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domingo, 29 de abril de 2012

DTM - Round 1 - Hockenheim - Dobradinha da Mercedes


O último fim de semana de abril foi o escolhido pelos organizadores do DTM, o Campeonato Alemão de Carros de Turismo, para iniciar o seu campeonato de 2012, cuja prova de abertura usualmente se dá no circuito de Hockenheim, bem como a de encerramento do calendário, categoria que, em razão da grande quantidade de tecnologia embarcada, segue um conceito diferente do WTCC e BTCC, as principais no gênero de carros de turismo.

O DTM sofreu, de 2011 para este ano, uma grande transformação, iniciada pelo retorno da BMW, que estava ausente desde 1994 da categoria, com o M3, levando as duas outras marcas que competiam regularmente, a Mercedes-Benz e a Audi, a apresentarem novos modelos, o AMG C-Coupé e A5, respectivamente, já que corriam com carros dos anos de 2008 e 2009.

Esse retorno da BMW promoveu também um aumento no número de competidores, já que no ano passado eram dezoito carros, sendo nove Mercedes-Benz e nove Audi, enquanto que agora são 22 carros, com seis BMW, oito Mercedes-Benz e oito Audi.

Há, também, a estreia de muitos pilotos, a maioria deles trazidos pela BMW, todos com muita experiência em outras bandas, e de diversas nacionalidades, gerando uma certa internacionalização do DTM, seguindo o desejo de seus organizadores.

Temos, pela primeira vez, um piloto americano na lista de inscritos, Joey Hand, além de um brasileiro que faz, também pela primeira vez, uma temporada completa na categoria, o curitibano Augusto Farfus, sendo também estreantes o alemão Dirk Werner e o britânico Andy Priaulx, tricampeão do WTCC pela marca bávara em 2005 a 2007

Todos esses eles estavam ligados à BMW nos campeonatos internacionais de endurance, sendo que, um deles, Joey Hand, sagrou-se campeão do American Le Mans Series na categoria GT no ano passado, a qual se juntam a dois outros pilotos que "viraram a casaca", o alemão Martin Tomczyk, campeão do DTM em 2011 que saiu da Audi, e o canadense Bruno Spengler, vice-campeão em 2010 e 2011, o qual, por sua vez, deixou a Mercedes-Benz.

A Audi promoveu a estreia de Adrien Tambay, filho de Patrick Tambay, que correu na Fórmula 1 pelas décadas de 1970 e 1980, passando pelas equipes Surtees, Ensign, McLaren, Theodore, Ligier, Ferrari, Renault e Lola.

Já a Mercedes-Benz conta com dois debutantes, o canadense Robert Wickens, atual campeão da Fórmula Renault 3.5 e piloto reserva da Marussia, e o espanhol Roberto Merhi, campeão da Fórmula 3 Europeia.

No campo desportivo, a grande mudança foi a adoção do novo sistema de pontuação adotado pela FIA e pela Fórmula 1 desde 2010 em substituição àquele que era utilizado pela própria Fórmula 1 até 2009, restando, no entanto, mantidas as duas paradas obrigatórias apenas para troca de pneus, já que foi vedado, para 2012, o reabastecimento.

Sem muitos testes na pré-temporada, o que se viu em pista na prova inaugural do certame foi a tentativa dos pilotos e equipes em acharem os limites desses novos carros.

A Audi saiu na frente, fazendo a pole position com Mattias Ekström que, apesar de ter conseguido sustentar a liderança nas voltas iniciais, cometeu um erro na quinta volta, quando travou o freio na Einfahrt Parabolika, o que permitiu com que Jamie Green e Gary Paffett passassem e estabelecessem a dobradinha da Mercedes-Benz, transformando a briga pela ponta em uma dueto "caseiro" da marca da estrela de três pontas.

Nessa disputa, o destaque ficou para Gary Paffett que, saindo da sexta posição, fechou a primeira volta em quarto, ascendendo ao terceiro lugar no giro seguinte quando passou Mortara.

Na saída da sua primeira parada obrigatória na volta 15, o britânico emparelhou com Green, que já havia parado, iniciando uma bela luta em que ambos os carros estiveram lado-a-lado por cerca de meia volta até que Paffett concluiu a ultrapassagem no grampo Spitzkehre para não mais perder a dianteira, encerrando um jejum pessoal que durava desde a corrida de rua em Xangai, que fechou o campeonato de 2010, além de garantir a invencibilidade da Mercedes-Benz em Hockenheim, onde não perde desde a prova inaugural do certame de 2009.

Jamie Green, que no ano passado teve pobres apresentações até vencer a prova que fechou o campeonato, também em Hockenheim, teve de se conformar com o segundo lugar, permitindo à marca da estrela de três pontas a dobradinha, deixando Mattias Ekström, frustrado, com a última vaga do pódio.

Outro destaque da prova foi o jovem Christian Vietoris, que fez um quarto lugar importante depois de uma grande briga com Mike Rockenfeller, culminando com uma bela ultrapassagem no grampo Spitzkehre após um erro do piloto da Audi, que alargou demasiado a curva.

Para a BMW, no entanto, a corrida foi um desastre, com três de seus carros eliminados por erros alheios, chegando à zona de pontuação apenas com Andy Priaulx, que fez uma prova discreta e terminou no sexto lugar.

O grande responsável pelos problemas da BMW atende pelo nome de Ralf Schumacher que, na segunda volta, tentou passar por Bruno Spengler, deixando para frear muito além do limite, o que o fez abalroar a traseira de Dirk Werner, que rodou, e arrancar o capô do M3 do canadense. No processo, Schumacher ainda acertou Adrien Tambay que, por sua vez, atingiu Martin Tomczyk, causando o abandono de ambos.

Vale dizer que Ralf Schumacher já tinha aprontado das suas na primeira volta, quando acertou, no mesmo local, a traseira de Timo Scheider, que também rodou, vindo a abandonar logo depois.

O ex-piloto da Fórmula 1, em razão disso, foi chamado de "fucking idiot" por Bruno Spengler pelo rádio e ainda tomou um drive through em razão do acidente que causou na volta 2, mas ainda sim conseguiu terminar na zona de pontuação, ficando com o sétimo lugar depois de conseguir ultrapassar Molina e Coulthard nos giros finais.

O brasileiro Augusto Farfus, que largou de uma distante 19ª colocação, vinha fazendo uma corrida eficiente e certamente marcaria pontos se não tivesse errado a sua posição de parada no seu segundo pit stop regulamentar e ser obrigado a dar uma volta extra para fazer uma nova parada, momento em que excedeu a velocidade no pit lane, o que lhe ensejou um drive through como punição, terminando a prova apenas na 15ª posição.

Esses foram os que pontuaram em Hockenheim:

Gary Paffett (GBR) Mercedes-Benz AMG C-Coupé
Jamie Green (GBR) Mercedes-Benz AMG C-Coupé
Mattias Ekström (SUE) Audi A5
Christian Vietoris (ALE) Mercedes-Benz AMG C-Coupé
Mike Rockenfeller (ALE) Audi A5
Andy Priaulx (GBR) BMW M3
Ralf Schumacher (ALE) Mercedes-Benz AMG C-Coupé
David Coulthard (GBR) Mercedes-Benz AMG C-Coupé
Miguel Molina (ESP) Audi A5
10º Filipe Albuquerque (POR) Audi A5

Com a vitória, Gary Paffett abre a temporada na ponta, seguido de Jamie Green, com o primeiro piloto da Audi, Mattias Ekström, na terceira colocação, e o único piloto da BMW a pontuar, Andy Priaulx, na sexta posição.

 Gary Paffett25
 Jamie Green 18
 Mattias Ekström 15
 Christian Vietoris 12
 Mike Rockenfeller 10
 Andy Priaulx 8
 Ralf Schumacher 6
 David Coulthard 4
 Miguel Molina 2
10º  Filipe Albuquerque 1

A equipe principal da Mercedes-Benz inicia o ano com o pé direito, abrindo 22 pontos do primeiro time da Audi na tabela, a Abt Sportsline.

 Thomas Sabo/Mercedes-Benz Bank AMG
37
 Mercedes AMG 24
 Audi Sport Team Abt Sportsline
15
 Audi Sport Team Phoenix 12
 BMW Team RBM 8
 DHL Paket/Stern Mercedes AMG 4
 Audi Sport Team Rosberg
1

Com os principais lugares conquistados na corrida, a Mercedes-Benz lidera o campeonato de construtores com folga.

 Mercedes-Benz
65
 Audi 28
 BMW
8

A próxima etapa do DTM acontece já na semana que vem, no circuito misto curto de Lausitzring, onde Martin Tomczyk, que então pilotava um Audi A4, se sagrou vencedor no ano passado, e cujo recorde oficial pertence a Paul di Resta, hoje na Force India, que marcou o tempo de 1min18s938 em 2008 com um Mercedes C-Klasse.

Abaixo, seguem dois vídeos com uma volta virtual em Hockenheim:


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