The Formula 1 Widget
requires Adobe Flash
Player 7 or higher.
To view it, click here
to get the latest
Adobe Flash Player.

domingo, 16 de outubro de 2011

Sem pressão, Vettel vence o GP da Coreia


Em Yeongam, Sebastian Vettel quis deixar bastante claro que o terceiro lugar em Suzuka e que a perda da hegemonia da Red Bull em qualificações ontem foram resultados circunstanciais, mesmo com o bicampeonato no bolso, o que significava pressão em nível zero.

O atual campeão não só conseguir dar cabo ao seu intento, como o fez de maneira soberba, partindo para cima de Hamilton logo no início da prova para efetuar a ultrapassagem após a curva 3, ainda na primeira volta, antes mesmo do DRS ser liberado, para depois praticamente controlar o andamento ao seu bel prazer, com direito a marcar a melhor volta da corrida no último giro, quase um segundo melhor do que Hamilton havia cronometrado na volta anterior, ainda que não precisasse disso, pois já tinha a liderança com mais de vinte segundos de vantagem.

E foi dessa forma que Vettel voltou ao topo, mas penso que ele não pensaria duas vezes em trocar, se pudesse, a vitória da Coreia pelo terceiro lugar de Suzuka.

Quem não gostou nada dessa história foi Lewis Hamilton. Cheio de "onda" após conquistar a pole no sábado, sequer comemorou o feito, mas certamente tinha em mente que não teria dificuldade em voltar a vencer em razão da superioridade da McLaren frente às Red Bulls.

Ledo engano do britânico.

Apesar da Red Bull não ter acompanhado o ritmo da McLaren nos treinos, na corrida o andamento do time austríaco surpreendeu a todos, inclusive ao time inglês, e Hamilton teve de se contentar a contragosto com o segundo posto.

Porém, ao que parece, o campeão de 2008 começa a colocar a cabeça no lugar, e a mostra disso foi a forma como se defendeu magistralmente dos ataques de Mark Webber, em uma briga que tomou mais da metade da corrida, sem que um ou outro acabasse fora da pista ou com partes do carro indo pelos ares. Foi essa disputa, aliás, que animou a prova.

Na Ferrari, Felipe Massa conseguiu fazer uma prova como há muito tempo não fazia, como uma primeira volta fantástica, com direito a dupla ultrapassagem sobre Webber e Button na curva 3, em que pese, ainda, ter tido muito trabalho para conseguir passar Rosberg, com um carro nitidamente inferior. Porém, o desempenho do brasileiro ainda está muito aquém se compararmos com a corrida de Fernando Alonso que, quando teve a pista livre (leia-se sem Massa para segurá-lo), foi consistentemente mais rápido que seu colega de equipe.

Fernando Alonso, aliás, ainda teve carro para chegar na disputa pelo segundo lugar que era travada entre Hamilton, Webber e Button, expondo que, se o time italiano tivesse dado ordens para que Massa abrisse ainda no começo da prova, certamente teria chances de ir ao pódio.

O espanhol, no fim da corrida, fez questão de mostrar essa frustração ao dizer à imprensa que a Ferrari precisa ser mais agressiva e mais criativa para voltar ao topo.

Com relação aos demais, de se destacar a grande corrida de ambas as Toro Rosso, com Jaime Alguersuari em sétimo, com direito a ultrapassagem sobre Rosberg na última volta, igualando o melhor resultado na carreira do espanhol conquistado em Monza, e Buemi em nono.

O destaque negativo vai para ambos os pilotos da Renault.

Vitaly Petrov protagonizou uma barbeiragem ao acertar a traseira de Schumacher na 16ª volta quando disputava posição com Fernando Alonso e ambos perderam, e muito, o ponto de freada para a curva 3, com a diferença que o russo estava por dentro, e tinha à sua frente o Mercedes do multicampeão, causando a entrada do safey car por uma infinidade de voltas, desnecessariamente até. Pelo incidente, o russo foi punido com a perda de cinco posições no grid de largada na próxima prova.

Já Bruno Senna não se achou o fim de semana inteiro, e foi sempre mais lento que seu colega de equipe. Discreto durante a prova, fez muito pouco, e esteve sempre na alça de mira da raquítica Lotus. Para fechar o domingo, Senna ainda foi despachado por Barrichello em uma linda ultrapassagem na volta 51.

Por fim, de se registrar novamente o grande desempenho de Lotus, já que Kovalainen conseguiu chegar à frente das duas Sauber, e muito próximo a Bruno Senna. Em Suzuka, o time de Tony Fernandes conseguiu, pela primeira vez, chegar na mesma volta do vencedor, e com ambos os carros, ainda que tenha tido ajuda da intervenção do safety car, o qual também teve papel importante no resultado do time malaio na Coreia.

Sebastian Vettel (ALE) Red Bull/Renault 55 voltas em 1h38min01s994
Lewis Hamilton (GBR) McLaren/Mercedes-Benz a 12s019
Mark Webber (AUS) Red Bull/Renault a 12s477
Jenson Button (GBR) McLaren/Mercedes-Benz a 14s694
Fernando Alonso (ESP) Ferrari a 15s689
Felipe Massa (BRA) Ferrari a 25s133
Jaime Alguersuari (ESP) Toro Rosso/Ferrari a 49s538
Nico Rosberg (ALE) Mercedes GP a 54s053
Sébastisn Buemi (SUI) Toro Rosso/Ferrari a 1min02s762
10º Paul di Resta (GBR) Force India/Mercedes-Benz a 1min08s602
11º Adrian Sutil (ALE) Force India/Mercedes-Benz a 1min11s229
12º Rubens Barrichello (BRA) Williams/Cosworth a 1min33s068
13º Bruno Senna (BRA) Renault a 1 volta
14º Heikki Kovalainen (FIN) Lotus/Renault a 1 volta
15º Kamui Kobayashi (JAP) Sauber/Ferrari a 1 volta
16º Sérgio Pérez (MEX) Sauber/Ferrari a 1 volta
17º Jarno Trulli (ITA) Lotus/Renault a 1 volta
18º Timo Glock (ALE) Virgin/Cosworth a 1 volta
19º Daniel Ricciardo (AUS) HRT/Cosworth a 1 volta
20º Jérôme D'Ambrosio (BEL) Virgin/Cosworth a 1 volta
21º Vitantonio Liuzzi (ITA) HRT/Cosworth a 3 voltas

Apesar das posições entre os doze primeiros colocados não ter sido modificada em relação a Suzuka, a briga pelo vice-campeonato continua a todo vapor, ainda que se trate de um prêmio de colocação para ser o melhor do resto.

Jenson Button continua sendo o favorito ao segundo lugar e, mesmo com uma corrida discreta, conseguiu aumentar sua vantagem de seis para dez pontos em relação a Alonso.

A novidade é a proximidade de Lewis Hamilton, que joga todas suas fichas nas três provas restantes para tentar se redimir das besteiras que andou fazendo nas últimas provas.

Entre os demais, de se notar a ascensão de Jaime Alguersuari, que agora é o 13º colocado, e tem sete pontos a mais que seu colega de time, Buemi, o qual já vê ameaçada a vaga na Toro Rosso para dar lugar a Daniel Ricciardo, o novo queridinho da Red Bull.

Germany Sebastian Vettel 349
United Kingdom Jenson Button 222
Spain Fernando Alonso 212
Australia Mark Webber 209
United Kingdom Lewis Hamilton 196
Brazilia Felipe Massa 98
Germany Nico Rosberg 67
Germany Michael Schumacher 60
Russia Vitaly Petrov 36
10º Germany Nick Heidfeld 34
11º Germany Adrian Sutil 28
12º Japan Kamui Kobayashi 27
13º Spain Jaime Alguersuari 22
14º United Kingdom Paul di Resta 21
15º Switzerland Sébastien Buemi 15
16º Mexico Sérgio Pérez 13
17º Brazilia Rubens Barrichello 4
18º Brazilia Bruno Senna 2
19º  Pastor Maldonado 1

Com a dobradinha no pódio, a Red Bull fez mais do que precisava para definir também o Campeonato de Construtores, e se torna o oitavo time a conquistar mais do que um título. Ficou com o bicampeonato e se junta a Cooper (1959 e 1960), Brabham (1966 e 1867) e Renault (2005 e 2006) nas estatísticas.

Apesar de não ter havido qualquer modificação nas posições da tabela, vê-se que a Toro Rosso começa a colocar em risco as colocação de Sauber e Force India, e a briga pelo sexto posto certamente será a mais animada do certame, já que os demais postos aparentam estar totalmente definidos até o fim da temporada.

Austria Red Bull 558
United Kingdom McLaren 418
Italy Ferrari 310
Germany Mercedes GP 127
France Renault 72
India Force India 49
Switzerland Sauber 40
Italy Toro Rosso 37
United Kingdom Williams 5

O próximo compromisso da Fórmula 1 acontece daqui a duas semanas, com o GP da Índia, no novíssimo circuito de Buddh, na cidade de Greater Noida, cujo desenho se assemelha demais com a atual configuração de Kyalami na África do Sul.

A princípio, a pista, apesar de desenhada por Hermann Tilke, aparenta ser bastante interessante, com uma imensa reta oposta que se inicia em uma descida e termina em subida, com destacando para as bastantes técnicas curvas 10 e 11, que são praticamente uma só, de raio longo, e dois pontos de tangência.

O lado negativo é o horário das atividades. Pelo fuso horário do Brasil, a qualificação acontecerá às 6:30 h da manhã, e a prova às 7:30 h.

2 comentários: