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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Valência


Neste domingo terá vez o GP da Europa, a oitava etapa do Mundial de Fórmula 1 em 2012, tendo como palco o circuito de rua montado às margens do Mar Mediterrâneo e desenhado, mais uma vez, pelo engenheiro alemão Hermann Tilke, utilizando parte do porto da cidade espanhola de Valência, no local que serviu de base para a disputa em 2007 da America's Cup, a mais famosa e importante regata do iatismo mundial.

O GP da Europa, uma espécie de subterfúgio maquinado por Bernie Ecclestone, o todo-poderoso da Fórmula 1, para organizar duas corridas em um mesmo país, já foi disputado em 55 oportunidades, sendo apenas em dezenove delas como parte do calendário da categoria, duas tendo como palco Brands Hatch, na Inglaterra (em 1983 e 1985), doze em Nürburgring, na Alemanha(em 1984, 1995, 1996, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007), uma em Donington Park, na Inglaterra (em 1993), duas em Jerez de la Frontera, na Espanha (em 1994 e 1997), e outras quatro vezes na cidade ibérica de Valência (2008 a 2011).

O maior vencedor do GP da Europa é Michael Schumacher, com seis triunfos em 1994, 1995, 2000, 2001, 2004 e 2006, mas na pista de Valência  foi Sebastian Vettel quem mais vitórias conseguiu, ganhando a prova em 2010 e 2011, enquanto que o recorde oficial do circuito pertence ao alemão Timo Glock, com o tempo de 1min38s683, com média de 197,687 km/h, a bordo de um Toyota TF109 V8 em 2009.

O circuito de Valência, com 5,419 quilômetros de extensão, gira no sentido horário e possui um total de vinte e cinco curvas, um recorde na categoria, sendo onze para a direita e quatorze para a esquerda, muitas delas apenas desvios na trajetória, sem necessidade de redução na velocidade.

Apesar de se tratar de um circuito citadido, a pista possui característica de média para baixa velocidade, e os pontos ideais para ultrapassagens são as curvas 2, 12, 17 e 25, pontos de frenagens fortes.

De acordo com o anúncio da FIA, a prova em Valência, a exemplo do que aconteceu no Canadá, teve seu de uso do DRS reduzido de duas para uma área em relação à opção feita em 2011, com a remoção da área entre as curvas 14 a 17, sendo mantido o mesmo ponto de detecção, posicionado a 132 metros da curva 8, e aquela que, no ano passado, era a primeira zona de ativação, a qual se inicia a 215 metros após a curva 10.

Logo após cruzar a linha de chegada o piloto já precisa encarar a curva 1, à direita, feita de "pé embaixo", em sétima marcha, a cerca de 290 km/h, onde se exige uma correta tangência para evitar perder velocidade, quando então, entre as placas de 100 e 50 metros, há a forte freada para a primeira chicane, que é composta das curvas 2 e 3, direita e esquerda, feitas em segunda marcha, por volta de 90 km/h, em que há boa utilização das zebras internas para "cortar" a curva.

Na sequência, há uma pequena reta em que se chega à quinta marcha para novamente frear forte para a segunda chicane, as curvas 4 e 5, dessa vez esquerda e direita, em segunda marcha, igualmente a 90 km/h, e também com o uso das zebras internas.

Na saída da curva 5, o piloto abre ligeiramente para o lado interno da pista para a tomada da curva 6 à esquerda sem necessidade de redução na velocidade, em quinta marcha, a cerca de 240 km/h, porém com cuidado para não resvalar o muro na saída da curva.

Existe, então, outro curto trecho em reta até a curva 7 à direita, que também é feita de "pé no fundo", dessa vez em sétima marcha, já ultrapassando os 300 km/h, até chegar à forte freada para a curva 8, um gancho à direita que leva ao trecho da ponte móvel na entrada do porto, em segunda marcha, a menos de 80 km/h, havendo necessidade do piloto sacrificar a saída para a tomada para a curva 9, à esquerda, também em segunda marcha.

Segue-se, desta forma, para a curva 10 à direita, feita em segunda marcha, a 80 km/h, que é apertada, obrigando o piloto a tangenciar perto do muro interno e ter atenção na saída para não utilizar em excesso a zebra, ou mesmo utrapassá-la, o que causará perda de tempo e velocidade.

Após a 10, há o trecho de maior velocidade da pista, com "um retão" onde se encontra a curva 11, uma curva longa à esquerda feita com o acelerador a pleno, em sexta marcha.

Antes de frearem para a curva 12, à direita, que é feita em segunda marcha, a menos de 80 km/h, os carros atingem à velocidade de cerca de 310 km/h, algo inacreditável para uma pista de rua.

O piloto, então, sacrifica o correto traçado na saída da 12 para contornar bem a curva 13, fechada no início, e que se abre ao final, feita também em segunda marcha, com o carro tendendo a sair de traseira, com a reaceleração até uma leve freada para a curva 14, feita em terceira marcha, a quase 180 km/h, com tangência muito parecida com aquela feita para fazer a curva 10, passando muito próximo do muro interno, e cuidado na saída para não se exceder na zebra, que fará com que o carro perca velocidade e tempo.

Novo trecho em reta, quebrado pelas curvas 15 e 16, ambas à esquerda, a pleno, com a sexta marcha engatada, e por volta de 280 km/h, acelerando até atingir cerca de 310 km/h, quando então há uma freada forte para a curva 17, um gancho à direita feito em segunda marcha, a menos de 80 km/h.

Nesse momento, chega-se ao trecho composto pelas curvas 18, 19 e 20, muito sinuoso, porém extremamente rápido, pois é feito em reaceleração total.

A curva 18, contornada à esquerda, é feita com em quarta marcha, a pouco mais de 170 km/h, com o sacrifício na saída para a tangência da curva 19, à direita, em quinta marcha, já beirando os 220 km/h.

Praticamente sem endireitar o volante o piloto entra na curva 20 à direita, engatando a marcha no meio dela, atingindo por volta de 240 km/h.

Saindo da curva 20 há um trecho de aceleração plena, passando pelas curvas 21 e 22, uma espécie de esse, à direita e depois à esquerda, contornada sem alívio no acelerador, com o mesmo acontecendo nas curvas 23 e 24, sendo esta última sacrificada para uma boa freada para a curva 25, a última do circuito, um gacho à esquerda feita em segunda marcha a menos de 80 km/h, novamente com muito cuidado na saída para não exagerar no uso da zebra, quando então o carro atinge a reta principal completando um giro pela pista.

Uma volta virtual por Valência:


Com uma única zona de uso do DRS durante a prova é certo que veremos poucas ultrapassagens, o que tornará a qualificação realmente muito mais importante em relação às demais provas

Para Valência, a Pirelli disponibilizará os compostos macios e médios, opção mais comum em 2012 e será bastante provável vermos grandes diferenças de estratégias entre pilotos e equipes, principalmente em razão da previsão de forte calor para o sábado e domingo, razão pela qual o consumo da borracha será novamente um fator chave para o sucesso neste fim de semana.

A considerar o que foi visto em Mônaco, última pista de rua visitada pela Fórmula 1, a grande favorita para o evento espanhol é a Mercedes, condição esta que não é absoluta, visto que a pista do GP da Europa possui características bem diversas em relação ao circuito monegasco, bem mais lento e travado.

Vale dizer que a já frágil balança de forças em 2012 poderá facilmente ser revirada neste fim de semana, já que é certo que muitas equipes apresentarão novos componentes visando a evolução de seus carros e não será nada surpreendente se houver um oitavo vencedor diferente.

Para domingo estão previstas 57 voltas, totalizando um percurso de 308,883 km, que deve ser cumprido em pouco mais de uma hora e meia caso não haja intervenção do safety car, ressaltando que a meteorologia não antevê a ocorrência de chuva para todo o fim de semana.

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