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sábado, 8 de setembro de 2012

GP2 - Round 11 - Monza - Leg 1


Após o treino de qualificação da Fórmula 1 foi a vez da GP2, com a sua feature race, abrir a rodada dupla em Monza, a penúltima do calendário da categoria, com uma corrida muito movimentada e interessante, menos para os pilotos brasileiros.

Como sempre acontece no fim do campeonato, certas equipes apresentaram algumas mudanças na linha de pilotos, a começar pela Rapax, time que mais mexeu no cockpit dos seus carros durante o ano, dessa vez colocando Stefano Coletti, oriundo da Coloni, no lugar de Daniel de Jong.

Por sua vez, a Coloni, que após Cingapura deixa da GP2, cobriu a ausência do monegasco trazendo de volta o experiente Luca Filippi, que fez sua última corrida da carreira exatamente em Monza, no ano passado, também pela equipe italiana.

Já na Barwa Addax, a vitória na sprint race em Spa não assegurou vaga de Josef Král, que novamente foi substituído, agora pelo norte-americano, mas nascido em Londres, Jake Rosenzweig, que faz uma temporada apática na Fórmula Renault 3.5 e, no ano passado, fez parte da equipe espanhola na corrida final da GP2 em Abu Dhabi.

Desses, o grande destaque foi mesmo Luca Filippi que, a despeito de ter feito apenas um teste durante todo o ano, e ainda com um carro de Fórmula Indy na pré-temporada, conseguiu já nos treinos de qualificação um excelente resultado ao fazer o terceiro tempo em um time já desmotivado por estar se despedindo da categoria.

Com uma excelente largada, o italiano chegou a liderar na já primeira curva, mas teve de entregar a posição a Chilton, que largara da pole, por ter escapado na Variante Rettifilo, com o britânico conseguindo segurar a ponta durante todo o primeiro stint.

No retorno do piloto da Carlin à pista, Filippi armou um ataque efetivo e conseguiu passá-lo, até que de forma muito fácil, na décima volta na freada para a Variante Ascari, ainda que a briga, naquela oportunidade, valesse apenas pela sexta posição.

Depois disso, Filippi foi simplesmente soberano e não deu chances a ninguém, tendo de aguardar somente que todos cumprissem o pit stop obrigatório para voltar à liderança e vencer pela sexta vez na categoria, repetindo o feito conquistado em Monza há um ano. 

Dessa vez longe das confusões, Johnny Cecotto conquistou um excelente segundo lugar, recuperando-se da punição que lhe foi imposta na sprint race  em Spa, o que o fez largar de oitavo, sendo o último dos ponteiros a fazer a troca de pneus obrigatória, retornando à pista à frente de Ericsson para depois, a dez voltas do fim, superar Chilton, deixando o sueco com a última vaga do pódio e o britânico, bastante frustrado, na quarta colocação.

Com excesso de apetite, Fabio Leimer ficou com o quinto lugar, recebeu os pontos pela melhor volta da corrida, mas eliminou da prova os dois principais pilotos brasileiros na GP2 em dois lances idênticos separados por cinco voltas, o que fez pender a balança do campeonato diretamente para Valsecchi, que fez uma prova cautelosa.

Na oitava passagem, Leimer fazia seu retorno à pista logo à frente de Razia, que não queria perder tempo e partiu para o ataque, tomando a linha de fora, enquanto o suíço se defendeu utilizando a linha de dentro na Variante Della Roggia quando, ao se aproximarem da tangência da curva, nenhum dos dois cedeu e o toque da roda traseira esquerda do Arden, que ia pouco à frente, com o pneu dianteira direita do Racing Engineering foi inevitável, causando a rodada do baiano que, ao tentar voltar, ficou preso em uma das lombadas do local e foi obrigado a abandonar.

O incidente interrompeu o que estava sendo uma brilhante corrida do brasileiro, que ganhara seis posições na largada e, se tivesse conseguido se livrar de Leimer, certamente teria condições de encostar e superar Valsecchi.

Na 13ª volta, no mesmo local, foi a vez de Felipe Nasr tentar recuperar a posição perdida para o suíço instantes antes e foi tirado da prova da mesma forma que seu compatriota, ainda que de forma mais espetacular, já que o brasiliense carregava mais velocidade e chegou a decolar sobre uma das lombadas na Della Roggia.

Para os comissários, no entanto, Leimer não teve culpa alguma nos eventos, já que impingiram a ambos os brasileiros punições consistente na perda de cinco posições no grid para a sprint race, o que efetivamente fará com que Razia e Nasr percam apenas uma posição cada um, pois já largariam do fundo do pelotão.

Após receber a notícia que Razia estava fora da prova, Valsecchi parece ter procurado apenas se manter na pista dentro da zona de pontuação para ganhar vantagem para as demais três corridas finais, algo que ficou claro quando praticamente não se opôs à ultrapassagem de Leimer, talvez por certo medo de ser outra vítima do suíço, para, ao final sustentar a importante sexta colocação dos frustrados ataques de Palmer.

Já a Rapax, equipe campeã de 2010, agora contando com Stefano Colleti, um piloto "de verdade", algo que não acontecia desde a saída de Tom Dillmann do time italiano, voltou a pontuar com o oitavo posto do monegasco.

Os pilotos da Lotus ART, por outro lado, novamente mostraram suas respectivas imaturidades, com Gutiérrez perdendo a chance de um bom resultado ao escapar na saída da segunda perna em Lesmo enquanto que Calado acertou a traseira de Palmer na segunda volta na freada para a Variante Rettifilo.

Outro que desperdiçou a possibilidade de uma vitória foi Giedo van der Garde, que largou muito mal do segundo posto, em razão de uma quebra da transmissão, o que fez o holandês abandonar a prova após percorrer apenas algumas centenas de metros.

Marcaram pontos na primeira bateria em Monza:

Luca Filippi (ITA)Coloni
Johnny Cecotto (VEN)Barwa Addax
Marcus Ericsson (SUE)iSport
Max Chilton (GBR)Carlin
Fabio Leimer (SUI)Racing Engineering
Davide Valsecchi (ITA)DAMS
Jolyon Palmer (GBR)iSport
Stefano Coletti (MON)Rapax
Esteban Gutiérrez (MEX)Lotus ART
10ºJulián Leal (COL)Trident

Com o abandono de Razia, Valsecchi abre oito pontos de frente e se coloca em melhor posição para a sprint race, o que dará oportunidade ao italiano de abrir boa frente para o brasileiro para a última rodada dupla em Cingapura.

Apesar da dupla da Lotus ART ainda ter chances matemáticas de ficar com o título, eles ainda dependem de uma série de resultados, o que deixa a briga pelo "caneco" diretamente entre Valsecchi e Razia.

 Davide Valsecchi212
 Luiz Razia 204
 James Calado
160
 Esteban Gutiérrez
152
 Giedo van der Garde
141
 Max Chilton
140
 Fabio Leimer115
 Marcus Ericsson104
 Johnny Cecotto
98
10º
 Felipe Nasr
85
11º
 Jolyon Palmer
68
12º
 Nathanaël Berthon
59
13º Stefano Coletti
39
14º
 Rio Haryanto
36
15º Tom Dillmann
29
16º Josef Král
27
17º
 Luca Filippi
25
18º
 Stéphane Richelmi
25
19º
 Nigel Melker
25
20º
 Fabio Onidi
13
21º
 Julián Leal
8
22º Rodolfo González
6
23º Simon Trummer
4
24º Fabrizio Crestani
1
25º Brendon Hartley
1

A DAMS consegue tirar alguns pontos da diferença que a separa da Lotus ART, o que deixa a briga inteiramente aberta entre esses dois times pelo título entre as equipes, já que a Arden, terceira colocada, depende de um milagre para passar à frente de ambas as equipes francesas.

 Lotus ART
312
 DAMS297
 Arden
208
 Carlin176
 Racing Engineering174
 iSport172
 Caterham147
 Barwa Addax
125
 Coloni
73
10º Rapax
33
11º Trident
33
12º Ocean Racing
26
13º Lazarus
1

Amanhã pela manhã a sprint race fecha a rodada dupla de Monza tendo como pole position o monegasco Stefano Coletti, com Valsecchi largando de terceiro e Razia partindo apenas da última posição, o que torna praticamente impossível a missão do brasileiro em pontuar.

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