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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Yeongam


Com o título de pilotos definido, o circo da Fórmula 1 ruma do Japão para a Coreia para a disputa da 16ª etapa do campeonato no próximo domino no circuito de Yeongam, que estreou no calendário no ano passado, em mais uma clara demonstração do poder de Bernie Ecclestone, bem como a sua ânsia pelo dinheiro asiático, que jorra sedento pela chance de fazer parte do calendário da principal categoria do automobilismo, mesmo que isso aconteça importe em ignorar todos os prazos de segurança e inspeção que são impostos pela FIA, já que no ano passado a corrida coreana, durante muito tempo, ficou ameaçada de não acontecer por atraso nas obras, as quais não foram totalmente finalizadas quando os carros foram à pista para os primeiros treinos livres, havendo apenas o mínimo para que a etapa acontecesse.

Desde 2004, à exceção do ano de 2006, a F1 se expande de forma voraz para o continente asiático em detrimento das tradicionais pistas e países que fizeram a história da categoria, como é o caso da França, difusão esta que foi iniciada em 1999 com o GP da Malásia.

Em 2004, por exemplo, houve a estreia de Bahrein e China. No ano seguinte foi a vez da Turquia. Em 2007 houve a reestreia de Fuji, no Japão, com algumas modificações. Já em 2008, Cingapura e a pista de rua de Valência deram as caras, e em 2009 Abu Dhabi fez sua aparição. No ano passado foi  a Coreia a estreante. Nesse ano teremos o GP da Índia. Em comum em todas essas pistas é a mão de um engenheiro, o alemão Hermann Tilke, queridinho de Ecclestone.

Bastante criticado pelas pistas que desenha, ou remodela, como foi o caso de Hockenheim e Fuji, Tilke possui o "monopólio" sobre o conceito de autódromos para que possam ser cotados para uma vaga no já inflado calendário da F1, como é o caso da Índia, que estreará em 2011, ano em que já foram confirmadas 20 provas, um recorde. Para 2012 teremos a pista de Austin, nos Estados Unidos, e em 2014 a estreia da Rússia.

Normalmente com traçados insossos, os quais são palcos de corridas enfadonhas, o début da pista coreana é cercada de expectativa, já que no ano passado as coisas não saíram como planejado, como pista suja ainda pelas obras e modificações em zebras e muros "a toque de caixa" realizados entre a sexta e o sábado, sem contar a chuva que caiu e fez com que a prova terminasse no limite da visibilidade com luz natural.

Uma coisa é certa: espera-se que os erros do ano passado não sejam novamente cometidos, e que haja, finalmente, um fim de semana normal em Yeongam.

No ano passado, única edição até aqui do GP coreano, depois de uma corrida complicada, a vitória ficou com Fernando Alonso, que também assumia, na oportunidade, a liderança do campeonato. O espanhol também é detentor do recorde da pista com o tempo de 1min50s257, com média de 183,335 km/h, a bordo do seu Ferrari F10, tempo este que certamente será quebrado, caso não chova novamente, em pelo menos dez segundos no próximo domingo, já que a pole position ficou na casa de 1min35s.

A pista, que tem 5,621 quilômetros, é composta de duas partes, uma delas permanente, com características de autódromo, que é mais travada, compreendendo a parte da curva 3 à 11, e a outra temporária, que engloba as duas maiores retas do traçado, possuindo atributos de pista de rua, com muros à beira do traçado. Ao todo são 18 curvas, sendo onze para a esquerda e sete para a direita, já que o circuito gira em sentido anti-horário.

Yeongam é um traçado de média para baixa velocidade que alterna longas retas e um miolo bastante sinuoso, o que traz grande dor de cabeça aos engenheiros para definir o acerto dos carros, ou seja, se vão priorizar a velocidade final ou um bom desempenho nas curvas de média e baixa velocidade.

Os melhores pontos de ultrapassagem são as freadas para as curvas 1, 3 e 4. Para Yeongam foi introduzido apenas uma zona de ativação do DRS, a asa traseira móvel, que se iniciará a 350 metros da curva 2, em plena longa reta oposta, de 1,2 quilômetros. A zona de detecção será posicionada entre as curvas 1 e 2.

Ao final da reta principal, que é bastante curta, os carros atingem cerca de 300 km/h e freiam antes da placa dos 50 metros para a curva 1, à esquerda e de baixa velocidade, reduzindo de sétima para a segunda marca, a cerca de 85 km/h, local onde muitos carros saíram para a grande área de escape durante a corrida no ano passado.

Praticamente sem endireitar o volante os carros mergulham para a curva 2, também à esquerda, porém mais aberta, feita com o acelerador a pleno, já em quarta marcha e a cerca de 200 km/h, e que leva à reta oposta, uma das maiores do calendário, onde os carros chegam a quase 310 km/h.

Ao final dessa reta há uma freada forte para a curva mais lenta da pista, a 3, um apertado gancho à direita, feito em segunda marcha, a cerca de 80 km/h, local de muitos toques na prova no ano passado, e com muita tendência para "atirar" o carro para fora do traçado, e os excessos na zebra são inúmeros, e que leva à reta principal do traçado perene.

Os carros, então, chegam para o miolo, que se inicia na curva 4, outra curva apertada, mas dessa vez à esquerda, também de freada forte, reduzindo de cerca de 300 km/h para pouco menos de 90 km/h, descendo até a segunda marcha, com a existência de uma altíssima zebra na parte interna da curva.

Na saída da 4, sem desgarrar demais para o lado externo, o piloto engata a terceira marcha e traz rapidamente o carro para o lado interno da pista para a curva 5, à direita, a cerca de 100 km/h, reduzindo para a segunda velocidade, repetindo o processo, porém em sentido inverso, para o contorno da curva 6, à esquerda, ou seja, levando o carro para fora para uma melhor tangência, ainda em segunda marcha, a cerca de 90 km/h.

Depois, há a única alteração visível na "topografia" da pista, que é praticamente plana, com uma leve subida seguida de uma descida que leva a um rápido "esse" composto das curvas 7 e 8, a primeira à direita, em sexta marcha, a cerca de 260 km/h, com uma pequena aliviada no acelerador, e a segunda à esquerda, já em sétima marcha e a mais de 285 km/h, a fundo, ou flat out como dizem os pilotos, com uma saída bastante difícil.

Após o rapidíssimo "esse" uma pequena reta, de onde se mergulha para a curva 9, à esquerda, iniciando o "zigue-zague" do traçado, reduzindo uma marcha, a 250 km/h, e logo na sequência uma nova freada forte para mais um cotovelo, a curva 9, à direita, feita em segunda marcha, por volta de 100 km/h, local onde muitos saíram da pista na prova do ano passado.

Logo depois, o piloto rapidamente se posiciona para a difícil curva 11, à esquerda, de tangência dupla, entrando na primeira delas em sexta marcha, a 245 km/h, havendo necessidade de se frear no meio da curva, reduzindo duas marchas, por volta de 180 km/h, cuja saída leva à curva 12, à direita, diminuindo levemente a velocidade para 165 km/h.

Sem tempo de descanso o piloto chega à curva 13, também de alta velocidade, feita em quita marcha, com um pequeno alívio na aceleração, por volta de 235 km/h.

Após mais uma curva reta chega-se à curva 14, à direita, diminuindo para a quarta marcha, agora a 190 km/h, e que leva à curva 15 e 16, semelhantes às curvas 5 e 6 em Xangai, que se tratam de duas pernas à esquerda que praticamente são feitas como se uma só fosse, mas com dois pontos de tangência, sem endireitar o volante, a primeira delas, mais lenta, em segunda marcha, a cerca de 110 km/h, e a segunda já em quarta velocidade, a quase 160 km/h.

Na sequência vem a 17 à direita, um curva de raio bastante longo, feita de "pé embaixo", engatando a quinta e sexta marchas bem no meio dela, a 260 km/h, onde qualquer erro é fatal, já que os muros estão muito próximos à pista, com saída bem na zebra da curva 18, que é um pequeno desvio de trajetória, com o carro a cerca de 270 km/h, desaguando na reta dos boxes.

Para se ter uma ideia do que poderá vir a ser uma volta pelo traçado de Yeongam, seguem dois vídeos com um giro virtual pela pista:


Apesar de ter conquistado matematicamente o título, Sebastian Vettel se recusa a baixar a guarda, e certamente deseja vencer a prova para se redimir do terceiro lugar em Suzuka, e completar a missão que o seu motor o impediu de cumprir na edição do ano passado.

Do que se viu no Japão, a McLaren, que comemora na Coreia o 700º GP do time, será a rival mais próxima do atual bicampeão. Além disso, Button e Hamilton querem, daqui até o final da temporada, "carimbar a faixa" do jovem alemão.

A Ferrari e Alonso, vencedores no ano passado, dificilmente repetirão o resultado, ainda que a Pirelli tenha escolhido os pneus macios e supermarcios para Yeongam, compostos que mais se adequam ao modelo 150º Itália.

A prova está prevista para ser disputada em 55 voltas, totalizando um percurso de 309,155 quilômetros, que deve ser cumprido em cerca de uma hora e meia a uma hora e quarenta minutos em caso de pista seca, valendo destacar o fato de que existe previsão de chuva apenas para a sexta-feira durante os treinos livres.

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