança pelos critérios de desempate, conseguiu abrir três importantes pontos sobre o atual bicampeão,  valendo ressaltar que a Ferrari não foi, em momento algum, o melhor carro da temporada, muito pelo contrário.

A vitória de Mark Webber alçou o australiano da quinta para a terceira posição e a apenas três pontos do topo da tabela, estando agora com o mesmo número de tentos de seu colega de equipe, a principal estrela da Red Bull.

 Fernando Alonso76
 Sebastian Vettel  73
 Mark Webber73
 Lewis Hamilton63
 Nico Rosberg 59
 Kimi Räikkönen51
 Jenson Button 45
 Romain Grosjean 35
 Pastor Maldonado 29
10º Sérgio Pérez 22
11º Paul di Resta21
12º Kamui Kobayashi 19
13º Bruno Senna15
14º Felipe Massa10
15º
 Nico Hülkenberg
7
16º Jean-Éric Vergne4
17º Daniel Ricciardo 2
18º Michael Schumacher2

A Red Bull, que assumiu a liderança do campeonato de construtores após a vitória de Vettel no Bahrein, segue na frente, distanciando-se de seus concorrentes, já que a diferença, que era de onze pontos para a McLaren, subiu para 38 após a prova de Mônaco.

O bom resultado de Felipe Massa em relação ao que o brasileiro vinha apresentando na temporada valeu à Ferrari a possibilidade de retomar a terceira posição da Lotus, ainda que apenas pelos critérios de desempate.

 Red Bull 146
United Kingdom McLaren108
Italy Ferrari86
 Lotus  86
 Mercedes 61
 Williams44
 Sauber 41
 Force India
28
Italy Toro Rosso6

A temporada europeia, depois de apenas duas provas, tem uma folga, já que o circo da Fórmula 1 se dirige para o Canadá onde, daqui a duas semanas, fará a sétima etapa do campeonato no circuito Gilles Villeneuve.