Pela primeira vez em sua história, o WTCC, Campeonato Mundial de Carros de Turismo, aporta nos Estados Unidos, tendo como base o sinuoso circuito de Sonoma, no estilo "montanha russa", localizado entre Sacramento, capital californiana, e a cidade de São Francisco, pista aquela de 4,032 quilômetros de extensão que foi construída em 1968 e modernizada em 1998, passando a receber eventos de grande porte além da NASCAR, como a Fórmula Indy, por exemplo.
Na lista de inscritos somente uma modificação, com a substituição na Bamboo Engineering de Michel Nykjaer pelo norte-americano Robb Holland, que é ex-cliclista profissional e neste ano fez duas rodadas triplas no BTCC, Campeonato Britânico de Carros de Turismo, a bordo de um Honda Civic da equipe HARD.
A Proteam, que corre com apenas um piloto desde a etapa na Eslováquia, resolveu inscrever um segundo carro para o italiano Felice Tedeschi, que vinha fazendo aparições ocasionais em algumas categorias de turismo, como a Porsche Supercup e a Superstars International Series, tentativa essa que não obteve êxito porque nos treinos livres de sexta-feira Tedeschi capotou seu BMW 320, que não teve condições de ser reparado a tempo para a prova.
A pole position ficou com Alain Menu, que roubou a ponta de Gabriele Tarquini nos instantes finais da qualificação ao marcar o tempo de 1min45s232, à média de 137,935 km/h, deixando Yvan Muller em terceiro e Robert Huff em quarto.
A primeira bateria, no entanto, se resumiu praticamente ao que aconteceu logo na curva 2, quando Tarquini e Menu se tocaram, fazendo com que o italiano caísse para a quinta posição, deixando a Chevrolet em formação de trifeta liderado pelo suíço, seguido de Muller e Huff, eliminando qualquer esperança de uma briga ferrenha pela ponta.
Quando todos já esperavam um outro pódio composto por todos os pilotos da marca da gravatinha, que corria "em casa", o Cruze de Menu apresentou problemas na direção assistida, o que o fez perder algumas posições até se dirigir para os boxes e abandonar a prova.
Por esse motivo, a Chevrolet teve de se contentar com "apenas" uma dobradinha, com Yvan Muller conquistando sua oitava vitória na temporada, deixando Robert Huff, que não se arriscou a atacar de forma mais enfática seu colega de equipe, na segunda colocação, cabendo a Norbert Michelisz a última vaga no pódio por ter sido "o melhor do resto".
A animação da prova ficou para a disputa pelas posições intermediárias, principalmente aquela travada nas voltas 7 e 8 entre Coronel e Bennani, quando o holandês chegou a acertar duas vezes o carro do marroquino até que conseguiu provocar a rodada deste para ficar com a oitava colocação.
Entre os independentes, a vitória ficou, por óbvio, para Norbert Michelisz, com Alex MacDowall na segunda colocação e Franz Engstler, beneficiado pelo incidente entre Coronel e Bennani, na terceira colocação.
Marcaram pontos na primeira bateria:
1º
| Yvan Muller (FRA) | Chevrolet Cruze 1.6T |
2º
| Robert Huff (GBR) | Chevrolet Cruze 1.6T |
3º
| Norbert Michelisz (HUN) | BMW 320 TC (i) |
4º
| Gabriele Tarquini (ITA) | Seat León WTCC 1.6T |
5º
| Alex MacDowall (GBR) | Chevrolet Cruze 1.6T (i) |
6º
| Tiago Monteiro (POR) | Seat León 1.6T |
7º
| Franz Engstler (ALE) | BMW 320 TC (i) |
8º
| Tom Coronel (HOL) | BMW 320 TC |
9º
| Stefano D'Aste (ITA) | BMW 320 TC (i) |
10º | Tom Boardman (GBR) | Seat León WTCC 1.6T (i) |
Com os Chevrolet largando do meio do pelotão em razão da inversão entre os dez primeiros colocados da qualificação, a segunda bateria foi um pouco mais movimentada, ainda que os Cruze oficiais de fábrica tenham tido uma certa "ajudinha" dos adversários até chegarem à liderança da corrida.
O primeiro a abrir caminho foi D'Aste, que rodou sozinho na curva 11, o grampo que leva à reta principal, e Bennani foi o próximo, deixando a liderança para Engstler, que segurou Muller por algumas voltas até o francês dar um leve "totó" no BMW na longa curva 6, forçando uma rodada do alemão.
A atitude do piloto da Chevrolet, no entanto, não passou impune, sendo considerada anti-desportiva, levando os comissários a impingir ao francês um drive through, o que foi suficiente para atirar Yvan Muller para longe da zona de pontuação.
Difícil entender a conduta de Muller, já que era questão de tempo até conseguir se livrar de Engstler e, além disso, tinha a prova sob seu controle, pois seu mais próximo rival na briga pelo título estava logo atrás dele, o que significa dizer que não havia motivos para que o francês se arriscasse daquela forma, colocando tudo a perder.
Alheio a tudo isso, Robert Huff herdou a ponta da corrida e levou seu carro para a vitória após suportar forte pressão que lhe foi imposta por Norbert Michelisz, sedendo em suplantar os Cruze no próprio solo.
Sem conseguir superar Huff, Michelisz teve de se conformar com o segundo lugar na classificação geral, vencendo novamente pelo Troféu Yokohama, deixando Alex MacDowall repetir a segunda colocação, com Tom Boardman em terceiro.
Outro que fez grande corrida foi Gabriele Tarquini, que ficou com a última vaga do pódio saindo da nona colocação, utilizando de sua grande experiência para protagonizar belas ultrapassagens sobre MacDowall e Monteiro, o qual se despede da Seat para iniciar o programa da Honda no WTCC.
Repetindo o que aconteceu na GP2 em Cingapura, Charles Ng foi desclassificado da segunda bateria em Sonoma por ignorar a bandeira vermelha com disco laranja que lhe foi dada para que ele reparasse seu carro após se chocar com Oriola na briga pela 11ª colocação.
Marcaram pontos na segunda bateria:
1º
| Robert Huff (GBR) | Chevrolet Cruze 1.6T |
2º
| Norbert Michelisz (HUN) | BMW 320 TC (i) |
3º
| Gabriele Tarquini (ITA) | Seat León WTCC 1.6T |
4º
| Alain Menu (SUI) | Chevrolet Cruze 1.6T |
5º
| Tom Coronel (HOL) | BMW 320 TC |
6º
| Tiago Monteiro (POR) | Seat León 1.6T |
7º
| Alex MacDowall (GBR) | Chevrolet Cruze 1.6T (i) |
8º
| Tom Boardman (GBR) | Seat León WTCC 1.6T (i) |
9º
| Stefano D'Aste (ITA) | BMW 320 TC (i) |
10º | Franz Engstler (ALE) | BMW 320 TC (i) |
Mesmo com a vitória na primeira bateria, Yvan Muller, com sua atitude impensada na segunda prova, permitiu que Robert Huff encostasse perigosamente na briga pelo campeonato.
1º
| ![]() | 315 |
2º
| ![]() | 315 |
3º
| ![]() | 267 |
4º
| ![]() | 193 |
5º
| ![]() | 164 |
6º
| ![]() | 152 |
7º
| ![]() | 107 |
8º
| ![]() |
88
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9º
| ![]() |
63
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10º | ![]() |
52
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11º | ![]() |
47
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12º | ![]() |
47
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13º | ![]() |
37
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14º | ![]() |
23
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15º | ![]() |
20
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16º | ![]() |
17
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17º | ![]() |
14
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18º | ![]() |
12
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19º | ![]() |
9
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20º | ![]() |
7
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21º | ![]() |
3
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22º | ![]() |
1
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Com as duas vitórias na rodada dupla, Norbert Michelisz dispara na frente e abre caminho para o título entre os independentes.
1º
| ![]() | 134 |
2º
| ![]() | 109 |
3º
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85
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4º
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79
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5º
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68
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6º
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52
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7º
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51
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8º
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37
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9º
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25
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10º | ![]() |
21
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11º | ![]() |
20
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12º | ![]() |
15
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13º | ![]() |
12
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14º | ![]() |
8
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15º | ![]() |
5
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16º | ![]() |
3
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17º | ![]() |
3
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18º | ![]() |
2
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Com quase 300 pontos de vantagem, a Chevrolet fica bem próxima de mais um título de construtores.
1º | ![]() | 761 |
2º | ![]() | 486 |
3º | ![]() | 472 |
Pelo Troféu Yokohama, a ROAL segue na frente, já que a Tuenti conseguiu em Sonoma descontar apenas um pouco da desvantagem que tinha enquanto a Zengö, atualmente a quarta colocada, entra na briga pelo título.
1º
| ![]() | 136 |
2º
| ![]() | 123 |
3º
| ![]() | 116 |
4º
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101
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5º
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58
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6º
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58
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7º
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39
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8º
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33
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9º
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22
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10º | ![]() |
16
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A próxima etapa do WTCC acontece daqui a praticamente um mês, no dia 21 de outubro, iniciando a temporada asiática do certame com a prova em Suzuka, no Japão, utilizando o circuito Leste, que compreende toda a sequência inicial dos "esses", retornando à reta principal com uma curva à direita na Dunlop.
No ano passado, o evento japonês foi vencido por Alain Menu, a bordo do Chevrolet Cruze, e por Tom Coronel, pilotando um BMW 320 TC.
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