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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Spa Francorchamps


Depois de longas férias de verão de quase cinco semanas, já que a última prova do calendário, em Hungaroring, se deu em 29 de julho, a finalmente a Fórmula 1 volta a ser destaque nos noticiários porque chegou a vez de Spa Francorchamps sediar o GP de Bélgica, que desde 1988 é geralmente disputado no último fim de semana de agosto, com raras exceções.

Se Mônaco é a joia da coroa da categoria, Spa é a pista em que todos os pilotos apreciam correr, principalmente pela abundância de curvas de alta velocidade, as quais trazem imenso prazer para quem está ao volante. O traçado belga é cultuado pelos fãs de automobilismo, e é ali que os "bons-de-braço" se sobressaem em relação aos "pés-de-breque", sendo um alento a todos que gostam de corridas a notícia de que a pista renovou seu contrato com Bernie Ecclestone para permanecer ininterruptamente no calendário até pelo menos 2015, afastando a ideia de revezamento a partir de 2013 com um possível GP da França, que foi vetado pelo presidente francês que recentemente tomou posse do cargo.

Neste fim de semana acontecerá a 68ª edição do GP da Bélgica, sendo em 56 oportunidades como parte do calendário da Fórmula 1, das quais 44 vezes tiveram como palco Spa Francorchamps (1950 a 1956, 1958, 1960 a 1968, 1970, 1983, 1985 a 2002, 2004, 2005 e 2007 a 2011), enquanto Zolder abrigou a corrida por dez vezes (1973, 1975 a 1982 e 1984) e Nivelles, por sua vez, recebeu o evento em duas oportunidades (1972 e 1974).

Inaugurado em 1921, o circuito, localizado no meio da floresta de Ardennes, onde foi travada uma das mais ferozes batalhas da II Guerra Mundial em pleno inverno europeu de 1944/1945, utilizava as estradas públicas que ligavam as cidades de Francorchamps, Malmedy e Stavelot, com um percurso de quase quinze quilômetros de extensão, repleta de curvas de alta velocidade.

Porém, somente em 1939 é que o circuito foi modificado, com a introdução da famosa e temida curva Eau Rouge, seguida da Raidillon, para fazer da pista a mais rápida da Europa quando, em 1947, houve retirada de uma chicane na curva Malmedy, e transformando o antigo gancho da Stavelot em uma curva rápida em sequência à Holowell.

No final da década de 1960, a segurança precária da pista, principalmente em condições de chuva, que é muito comum na região, passou a ser objeto de protesto e apelos dos pilotos até que, em 1969, o evento foi boicotado por eles, razão pela qual a configuração extensa do traçado foi utilizado pela Fórmula 1 até 1970, quando Spa foi sacada do calendário, ainda que continuasse a ser utilizado por outras categorias até 1978, quando o circuito acabou sendo reduzido para o traçado conhecido atualmente depois de alguns acidentes fatais nas 24 Horas de Spa.

O GP da Bélgica, então, voltou a ser disputado na pista localizada na região de Liège em 1983, substituindo Zolder, que vira a morte de Gilles Villeneuve no ano anterior, e desde então vinha sofrendo apenas modificações na chicane Bus Stop quando, em 2007, a parte dos pits foi totalmente reformada e remodelada, com a criação de um novo traçado para a chicane que antecede a reta principal, estabelecendo o perímetro do circuito em 7,004 quilômetros, de longe a mais extensa da temporada.

Michael Schumacher é o maior vencedor do GP de Bélgica, com seis triunfos em 1992, 1995, 1996, 1997, 2001 e 2002, ultrapassando Ayrton Senna, que continua sendo o piloto que possui o maior número de vitórias consecutivas em Spa (1988, 1989, 1990 e 1991). 

No atual formato da pista, o recorde oficial pertence a Sebastian Vettel que, em 2009, cronometrou o tempo de 1min47s263, à média de 235,070 km/h, com o Red Bull RB5/Renault V8, ainda que alguns considerem como o recorde oficial a volta de Kimi Räikkönen 2004, quando marcou o tempo de 1min45s108, com média de 238,931 km/h, e que se deu numa pista ligeiramente mais curta, época em que a Bus Stop tinha outra característica.

O circuito gira no sentido horário, com um total de dezenove curvas, sendo nova curvas para a direita e dez para a esquerda. Os carros ficam 71% da volta em aceleração plena, sendo que os principais pontos de ultrapassagem são o cotovelo da La Source, a freada para a Les Combes e a Bus Stop, mas se o piloto for um pouco mais ousado, pode escolher passar alguém na entrada da Eau Rouge.

Para este ano, a FIA manteve o mesmo ponto de detecção do DRS em relação ao ano passado, posicionando-o a 235 metros antes do início da primeira perna da Eau Rouge. A zona de ativação, no entanto, foi reduzida em cinquenta metros, principiando-se 320 metros após à Raidillon, já na reta Kemmel, o que foi feito para evitar banalizar a ultrapassagem naquele ponto, como se viu na última edição do GP da Bélgica.

Tal qual ocorreu em 2011, por motivo de segurança, foi definida a proibição da asa móvel durante o contorno da Eau Rouge nos treinos livres e na classificação já que, com o aerofólio aberto, a traseira do carro pode ficar bastante solta e causar um acidente de grandes proporções.

A reta principal é relativamente curta, com um leve aclive na freada para a curva 1, a La Source, um grampo à direita bastante apertado em que é comum a ocorrência de acidentes e toques na largada, feito em segunda marcha, a cerca de 75 km/h.

Depois, inicia-se um trecho de reta em descida, permeada com uma ligeira curva que só exige um leve giro no volante. No final da baixada, o piloto recolhe o carro para o lado interno da pista para ter o melhor contorno da Eau Rouge, um "S" de altíssima velocidade formado pelas curvas 2 e 3, e que é feito pelos carros de Fórmula 1, em piso seco, sem nenhum alívio no acelerador, primeiro num mergulho rápido à esquerda, quando então o piloto traz o carro para a tomada da curva à direita em forte aclive.

No meio da Eau Rouge, o já se busca o contorno da curva 5, a Raidillon, à esquerda localizada bem no topo, "escorregando" para a zebra do lado de fora na saída, sendo que todo esse trecho é feito em sétima marcha, a cerca de 300 km/h, sob extrema pressão lateral e vertical, já que a súbita subida íngreme provoca o efeito da compressão, fazendo com que o piloto seja "afundado" contra a parte inferior do assento do carro, tirando a visão da saída da curva no topo.

O grande perigo nesse ponto é raspar o assoalho do carro contra o chão, principalmente porque a suspensão está no curso máximo em razão do carro estar ladeira acima, o que pode provocar uma brusca perda de aderência. Nessas condições o acidente acaba sendo inevitável e, claro, bastante forte.

Saindo da Raidillon, o piloto chega à reta Kemmel, passando pelo local onde Mika Häkkinen fez a antológica ultrapassagem sobre Michael Schumacher em 2000, utilizando o BAR de Ricardo Zonta como escudo, atingindo cerca de 330 km/h.

Entre as placas de 100 a 50 metros, o piloto freia forte para a tomada da Les Combes, um "S" composto das curva 5 e 6, reduzindo para a terceira marcha, a cerca de 140 km/h na primeira tomada à direita, aumentando gradativamente a velocidade para a segunda perna à esquerda.

Na saída, o carro é levado o máximo possível para o lado externo da pista para facilitar o contorno da curva 7 à direita, a Malmedy, feita em terceira marcha, a quase 180 km/h, engatando a quarta no meio do contorno da curva, utilizando bem a zebra externa como apoio.

Em seguida, há um pequeno trecho de reta em descida até a curva 8, a Rivage, um bastante ondulado gancho de raio longo à direita e com inclinação  negativa para facilitar o escoamento da água da chuva, feito em segunda marcha, a pouco menos de 110 km/h.

O piloto não deixa o carro escapar muito, e traz o carro para o lado interno da pista, onde a zebra é alta, dá um leve toque no freio e contorna a curva 9 à esquerda em terceira marcha, a pouco mais de 150 km/h, entrando em um novo trecho em reta em leve descida.

O carro acelera até a sétima marcha, reduzindo logo adiante uma velocidade para o contorno das curvas 10 e 11, a Pouhon, uma rapidíssima curva à esquerda de duas tangências, a primeira feita a cerca de 250 km/h, deixando o carro "espalhar" até a zebra, sem excesso, quando então se inicia a tomada da segunda perna, já a 270 km/h, colocando a sétima marcha um pouco depois da saída da curva.

Depois da Pouhon, o piloto acelera até outra chicane de alta velocidade, a Les Fagnes, freando forte, reduzindo a velocidade para 140 km/h, em terceira marcha, contornando a primeira perna à direita, a curva 12, com uma pequena aliviada no acelerador para fazer a curva 13, à esquerda, com cuidado para não alargar demais a saída da curva.

Novo trecho de aceleração até a freada para a curva 14, a Campus, uma curva à direita, feita em terceira marcha, a cerca de 150 km/h, onde se apoia bastante na zebra para um melhor traçado para a curva 15 também à direita, a Paul Frère, feita em quarta para quinta marcha.

A Paul Frère inicia o trecho em subida da reta Blanchimont, que é entremeada por duas curvas feitas em aceleração plena, a 16 e a 17, as duas à esquerda, a primeira feita em sétima marcha, a mais de 300 km/h, local onde Luciano Burti sofreu um forte acidente em 2001, que chegou a rachar o capacete do brasieiro na parte dianteira inferior, e a segunda, mais fechada, denominada de Blanchimont, é feita a pouco menos de 300 km/h.

Posteriormente à Blanchimont, segue-se em aceleração plena, atingindo pouco menos de 325 km/h até que se freia forte para a chicane Bus Stop, que compreende as curvas 18 e 19, sendo a primeira perna à direita e a segunda à esquerda, ambas feitas em segunda marcha, a menos de 70 km/h, levando o piloto novamente à reta principal para completar uma volta em Spa.


Aqui vão dois vídeos com uma volta virtual em Spa:


Para esse ano a Pirelli selecionou para a pista belga os compostos médios e duros, de faixas brancas e cinzas, respectivamente, modificando a opção de 2011, que foi macios e duros, situação que certamente fará com que todos realizem apenas uma parada para a troca de pneus durante a prova em caso de pista seca.

A característica de alta de velocidade em Spa obriga os carros a andarem com uma configuração aerodinâmica de baixo arrasto, o que significa asas com pouco grau de inclinação, já que a velocidade final conta, e muito, para uma boa volta na pista belga.

Depois dessa pausa das férias de verão, todos os times terão atualizações aerodinâmicas, e fica a dúvida para saber se a McLaren dará seguimento à grande melhoria do desempenho demonstrado em Hungaroring, que é bem diferente de onde a categoria correrá no domingo.

Teoricamente, o andamento da Ferrari  nas duas próximas provas do calendário, Spa e Monza, deverá ser crítico para as pretensões do time italiano, já que a principal característica dessas pistas é justamente a velocidade, algo que o modelo F2012 é bastante deficitário.

Também é importante ficar de olho em Kimi Räikkönen que, além de "bater na trave" em algumas oportunidades na tentativa de dar à Lotus a primeira vitória na temporada, costuma fazer boas apresentações em Spa Francorchamps, tendo triunfado em quatro das últimas cinco edições em que participou, 2004, 2005, 2007 e 2009, deixando escapar a vitória em 2008 em razão de uma estúpida rodada na penúltima volta na saída da curva Blanchimont.

É bom lembrar que o clima instável na região das Ardennas pode trazer chuva a qualquer momento da prova, e nem sempre a água cai na pista toda, já que não é raro a situação da pista estar seca num trecho e molhada no outro. Seja dito de passagem que há previsão de temperaturas baixas e chuva nesse fim de semana em Spa, principalmente no sábado, o que pode dar à classificação um tom mais dramático como foi em Interlagos no ano passado.

A previsão da meteorologia é de temperaturas baixas durante todo o fim de semana, mas chuva é "garantida" apenas na sexta-feira, durante os treinos livres, restando para os demais dias a instabilidade do clima, algo que poderá, dependendo do caso, ser favorável a Fernando Alonso.

A corrida está prevista para ser disputada em 44 voltas, totalizando um percurso de 308,052 km, que deverá ser cumprido em pouco mais de uma hora e vinte minutos em caso de pista totalmente seca.

domingo, 26 de agosto de 2012

Rally da Alemanha


No último fim de semana de agosto, entre os dias 24 a 26 de agosto, ainda em pleno período de férias da Fórmula 1, a Alemanha deixou Sebastian Vettel um pouco de lado para sediar a nona etapa do WRC, Campeonato Mundial de Rally da FIA, iniciando a reta final do certamente que muito dificilmente não coroará Sébastien Loeb com o seu nono título consecutivo na categoria.

Baseado na cidade de Trier, cidade a cerca de 720 quilômetros a sudoeste de Berlim, quase na fronteira com Luxemburgo, o Rally da Alemanha contou com um total de quinze estágios cronometrados, sendo seis na sexta-feira, seis no sábado e apenas três no domingo, totalizando 368,63 quilômetros de competição ou 1.113,59 quilômetros contando os trechos de deslocamento.

Parte do calendário do WRC desde 2002, o evento tedesco é dominado pelo multicampeão Sébastien Loeb, que somente perdeu a edição do ano passado quando sofreu furo no pneu no segundo dia. A habilidade do francês em pisos asfaltados é lendária, o que o fez "excursionar" por outras categorias do automobilismo, participando de eventos das 24 Horas de Le Mans, onde cogita retornar em 2013 com equipe própria, além de ter sido cotado para fazer titular da equipe Toro Rosso da Fórmula 1 no GP de Abu Dhabi de 2009 após fazer alguns bem-sucedidos testes com o modelo STR4.

Apesar de ser disputado em piso de asfalto, o traçado do Rally da Alemanha é conhecido pela alternância nas condições de aderência, já que em muitos lugares existem depósitos de terra, pedras e detritos arrastados para a pista pelos próprios pilotos ao cortarem as curvas.

É nessa etapa que a categoria enfrenta o estágio cronometrado mais longo da temporada, o temido Arena Panzerplatte, com massivos 47 quilômetros, localizado em meio a um antigo campo de treinamento de tanques de guerra, com a existência de enormes blocos de concreto ao longo do traçado, os quais punem, sem piedade, qualquer excesso ou erro de pilotagem.

Depois de algumas provas ausente, a Prodrive retornou com seu Mini Cooper para os eventos em asfalto, tendo Daniel Sordo ao volante, enquanto que o time Mini Portugal anunciou a substituição de Armindo Araújo por Chris Atkinson para os demais rallies da temporada, dando ao australiano a oportunidade de guiar neste ano todos os modelos do tipo WRC, o Fiesta da Ford, o DS3 da Citroën e, finalmente, o Mini Cooper.

Se no ano passado tivemos uma eletrizante briga entre os dois pilotos do time de fábrica da Citroën, dessa vez Sébastien Loeb, sem a concorrência de Ogier, que foi para a Volkswagen, fez o que quis no asfalto alemão, sendo o mais rápido em nove estágios, o que corresponde a 60% do total, e faturou a sua sétima vitória em 2012, sendo este o quinto triunfo consecutivo em uma série que vem desde a Argentina.

Já pelos lados da Ford, quem mais conseguiu se aproximar de Loeb foi Petter Solberg, mas no sábado, na primeira passagem pelo Panzerplatte, o norueguês deixou a traseira de seu carro escapar em uma rápida curva à esquerda e acertou uma pedra, a qual arrancou a roda direita da parte de trás, levando-o ao abandono.

Com isso, Latvala, que tentou uma desesperada e infrutífera estratégia de colocar pneus macios e duros na sexta-feira, herdou o segundo lugar, posição que manteve até o final, conquistando, assim, seu melhor resultado em competições no asfalto.

Sem conseguir, em momento algum, andar no ritmo de seu colega de equipe, Hirvonen ficou com a última vaga do pódio ajudado, obviamente, pelos acidentes de seus mais próximos concorrentes enquanto o finlandês esteve sempre constante naquele seu estilo "devagar e sempre".

Estreando em solo alemão, Thierry Neuville fazia um excelente rally e figurava em quarto lugar quando também teve problemas na primeira passagem pelo Panzerplatte, rodando três vezes até que saiu da pista em uma rápida curva à direita e acertou uma árvore, encerrando a participação do belga no evento.

O estoniano Ott Tänak, por sua vez, começou a se destacar durante o sábado à tarde, vencendo seus primeiros estágios em asfalto, a SS10 e SS11 até que também foi vítima do Panzerplatte, acertando um dos blocos de concreto, os quais arrancaram a roda traseira direita do seu Ford Fiesta.

Tänak ainda retornou à competição e a terminou em nono lugar, mas sua equipe, a M-Sport, time satélite da Ford, optou pela desistência do piloto para permitir que o carro tenha alguns componentes importantes substituídos para a próxima etapa, abrindo espaço para que o jovem francês Mathieu Arzeno, com um Peugeot 207 S2000 pontuasse pela primeira vez na carreira em sete participações no WRC.

Após vencer a SS8, Daniel Sordo também perdeu a chance de subir ao pódio no retorno da Prodrive graças ao Panzerplatte, tendo sofrido um pneu furado na pela manhã e um acidente à tarde, acertando um bloco de concreto à beira da pista, que danificou o radiador do Mini. Ainda sim, o espanhol retornou à pista para o domingo e conseguiu chegar à zona de pontuação com um décimo lugar, que se transformou em nono com o anúncio do abandono de Tänak.

Outro que também teve problemas no Panzerplatte, já durante a tarde, foi Peter van Merksteijn, que capotou seu carro e bloqueou a pista, o que obrigou os organizadores a neutralizar o estágio por alguns minutos.

Guiando pela primeira vez um Mini Cooper, o australiano Chris Atkinson conseguiu, finalmente, voltar a pontuar na categoria, ficando com o quinto lugar, o mesmo resultado conquistado na última vez em que figurou na zona de pontuação no logínquo Rally da Irlanda em 2009.

Os pilotos da equipe oficial da Volkswagen, Sébastien Ogier e Andreas Mikkelsen, que ainda correm com o modelo Skoda Fabia da categoria S2000 enquanto aguardam o Polo S, merecem grande destaque por terem terminado, respectivamente, em sexto e sétimo lugares, tendo o norueguês, inclusive, alcançado o inédito terceiro lugar no power stage, com o tempo de 3min31s7, abiscoitando um ponto extra, chegando atrás apenas da dupla da Citroën, já que Loeb ficou com o primeiro tempo, marcando 3min24s8, e Hirvonen com o segundo, cronometrando 3min27s0.

Após se ausentar por dois eventos para participar das competições de tiro nas Olimpíadas de Londres, onde ganhou a medalha de bronze, o príncipe catari Nasser Al-Attiyah retoma seu carro de onde parou, pontuando pela quarta oportunidade na temporada.

Para Martin Prokop, no entanto, o tempo literalmente esquentou quando seu carro foi destruído pelo fogo na SS3, em um incêndio que foi causado provavelmente pela borracha do pneu em alta temperatura após um furo.

Dessa vez, o Brasil teve dois representantes na etapa alemã do WRC, mas apenas Daniel Oliveira conseguiu chegar até o final, com um honroso 24º posto, tendo sobrevivido a uma saída de pista na sexta-feira, uma rodada em alta velocidade e a um semi-eixo quebrado no sábado.

Por outro lado, o Mini Cooper de Paulo Nobre e Edu Paula, ainda no sexta-feira, acertou uma guia e entortou uma roda, o que obrigou a dupla a abandonar o dia. Apesar de terem feito os estágios da manhã de sábado, a dupla abandonou a competição porque questões de cunho pessoal de Nobre o obrigaram a retornar prematuramente para o Brasil.

Esses foram os que marcaram pontos no Rally da Alemanha:

Sébastien Loeb (FRA) Citroën DS3
Jari-Matti Latvala (FIN) Ford Fiesta
Mikko Hirvonen (FIN) Citroën DS3
Mads Ostberg (NOR) Ford Fiesta (privado)
Chris Atkinson (AUS) Mini Cooper (privado)
Sébastien Ogier (FRA) Skoda Fabia S2000
Andreas Mikkelsen (NOR) Skoda Fabia S2000
Nasser Al-Attiyah (CAT) Citroën DS3 (privado)
Daniel Sordo (ESP) Mini Cooper
10º Mathieu Arzeno (FRA) Peugeot 207 S2000 (privado)

Sébastien Loeb abre 54 da vice-liderança e só mesmo um desastre tira do francês o nono título consecutivo do WRC.

 Sébastien Loeb 199
 Mikko Hirvonen
145
 Petter Solberg
104
 Mads Otsberg 102
 Jari-Matti Latvala
87
 Evgeny Novikov
55
 Martin Prokop
38
 Thierry Neuville 32
 Daniel Sordo
31
10º
 Sébastien Ogier
31
11º
 Nasser Al-Attiyah
27
12º  Ott Tänak
26
13º  Armindo Araújo
11
14º  Chris Atkinson
10
15º  François Delecour
8
16º
 Dennis Kuipers
8
17º  Andreas Mikkelsen 7
18º
 Henning Solberg
6
19º  Pierre Campana
6
20º  Jari Ketomaa
6
21º  Matti Rantanen
6
22º  Patrik Sandell
4
23º  Yazeed Al-Rajhi
4
24º  Ken Block
4
25º  Eyvind Brynildsen
1
26º  Ricardo Triviño
1
27º  Peter van Merksteijn 1
28º  Abdulaziz Al-Kuwari
1
29º  Manfred Stohl
1
30º  Mathieu Arzeno
1

Com os vários problemas enfrentados pela dupla da Ford, a Citroën consegue fazer 123 pontos de vantagem e também segue firme para mais um título de construtores.

 Citroën WRT 320
 Ford WRT 197
 M-Sport WRT 115
 Qatar WRT 59
 Citroën Junior WRT
54
 Adapta WRT
49
 Mini WRC Team
26
 Brazil WRT 20

O próximo compromisso da categoria aconteceu em três semanas, entre os dias 13 a 16 de setembro, com o Rally de Gales, na Grã-Bretanha, o último da temporada em piso de terra, e que foi vencido no ano passado por Jari-Matti Latvala.

DTM - Round 7 - Zandvoort - Audi 1-2-3


O tradicional circuito de Zandvoort, na Holanda, na manhã de hoje foi palco da sétima etapa do DTM, Campeonato Alemão de Carros de Turismo, pista aquela que, apesar de ser um mero remendo do desafiador traçado que a tornou conhecida e temida, não perdeu sua característica principal de ser uma espécie de "montanha-russa", com subidas e descidas bastante interessantes, o que torna prazerosa a pilotagem, principalmente no primeiro terço de sua extensão, o único que foi mantido após a reforma de 1999.

Por se tratar de uma pista bastante estreita e sinuosa, com retas relativamente curtas para os padrões atuais, era de se esperar uma corrida enfadonha, com pouquíssimas ultrapassagens em pista, a ser decidida na estratégia das paradas obrigatórias para a troca de pneus.

Entretanto, foi a garoa, que caiu em dois momentos distintos da competição, que deu oportunidade para que a prova tivesse alguma movimentação, evitando, assim, o total marasmo.

Com a pista já seca após a forte chuva que caiu pouco antes da largada, o início da prova foi bastante confuso, com muitos toques, um deles entre Molina e Wickens ainda na reta principal, e outro entre Wickens, Vietoris, Frey, Priaulx e Coulthard na Hugenholtz, sendo este último causado nitidamente pela umidade da pista em razão da garoa que começou a cair ao apagar das luzes vermelhas.

Para a sorte dos pilotos, o safety car foi acionado, o que evitou uma parada desnecessária fora da janela prevista para as trocas de pneus obrigatórias, o que auxiliou a formação do trilhos eco.

Quando o asfalto secou, a prova voltou "ao normal", sem muitas alternativas, e tudo se encaminhava para mais um final tedioso até que, de repente, na volta 28 a garoa apareceu de forma leve, mas o suficiente para deixar a pista bastante escorregadia, trazendo algumas reviravoltas que animaram a prova até a bandeirada final.

Nesse quadro, quem seu deu bem foi a Audi que, de forma dominante, ficou com as três vagas do pódio, algo que nenhuma marca conseguiu conquistar em 2012, depois de conquistar as cinco primeiros posições no grid de largada.

Dos pilotos da fábrica das quatro argolas, quem se destacou foi novamente Edoardo Mortara, que vence pela segunda vez na temporada e poderia estar na briga direta pelo título se não fosse os péssimos resultados nas primeiras três provas do calendário, já que desde a prova em Spielberg o italiano foi o piloto que mais pontuou, com duas vitórias, um segundo lugar e um abandono.

Por outro lado, Mike Rockenfeller, que liderou a maior parte da prova, teve de se contentar com o segundo lugar após sofrer uma linda ultrapassagem de Mortara na volta 32, em condições de pista ainda críticas, na curva Tarzan, com direito a troca de tinta entre os carros e tudo mais.

Depois duas provas consecutivas longe da zona de pontuação, Mattias Ekström, que já foi o melhor piloto Audi do campeonato, conseguiu retornar ao pódio ao vencer uma grande batalha com Gary Paffett, ainda que o sueco tenha sido incapaz de igualar o ritmo imprimido por Mortara e Rockenfeller, que iam à frente.

Enquanto o português Filipe Albuquerque perdeu mais uma oportunidade para pontuar depois de duas saídas de pista na Tarzan, Adrien Tambay, filho do ex-piloto de Fórmula 1 Patrick Tambay, conseguiu entrar na zona de pontuação pela primeira vez na carreira, ficando com um excelente quinto lugar.

Entretanto, o piloto mais desapontado da marca de Ingolstadt era mesmo Timo Scheider. Largando da pole, honra que o campeão de 2008 e 2009 não atingia desde a prova de encerramento do campeonato de 2010, em Hockenheim, o motor do Audi nº 4 apagou após um problema de embreagem, atirando-o para as últimas posições.

Na primeira relargada, Scheider acabou acertando a traseira de Coulthard na Hugenholtz e foi obrigado a fazer uma parada não programada para trocar o capô o qual, certamente devido a problemas de fixação, foi arrancado do carro duas voltas depois, levando-o a mais um abandono e a uma nova intervenção do safety car para a limpeza da pista.

Já a Mercedes-Benz viveu momentos contraditórios na pista com seus dois principais pilotos, já que Gary Paffett, que vinha fazendo uma excelente corrida de recuperação ao largar de oitavo, brigava pela última vaga no pódio quando foi atingido por Martin Tomczyk na Tarzan, levando-o a uma rodada.

Mostrando bastante fair play, Tomczyk, que foi obrigado a abandonar, foi até Norbert Haug, o "chefão" da Mercedes para explicar o ocorrido e se desculpar do incidente, deixando claro que não tinha agido propositadamente, já que fora surpreendido pela pista molhada devido à garoa que se iniciou de repente naquele instante.

A Paffett, que tinha seus adversários mais próximos na tabela sob controle, só restou começar a "remar" novamente ao cair para o décimo posto, conseguindo passar Werner, Farfus e Schumacher para ficar com a sétima posição.

Jamie Green, por outro lado, começou bem, mas caiu para o meio do pelotão após uma primeira parada desastrada, ainda que tenha tido êxito em se recuperar, muito graças ao problema de Paffett e Tomczyk, terminando a prova na quarta colocação.

O outro piloto da Mercedes que pontuou foi Ralf Schumacher, que nos treinos livres protagonizou uma cena "pastelão" ao derrubar quatro mecânicos de um outro time da marca da estrela de três pontas quando teve uma mangueira de ar enroscada em seu aerofólio traseiro.

A BMW também teve três pilotos na zona de pontuação, mas todos com apresentações discretas, com Spengler em um distante sexto, Werner (que largou em sétimo) em oitavo e o brasileiro Augusto Farfus em nono lugar após partir da distante vigésima colocação.

Esses foram os que pontuaram em Zandvoort:

Edoardo Mortara (ITA) Audi A5
Mike Rockenfeller (ALE) Audi A5
Mattias Ekström (SUE) Audi A5
Jamie Green (GBR) Mercedes-Benz AMG C-Coupé
Adrien Tambay (FRA) Audi A5
Bruno Spengler (CAN) BMW M3
Gary Paffett (GBR) Mercedes-Benz AMG C-Coupé
Dirk Werner (ALE) BMW M3
Augusto Farfus (BRA) BMW M3
10º Ralf Schumacher (ALE) Mercedes-Benz AMG C-Coupé

Após cair para terceiro com a vitória de Spengler em Nürburgring, Jamie Green reassume a segunda colocação e se aproxima de Paffett, o líder do campeonato, que vê sua vantagem diminuir de vinte para dezesseis pontos.

 Gary Paffett109
 Jamie Green 93
 Bruno Spengler 91
 Edoardo Mortara 74
 Martin Tomczyk 69
 Mike Rockenfeller 67
 Mattias Ekström 62
 Christian Vietoris 24
 Augusto Farfus 19
10º  Timo Scheider 18
11º  David Coulthard 14
12º  Andy Priaulx 14
13º  Filipe Albuquerque 12
14º  Adrien Tambay 10
15º  Miguel Molina 8
16º  Robert Wickens 8
17º  Ralf Schumacher 8
18º  Dirk Werner 5
19º  Joey Hand 2

Após abrir uma liderança folgada, a principal equipe da Mercedes vem tendo azares que permitem que os demais times se aproximem, ainda que a distância seja de 32 pontos para a sua mais próxima rival, que também corre sob a chancela da estrela de três pontas.

 Thomas Sabo/Mercedes-Benz Bank AMG
133
 Mercedes AMG
101
 BMW Team Schnitzer
96
 Audi Sport Team Rosberg
86
 Audi Sport Team Abt Sportsline 80
 Audi Sport Team Phoenix
75
 BMW Team RMG
71
 BMW Team RBM
33
 DHL Paket/Stern Mercedes AMG
22
10º
 Abt Sportsline
10

Com uma trifeta, a Audi, que amargava a terceira colocação após a prova em Nürburgring, deixa a BMW para trás e encosta perigosamente na Mercedes-Benz, que lidera com apenas cinco pontos de vantagem após chegar a abrir mais de cinquenta pontos na dianteira.

 Mercedes-Benz
256
 Audi
251
 BMW
200

A próxima etapa do calendário aconteceu em três semanas, no travado circuito de Oschersleben, prova que, no ano passado, foi vencida por Mattias Ekström, com um Audi A4 2009, e tem como recorde oficial o tempo de 1min22s991, marcado por Timo Scheider, também com um Audi A4 2009.

Abaixo seguem dois vídeos com uma volta virtual em Zandvoort: