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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sakhir


Depois de uma longa novela, a realização do GP do Bahrein foi confirmado pela FIA e por Bernie Ecclestone apesar dos protestos, inclusive armados, da população barenita, que não deseja a Fórmula 1 em seu solo por considerar que traz apoio internacional ao governo do rei Hamad bin Isa Al-Khalifa.

Essa situação se arrasta desde fevereiro de 2011, causando primeiro o adiamento do evento para o fim da temporada até que a FIA finalmente decretou o cancelamento da prova.

Apesar dos organizadores da prova terem dado garantias à segurança de todos que acompanham o circo da Fórmula 1, existe o temor de que possam ocorrer protestos violentos, ou mesmo atentados no próprio autódromo.

Todos esses acontecimentos levaram à infeliz declaração de Martin Whitmarsh, chefe de equipe da McLaren, que comparou a violência no Bahrein com a violência encontrada no Brasil, que nos últimos anos levou a assaltos a membros de várias equipes, inclusive em 2010, quando Button foi vítima de uma tentativa de roubo.

Vale dizer que a natureza da violência nesses dois lugares são totalmente diversas, principalmente porque no Brasil não há qualquer oposição ferrenha à não realização da prova, ou possibilidade de atentados direitos à membros da categoria, como é o caso do Bahrein.

Fato é que o Autódromo Internacional do Bahrein, criado por Hermann Tilke no deserto de Sakhir, a cerca de 35 quilômetros a sudoeste de Manama, capital barenita, receberá a quarta etapa da bastante disputada temporada de 2012 do Campeonato Mundial de Fórmula 1.

Esse será a oitava edição do GP do Bahrein, que estrou no calendário da categoria em 2004, sempre no circuito de Sakhir, o qual tem como detentor do recorde oficial o alemão Michael Schumacher, que marcou em 2004 o tempo de 1min30s252, à média de 216,074 km/h, a bordo da Ferrari F2004 V10 3,0l.

O piloto que mais venceu no Bahrein foi Fernando Alonso, com três triunfos em 2005, 2006 e 2010, sendo a Ferrari a equipe com mais vitórias, quatro, conquistadas em 2004, 2007, 2008 e 2010.

A pista, que tem 5,412 quilômetros de extensão, gira no sentido horário e tem um total de quinze curvas, sendo nove para a direita e seis para a esquerda, já que felizmente foi abandonado para esse evento o lento complexo a partir da curva 4 utilizado apenas em 2010, e que nada acrescentou à corrida, a não ser "matar" o esse rápido formado atualmente pelas curvas 5, 6 e 7.

Os principais pontos de ultrapassagem ficam na freada para as curvas 1, 3 e 14, que são cotovelos, e para 2012 a pista verá, pela primeira vez, o uso do DRS para tentar afastar qualquer possibilidade de uma corrida enfadonha como costumeiramente acontece por lá.

A FIA estabeleceu apenas um trecho para o uso da asa traseira móvel, localizado na própria reta principal. O DRS poderá ser utilizado na corrida a partir de um ponto a 270 metros da curva 15, sendo que o ponto de detecção foi colocado pouco antes da curva 14.

Fora dos padrões dos circuitos desenhados por Hermann Tilke, o circuito de Sakhir possui uma reta principal bastante longa, a maior da pista, onde os carros atingem cerca de 310 km/h de velocidade de ponta.

Na placa dos cem metros, freia-se forte para a primeira sequência formada pelas curvas 1, 2 e 3 em forma de "esse", reduzindo para a segunda marcha e a pouco menos de 70 km/h para a primeira perna à direita, posicionando o carro no meio da pista para mergulhar para a segunda perna à esquerda, já com a terceira marcha engatada, a cerca de 170 km/h, saindo na zebra para a tangência da terceira perna à direita, em o acelerador a pleno, em quarta marcha, a pouco mais de 210 km/h.

Segue-se uma reta com um pequeno aclive, onde os carros atingem a velocidade de cerca de 300 km/h e que leva à curva 4, um gancho à direita, feito em segunda marcha, por volta dos 110 km/h que possui uma saída bastante larga, o que permite a ocorrência de ultrapassagens por fora.

Após, há uma curta, onde o piloto sobe a caixa de marchas até a sexta velocidade para então fazer uma pequena freada, reduzindo no contorno da curva 5 à esquerda para a quarta marcha, iniciando o "esse" rápido em acentuado declive, composto pelas curvas 6 e 7, com a primeira perna à direita, a cerca de 170 km/h, seguido de uma pequena aliviada antes de tangenciar a segunda perna à esquerda, já acerca de 200 km/h, sem tocar na borboleta de mudanças.

O piloto, então, traz o carro para o lado interno do circuito e enfrenta a difícil freada em decida para a curva 8, um cotovelo à direita, reduzindo de sexta para segunda marcha, e de 250 km/h para cerca de 80 km/h.

O carro, então atinge uma curva reta onde há uma pequena crista na pista que deixa cega a entrada para as curvas 9 e 10, ambas à direita, e que é bastante difícil de negociar, além de estar posicionada em um leve declive, em que alguns pilotos sacrificam a primeira perna para sair mais forte da segunda.

Normalmente, inicia-se a freada exatamente na tangência da curva 9, mantendo o freio acionado para contornar a curva 10, que é mais lenta, já em segunda marcha, a cerca de 70 km/h, tornando a potência com cuidado para não exagerar na zebra e perder velocidade.

Atinge-se, então, a reta oposta, que é mais curta que a principal. Os carros chegam a cerca de 290 km/h de velocidade final, quando então freiam forte para a longa curva 11, à esquerda, que possui uma entrada mais fechada, feita em terceira marcha marcha, por volta dos 130 km/h, deixando o carro escorregar na saída, com o raio da curva abrindo pouco a pouco, trazendo o carro para  o lado interno da busca buscando tangenciar a curva 12, à direita, a segunda perna do segundo "esse" rápido, dessa vez em subida, com o acelerador à pleno, já em sexta marcha, por volta dos 260 km/h.

No topo do aclive, saindo da rápida curva 12, o piloto freia para contornar a curva 13, à direita, que é justamente o contrário da 11, ou seja, com o raio da curva, que levemente aberto na entrada, fechando-se bem na tangência, reduzindo-se para a terceira marcha, a pouco menos de 130 km/h.

A saída da curva 13 é importantíssima para se carregar o máximo de velocidade possível para a segunda maior reta da pista, em leve descida, onde os carros atingem cerca de 300 km/h.

Então, pouco tempo depois de passar pela placa dos cem metros, freia-se novamente para a difícil curva 14, praticamente a última da pista, reduzindo-se de sétima para a terceira marcha e tangenciando a pouco menos de 130 km/h, cujo contorno correto é de grande relevância para entrar bem na reta principal, já que a curva 15, à direita, existe praticamente apenas "no papel", e lembra demais a derradeira sequência de curvas do circuito A1-Ring, hoje chamado de Red Bull Ring.

Segue abaixo uma volta virtual pelo circuito de Sakhir:


A situação que se verá na pista em Sakhir é basicamente a mesma que se viu em Jiading, já que o intervalo de uma semana de uma corrida para a outra não permite que os times trabalhem em alguma atualização significativa nos carros.

Em razão, disso, apesar de ter conquistado apenas uma vitória na temporada, a grande favorita à vitória é realmente a equipe McLaren, que "patinou" na Malásia e na China com erros de seus pilotos e do próprio time. Vale dizer que o time de Woking, tal qual a Red Bull, não possui nenhuma vitória no circuito barenita.

Resta saber se a Mercedes, que se destacou na China, terá carro para brigar com a McLaren pela vitória, o que seria sensacional, principalmente para a competitividade do próprio campeonato.

A Pirelli levará para o Bahrein os mesmos compostos utilizados em Albert Park e em Jiading, ou seja, os pneus macios e médios, com faixas amarelas e brancas, respectivamente.

A previsão do tempo é de forte calor na região, algo que certamente influenciará o comportamento dos pneus, principalmente porque é a primeira vez que os carros da Fórmula 1 correm em Sakhir equipados com os compostos da Pirelli.

Para domingo estão previstas 57 voltas, totalizando um percurso de 308,238 quilômetros, e que deverão ser cumpridas em cerca de uma hora e meia, já que descarta-se a ocorrência de chuva na região desértica onde se encontra o autódromo.

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