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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Silverstone


No próximo domingo, a Grã-Bretanha sediará a nona etapa do Mundial de Fórmula 1 no tradicional circuito de Silverstone, local que em 2010 estreou uma nova configuração, chamada de Arena, e apresentou novidades no ano passado, com a inaguração do novo e portentoso complexo dos boxes, denominado de The Wing, que promoveu a modificação do grid de largada e linha de chegada, os quais, até 2010, eram posicionados logo após a Woodcote e foram recolocados entre as curvas Club e Abbey.

Essas adaptações garantem o autódromo, dirigido pelo BRDC, British Racing Drivers' Club, ou Clube dos Pilotos Britânicos (presidido por Damon Hill), pelo menos por mais alguns anos no calendário da categoria depois de ter sido ameaçado ser substituído por Donington Park, troca que somente não aconteceu pela falta de recursos desta última pista em completar a série de reformas de modernização exigidas por Bernie Ecclestone que, aliás, ainda considera seriamente uma corrida noturna nas ruas da cidade de Londres, em um traçado que passará por vários pontos turísticos da cidade, como o Palácio de Buckingham, o Parlamento Britânico, Rio Tâmisa e Piccadilly Circus.

O GP da Grã-Bretanha está na sua 65ª edição, sendo sessenta e duas vezes como parte do calendário da Fórmula 1, contando aí o primeiro GP que contou pontos para o campeonato mundial, em 13 de maio de 1950, mas que à época foi chamado de GP da Europa.

Silvestone já abrigou 45 provas (1950 a 1954, 1956, 1958, 1960, 1963, 1965, 1967, 1969, 1971, 1973, 1975, 1977, 1979, 1981, 1983, 1985, e 1987 a 2011), Brands Hatch outras doze (1964, 1966, 1968, 1970, 1972, 1974, 1976, 1978, 1980, 1982, 1984 e 1986), e Aintree sediou a corrida em cinco oportunidades (1955, 1957, 1959, 1961 e 1962).

Desde 1950, a pista de Silverstone passou por diversas reformas, sendo que as primeiras delas consistentes na reiterada instalação de diversas chicanes na Woodcote, culminando com a criação do complexo da Luffield em 1987.

Em 1991 o rapidíssimo traçado (que deteve o recorde de velocidade da Fórmula 1, quando Keke Rosberg fez a pole position para a corridas de 1985 a 258,983 km/h, marca somente quebrada por Juan Pablo Montoya em Monza no ano de 2002), passou por uma grande reformulação, tornando-se uma pista mais técnica, permanecendo inalteradas apenas as curvas Copse, Abbey, Luffield e Woodcote, sendo esta última a única intocada no decorrer dos anos seguintes.

Iniciando um processo de modernização, em 2010 um novo trecho foi introduzido em Silverstone, chamado de Arena, o qual ocupa praticamente todo o terceiro terço da pista, entre as curvas Abbey e Brooklands, utilizando a reta interna que antes somente era percorrida pelos carros das categorias nacionais britânicas, como a Fórmula 3 o o BTCC (Campeonato de Carros de Turismo Britânico), adotando duas curvas de alta, duas de baixa e uma de média velocidade, aumentando o perímetro de 5,141 km para 5,891 km e o tempo da volta em cerca de dez segundos, apesar da média de velocidade ter também aumentado em cerca de 5 km/h.

O antigo recorde da pista na atual configuração pertence a Fernando Alonso, que em 2010 marcou o tempo de 1min30s784, com média de 233,374 km/h a bordo da Ferrari F10 V8. Por outro lado, Jim Clark e Alain Prost foram os pilotos que mais venceram o GP da Grã-Bretanha, com cinco triunfos cada, sendo o primeiro em 1962, 1963, 1964, 1965 e 1967, e o segundo em 1983, 1985, 1989, 1990 e 1993.

O circuito, como a maioria dos autódromos europeus, gira no sentido horário, e possui um total de dezoito curvas, sendo dez para a direita e oito para a esquerda. Teoricamente, os melhores pontos de ultrapassagem são nas curvas 3, 6 e 15.

A zona de ativação do DRS é a mesma do ano passado e está posicionada a 25 metros da Village, a curva 13, e a zona de ativação será na saída da The Loop, a curva 14, mais especificamente a cerca de 45 metros dela, o que fará com que os carros percorram pela Aintree com a asa aberta, passando por toda a extensão da reta Wellington.

A nova reta principal continua curta, até mais do que aquela utilizada anteriormente, mas ainda permite que os carros cheguem a pouco menos de 300 km/h em sétima velocidade.

Na sequência, há a Abbey, a curva 1 à direita, que é bastante rápida, exigindo apenas uma pequena abrandada na velocidade, com a diminuição de uma marcha.

Saindo da Abbey, vem a nova curva Farm, a 2 à esquerda, feita a ceca 270 km/h, acelerando até a freada forte para a Village, a curva 3 à direita, feita em segunda marcha, a cerca de 100 km/h, seguido de um pequeno trecho de aceleração, deixando o carro "escorregar" para o lado interno da pista par aa tangência da The Loop, a curva 4 à esquerda, sem mexer no câmbio, reduzindo a velocidade para os 90 km/h.

Após a curva 4, o carro é mantido no lado interno do traçado para a Aintree, a curva 5 à esquerda, feita com "pé no fundo", em quarta marcha, e o piloto "ganha" a antiga reta utilizada pelas categorias locais, a Wellington, chegando ao final dela em sétima marcha, a cerca de 310 km/h para a freada para a "nova" Brooklands, a curva 6 à esquerda, em terceira, reduzindo-se gradativamente até a curva "fechar" o raio, pois ela se tornou mais longa.

Na saída da Brooklands, o piloto não pode deixar o carro escorregar muito, tendo de trazê-lo "de volta" para tangenciar a curva 7 à direita, a Luffield, que possui raio longo, percorrida em segunda ou terceira marcha, com a velocidade caindo para cerca de 110 km/h no meio dela. Caso se exagere na saída da Luffield, o piloto pode acabar passando pela "caixa de brita" colocada além da zebra, arruinando a volta, e possívelmente tornando-se vulnerável a uma ultrapassagem antes da Copse.

Da zebra na sequência da Luffield, o piloto já prepara a tangência para a Woodcote, a curva 8 à direita, feita em sexta marcha, a pleno no acelerador, com velocidade de quase 270 km/h, que leva à antiga reta principal, que é relativamente curta, e os carros chegam ao final dela em sétima marcha, a pouco mais de 290 km/h, sendo precedida da rapidíssima Copse, a curva 9 à direita, feita em sexta ou sétima marcha, dependendo da relação do câmbio, com uma leve reduzida no acelerador, a cerca de 280 km/h, com uma saída traiçoeira, pois o carro pode "esparramar" demais e acabar na parte de fora da pista, muito além da zebra.

Há, então, um breve trecho em reta até ao complexo das curvas 10, 11, 12, 13 e 14, em um veloz e decrescente "zigue-zague" iniciando pela Maggots, a 10, à esquerda, sem qualquer redução, a quase 300 km/h, em sétima, seguida da curva à direita, a 11, sem reduzir a marcha, mais com uma pequeníssima diminuição da velocidade para cerca de 290 km/h, passando rapidamente à Becketts, a 12 à esquerda, com a redução de uma marcha, abrandando para 250 km/h com um pequeno toque no pedal do freio, e logo o piloto precisa contornar a curva 13, em quarta, com outro leve toque no freio, o suficiente para abaixar a velocidade para 210 km/h. Em seguida, o piloto engata a quinta velocidade e faz a Chapel, a 14 à esquerda, com o acerador a pleno, a mais de 250 km/h.

Depois disso, o carro chega à maior reta da pista, a Hangar (em homenagem à origem da pista, um aeroporto militar da 2ª Guerra Mundial), ao final do qual se atinge a velocidade de 310 km/h, deixando o carro escorregar para o lado externo do circuito para "negociar" a curva 15, a Stowe, que é rápida e cega, reduzindo para a quarta marcha, a quase 200 km/h.

Na saída dela, o piloto utiliza de sobremaneira a zebra externa, e logo tem de trazer o carro para dentro, freando forte para a curva 16 à esquerda, a Vale, reduzindo de sexta para a segunda marcha, diminuindo a velocidade de 270 km/h para pouco menos de 100 km/h, não havendo tempo para abrir a tangência na saída, pois logo em seguida há a curva Club, que passou a feita em duas "pernas", as curvas 17 e 18, com o aumento gradativo da velocidade até a quarta marcha, a cerca de 230 km/h, curva que leva o carro novamente à reta principal, completando a volta.

Uma volta virtual por Silverstone:

A Pirelli escolheu para este fim de semana a mesma opção de pneus utilizada no ano passado, ou seja, os compostos macios, de faixa amarela, e os duros, de faixa prateada. Além disso, os times terão oportunidade, no primeiro treino livre, para testar um pneu duro experimental em desenvolvimento pela marca.

A previsão do tempo para Silverstone é de frio e chuva para todos os dias, o que levará à prova um fator extra para a manutenção da imprevisibilidade da temporada de 2012.

Se realmente a condição atmosférica prognosticada pelos institutos de meteorologia estiverem corretos, nem mesmo uma zebra estaria longe de novamente acontecer, tornando difícil até mesmo apontar favoritos para domingo, ainda que as características do circuito se adaptem melhor à Mercedes e à McLaren e não muito bem à Ferrari, que ainda sofre com seu problema crônico de ausência de velocidade final, algo tão necessário nas grandes retas no circuito britânico.

A corrida está prevista para ser cumprida em 52 voltas, totalizando um percurso de 306,227 km, distância que certamente será percorrida em pouco mais de uma hora e vinte minutos caso não haja chuva para o momento da prova, ou então não haja intervenção do safety car.

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