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domingo, 24 de junho de 2012

Rally da Nova Zelândia


Depois de ficar com as atividades "paralisadas" por quase um mês, o WRC, Campeonato Mundial de Rally, retornou à ativa neste fim de semana com a sétima etapa do certame, disputado em solo neozelandês e baseado na cidade de Auckland, a maior do país, a pouco mais de 120 quilômetros ao norte da capital Hamilton, contendo um total de 22 estágios cronometrados, sendo oito na sexta-feira, sete no sábado e os sete restantes no domingo, totalizando 413,94 quilômetros de competição, ou 1.657,90 quilômetros considerando os trechos de ligação.

Disputado em chão de terra, com alguns intervalos em asfalto, o Rally da Nova Zelândia, que ficou de fora do calendário do WRC no ano passado em razão do rodízio feito pela FIA, é conhecido pelas suas curvas inclinadas que fazem os carros pular de tangência em tangência em locais sinuosos, tendo sido, para 2012, reintroduzido no terceiro dia estágios que não eram utilizados desde a década de 1990.

A grande novidade para o evento foram os retornos da Prodrive, com seu Mini Cooper, dessa vez contando apenas com Daniel Sordo, e também do showman norte-americano Ken Block, que estava fora da categoria desde o Rally do México.

O restante, no entanto, nada mudou, nem mesmo o domínio de Sébastian Loeb, pronto para ser campeão pela nona vez consecutiva ao vencer de forma relativamente fácil o evento neozelandês após passar a "folga" testando um carro Oreca 03/Nissan da categoria LMP2 de seu próprio time em preparação para a disputa das 24 Horas de Le Mans em 2013, prova que já havia participado em 2005 e 2006 (ano em que terminou em segundo lugar) correndo pela Pescarolo.

O francês roubou a liderança de Mikko Hirvonen, que ponteou da segunda até a sexta superespecial, na SS7 ainda na sexta-feira para não mais largar, sendo escoltado pelo seu colega de equipe na Citroën durante o restante da competição até que, no domingo, veio a ordem da direção do time para que ambos mantivessem as posições, evitando assim a perda desnecessária de pontos.

Trata-se da quarta dobradinha da marca francesa, a terceira de forma consecutiva depois de passar em branco no Rally de Portugal, em um domínio jamais visto na categoria.

O único que tinha condições de impor um pouco de temor à Citroën era Jari-Matti Latvala, mas o jovem e rápido finlandês cometeu outro de seus regulares erros na SS7 ao cortar excessivamente uma curva à direita. O Ford rodou para fora da pista e caiu em uma espécie de barranco.

Apesar de ter conseguido retornar, a perda de tempo foi imensa, o que o levou a uma prova de recuperação, vencendo quatro estágios, inclusive o power stage, para chegar numa distante e frustrante sétima posição.

O outro piloto do time oficial da Ford, Petter Solberg, sofreu com a escolha errada de pneus no primeiro dia, não tendo condições nos dias subsequentes para acompanhar o ritmo dos Citroëns, ficando, apesar disso, mais uma vez com uma vaga no pódio.

O belga Thierry Neuville, correndo com o carro de Nasser Al-Attiyah, que se prepara para participar dos eventos de tiro nas Olimpíadas de Londres, igualou seu melhor resultado ao conquistar a quinta posição após uma bela briga com Ott Tänak, que não suportou a pressão e rodou no sábado e sofreu um grande acidente no domingo na SS20.

Após ficarem algum tempo parados, tanto Daniel Sordo como Ken Block conseguiram pontuar, com o espanhol na sexta colocação, chegando a vencer duas super-especiais no domingo, e com o americano na nona posição.

A bordo do Ford Fiesta da escuderia Brazil World Rally Team, e que regularmente tinha ao volante o brasileiro Daniel Oliveira, que decidiu não se deslocar à Nova Zelândia, o veterano Manfred Stohl, de 39 anos, e que não corria pelo WRC desde o Rally da Grã-Bretanha de 2007, competindo desde então no campeonato austríaco com seu próprio time, alcançou o último posto da zona de pontuação.

A dupla brasileira Paulo Nobre e Edu Paula conseguiu, pela terceira vez na temporada, finalizar um rally, ficando com a 17ª posição, tendo durante todo o fim de semana apenas uma intercorrência ainda na sexta-feira, quando precisou dar passagem a Thierry Neuville, que vinha muito mais rápido, e jogou o carro em uma poça de lama, sujando o para-brigas, o qual demorou para ser limpo. Com a visão bloqueada pela sujeira, Nobre acabou caindo em uma vala, necessitando de quase um minuto para voltar à pista.

Além de Jari-Matti Latvala, Petter Solberg e Sébastien Loeb foram agraciados com pontos extras no power stage, com o finlandês cronometrando o tempo de 4min14s3, enquanto que o norueguês fez 4min15s8 e o francês 4min16s0.

Um fato curioso que aconteceu durante a competição foi a presença maciça da polícia local nos trechos de ligação, como costumeiramente ocorre na Nova Zelândia, que distribuiu  multas por excesso de velocidade a alguns dos pilotos, um dos quais flagrado a 72 km/h em uma área em que a velocidade máxima permitida era de 70 km/h.

Esses foram os que marcaram pontos no Rally da Nova Zelândia:

Sébastien Loeb (FRA) Citroën DS3
Mikko Hirvonen (FIN) Citroën DS3
Petter Solberg (NOR) Ford Fiesta
Evgeny Novikov (RUS) Ford Fiesta
Thierry Neuville (BEL) Citroën DS3 (privado)
Daniel Sordo (ESP) Mini Cooper
Jari-Matti Latvala (FIN) Ford Fiesta
Armindo Araújo (POR) Mini Cooper (privado)
Ken Block (EUA) Ford Fiesta (privado)
10º Manfred Stohl (AUS) Ford Fiesta (privado)

Com mais uma vitória, Sébastien Loeb dispara ainda mais na liderança, impondo 38 pontos de vantagem para o seu mais próximo perseguidor, Mikko Hirvonen.

Petter Solberg, aproveitando-se da ausência de Mads Ostberg, recupera a terceira posição enquanto que Latvala perdeu uma colocação para o russo Novikov, que corre pela equipe satélite da Ford.

 Sébastien Loeb 145
 Mikko Hirvonen
107
 Petter Solberg
90
 Mads Otsberg 80
 Evgeny Novikov
55
 Jari-Matti Latvala
54
 Martin Prokop
36
 Thierry Neuville 32
 Daniel Sordo
29
10º
 Nasser Al-Attiyah
23
11º
 Sébastien Ogier
22
12º  Ott Tänak
18
13º  Armindo Araújo
11
14º  François Delecour
8
15º  Dennis Kuipers
8
16º
 Henning Solberg
6
17º  Pierre Campana 6
18º
 Patrik Sandell
4
19º  Yazeed Al-Rajhi
4
20º  Ken Block
4
21º  Jari Ketomaa
2
22º  Eyvind Brynildsen
1
23º  Ricardo Triviño
1
24º  Peter van Merksteijn
1
25º  Abdulaziz Al-Kuwari
1
26º  Manfred Stohl
1

Liderando com quase cem pontos de avanço, a Citroën se prepara para mais um título de construtores, vez que possibilidade da Ford virar o jogo é virtualmente impossível.

 Citroën WRT 237
 Ford WRT 144
 M-Sport WRT 103
 Qatar WRT 47
 Citroën Junior WRT
42
 Adapta WRT
27
 Mini WRC Team
26
 Brazil WRT 16

O WRC tem novamente uma pausa, já que o próximo compromisso da categoria acontecerá apenas entre os dias 2 a 4 de agosto, com o tradicionalíssimo Rally da Finlândia, vencido em 2011 por Sébastien Loeb, o único piloto não escandinavo a vencer duas vezes em solo finlandês.

Alonso com talento e com sorte!


Obstinado a obter uma vitória em seu próprio solo, algo que não faz desde 2006, ano do seu último título quando ainda pilotava para a Renault, Alonso deixou passar a oportunidade em Barcelona, onde liderou o começo da prova, mas foi batido por Maldonado, a surpresa daquele dia, que se impôs sobre o piloto da Ferrari.

Em Valência, a surpresa era ele próprio, largando de um distante 11º posto, porém Alonso não deixou escapar a chance que o destino e a sorte lhe colocaram à sua frente, mas que ele somente pôde usufruir em razão do seu grande talento e genialidade que o puseram em posição para aproveitar os infortúnios alheios para poder comemorar sua primeira vitória em solo espanhol pilotando uma Ferrari.

A felicidade de Alonso em alcançar este feito ficou patente na comemoração efusiva que o fez até parar seu carro para tentar pegar uma bandeira espanhola, bem como na emoção evidente que o levou às lágrimas no pódio, algo raro nele, que é conhecido por fazer outros tipos de "choro".

Com uma excelente largada em que ele conseguiu ganhar três posições, algo difícil numa pista como a de Valência, Alonso imprimiu um início da prova bastante agressivo, conseguindo se livrar de Hülkenberg na volta 12 na curva 13, passando por Maldonado um giro mais tarde na freada da curva 12.

Ao sair dos boxes para o segundo stint, Alonso ultrapassou Webber e Senna, que ainda não haviam parado e já apresentavam desgaste de pneus, na volta 18, e Schumacher na volta 19, superando Di Resta três passagens depois.

Depois de uma extensa intervenção do safety car para limpeza da pista dos destroços deixados pelos carros de Vergne e de Kovalainen, que se tocaram, Alonso tirou vantagem da inexperiência de Grosjean para encostar e passar o franco-suíço em uma bela manobra por fora na curva 2, mergulhando seu carro na curva com fé no próprio talento.

Então, a sorte do espanhol, que já havia aparecido quando saiu dos boxes à frente de Hamilton quando ambos pararam juntos para a segunda troca de pneus, em mais um erro de pit stop da equipe McLaren, falou mais alto, mas é bom que se diga que ele só pode aproveitar porque estava no lugar e hora certas em razão da própria capacidade de pilotagem.

Em segundo lugar, Alonso herdou a ponta quando o Red Bull de Sebastian Vettel, que liderava tranquilo, tendo aberto grande diferença frente aos demais antes do período do carro de segurança, inexplicavelmente diminuiu a velocidade, obrigando o atual bicampeão a encostar, tendo sido verificada pelo time que o abandono foi causado por uma falha no alternador.

Por coincidência, o mesmo defeito de alternador acometeu Grosjean, que certamente daria muito trabalho ao espanhol ao final da prova, quando o desgaste de pneus da Ferrari seria algo a ser considerado, como se viu no Canadá, o que obrigou ao franco-suíço a também abandonar a prova.

Assim, o caminho de Alonso para a vitória ficou aberto, já que ao final, Lewis Hamilton, que vinha em segundo lugar, teve graves problemas de pneus, sendo presa fácil para Räikkönen e para Maldonado, que tocou o carro do britânico ao teve paciência para aguardar um melhor momento, causando o abandono de Hamilton e a perda da asa dianteira no FW34, ensejando uma punição sobre o venezuelano, que ainda havia conseguido chegar em décimo, com o acréscimo de vinte segundos sobre o seu tempo final.

Nesse incidente Hamilton também teve sua parcela de culpa ao querer defender uma posição que evidentemente perdida face ao acentuado desgaste de seus pneus com unhas e dentes. Se tivesse mais cabeça, pensaria no campeonato como Alonso fez no Canadá.

O grande número de abandonos com os pilotos considerados do pelotão da frente, como Vettel, Grosjean, Hamilton, além do problema enfrentado por Maldonado e por outros, abriu caminho para o tão esperado primeiro pódio de Michael Schumacher, que aguentou forte pressão de Webber ao final, em seu retorno à Fórmula 1 após ter se aposentado ao final de 2006, justamente agora em que os boatos indicam que a Mercedes parece não ter interesse em renovar com o multicampeão para 2013.

Mark Webber, aliás, fez grande corrida considerando que partiu da longínqua 19ª posição devido aos problemas que enfrentou na qualificação com o DRS, terminando a prova num honrado quarto lugar que agora o coloca à frente do seu colega de equipe na tabela do campeonato.

Quem estava no meio desse grupo, ensanduichado por Schumacher e Webber, era justamente Bruno Senna, que acabou sendo vítima da precipitação de Kamui Kobayashi e foi tocado pelo japonês quando este viu uma brecha que não existia quando o brasileiro foi ultrapassado por Räikkönen pouco antes da curva 7.

O toque era inevitável e levou o piloto da Williams a uma rodada e também a um pneu furado, perdendo muito tempo para chegar aos boxes.

Para a surpresa de todos, foi Bruno Senna o punido com um drive through por ter sido considerado culpado pelo incidente, algo que somente pode ser explicado pelo fato de que o piloto convidado da vez como comissário ter sido Mika Salo, o qual tem seu conterrâneo protegido na própria Williams, Valtteri Bottas e vem fazendo um forte lobby para que o time de Grove dê um cockpit titular ao jovem finlandês no lugar do brasileiro.

Se não fosse esse problema com o japonês da Sauber, Senna certamente teria um resultado melhor do que o décimo lugar, conquistado após a punição imposta a Pastor Maldonado, no mínimo brigando pela quinta ou sexta posição.

Esse, aliás, não foi a única besteira que Kobayashi aprontou, já que na relargada acertou o carro de Massa na saída da curva 10, acabando com a corrida do brasileiro e dele próprio, pois teve de abandonar com problemas na suspensão e ainda carregará para Silverstone uma punição consistente na perda de dez posições no grid de largada.

A Force India finalmente conseguiu fazer valer ter seus dois carros na Q3 para pontuar, e bem, com ambos os seus pilotos, tendo colocado Hülkenberg em quinto, seu melhor resultado na Fórmula 1, e Di Resta em sétimo após conseguir conduzir a prova inteira com apenas uma troca de pneus.

Essa foi a classificação final do GP da Europa:

Fernando Alonso (ESP)Ferrari57 voltas em 1h44min16s649
Kimi Räikkönen (FIN)Lotus/Renaulta 06s421
Michael Schumacher (ALE)Mercedesa 12s639
Mark Webber (AUS)Red Bull/Renaulta 13s628
Nico Hülkenberg (ALE)Force India/Mercedes-Benza 19s993
Nico Rosberg (ALE)Mercedesa 21s176
Paul di Resta (GBR)Force India/Mercedes-Benza 22s866
Jenson Button (GBR)McLaren/Mercedes-Benza 24s653
Sergio Pérez (MEX)Sauber/Ferraria 27s777
10ºBruno Senna (BRA)Williams/Renaulta 35s961
11ºDaniel Ricciardo (AUS) Toro Rosso/Feraria 37s041
12ºPastor Maldonado (VEN)Williams/Renaulta 34s630* punido +20s
13ºVitaly Petrov (RUS)Caterham/Renaulta 1min15s871
14ºHeikki Kovalainen (FIN)Caterham/Renaulta 1min34s654
15ºCharles Pic (FRA)Marussia/Coswortha 1min36s551
16ºFelipe Massa (BRA)Ferraria 1 volta
17ºPedro de la Rosa (ESP)HRT/Coswortha 1 volta
18ºNarain Karthikeyan (IND)HRT/Coswortha 1 volta
19ºLewis Hamilton (GBR)McLaren/Mercedes-Benza 2 voltas/acidente

Tendo sido o primeiro a repetir uma vitória em 2012, Alonso se aproveita dos problemas enfrentados por seus mais fortes rivais para disparar na liderança, abrindo agora 20 pontos de Webber, que assume a segunda posição, 23 pontos de Hamilton 26 de Vettel.

 Fernando Alonso111
 Mark Webber91
 Lewis Hamilton88
 Sebastian Vettel
85
 Nico Rosberg75
 Kimi Räikkönen 73
 Romain Grosjean53
 Jenson Button49
 Sérgio Pérez39
10º Pastor Maldonado29
11º Paul di Resta27
12º
 Kamui Kobayashi
21
13º Michael Schumacher17
14º Nico Hülkenberg17
15º
 Bruno Senna 
16
16º Felipe Massa11
17º Jean-Éric Vergne 4
18º Daniel Ricciardo 2

Mesmo com a vitória, a Ferrari não conseguiu superar a Lotus no Campeonato de Construtores que tem a Red Bull disparada na frente, tendo 39 pontos de vantagem para a McLaren, que pontuou em Valência apenas com o discreto oitavo lugar de Jenson Button.

 Red Bull 176
United Kingdom McLaren137
 Lotus126
Italy Ferrari 122
 Mercedes 92
 Sauber60
 Williams 45
 Force India
44
Italy Toro Rosso6

O próximo compromisso da Fórmula 1 acontece em duas semanas, com o GP da Grã-Bretanha, em Silverstone, local da única vitória de Alonso e da Ferrari na temporada de 2011.