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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Buddh



A Fórmula 1 retorna no próximo domingo ao Buddh International Circuit, pista que estreou no calendário da categoria no ano passado em meio a grandes dúvidas, para o II GP da Índia, em mais um claro esforço de Bernie Ecclestone pelo dinheiro oriental em detrimento das tradicionais pistas europeias.

A pista fica em Greater Noida, uma cidade a cerca de cinquenta quilômetros a sudeste de Nova Délhi, em um complexo denominado de Jaypee Sports no meio do nada e que também abrigará um estádio, cuja construção já revoltou a população local, a quem o governo prometeu que, no local, seria erguido um centro industrial, visando a geração de emprego na região.

O projeto do autódromo ficou, obviamente, a cargo de Hermann Tilke, arquiteto queridinho de Ecclestone, e que também foi o responsável pelas novas pistas asiáticas da Fórmula 1, bem como é responsável pelo projeto das novas pistas em Austin, no Estados Unidos, que debutará em três semanas.

O traçado possui 5,125 quilômetros, girando no sentido horário, com um total de dezesseis curvas, sendo nove para a direita e sete para a esquerda, e logo se nota a sua característica de média para alta velocidade, com muitas curvas feitas em quarta ou quinta marchas e o alargamento da pista nas áreas que precedem os cotovelos, o que permite uma diversidade de traçados, isso sem contar a grande diferença no relevo ao longo de sua extensão, que chega a quatorze metros entre o ponto mais baixo e o mais elevado.

Os pontos mais propícios para ultrapassagens certamente serão na freada para a curva 4 após a longa reta oposta, na curva 1 e, com alguma sorte, na curva 16, ainda que no ano passado as chances para esse tipo de manobra estiveram bem reduzidas em razão do grande acúmulo de sujeira no asfalto fora do trilho habitual dos carros.

Para ajudar, a direção de prova designou novamente dois pontos de ativação do DRS, o dispositivo da asa traseira móvel, com seus respectivos pontos de detecção independentes, com a primeira zona de ativação será na reta principal, a 36 metros da saída da última curva, com a zona de detecção dez metros após a tangência da curva 15, tal qual no último evento em Buddh.

Já a segunda zona de ativação no meio da reta oposta foi aumentada em relação ao ano passado e se iniciará a cerca de 430 metros após curva 3, a mais lenta da pista, cuja detecção ficará posicionada dezesseis metros antes da tangência da mesma curva 3, mantendo a mesma posição utilizada em 2011.

No ano passado, Sebastian Vettel, a bordo do Red Bull RB6/Renault V8 fez "barba, cabelo e bigode", com a pole position, melhor volta e vitória, razão pela qual ele é detentor do recorde oficial da pista com o tempo de 1min27s249, com média de 211,464 km/h, tempo este que certamente será batido em razão da esperava limpeza da pista.

A reta principal é a segunda maior da pista, onde os carros atingem pouco mais de 290 km/h até a freada pouco depois da placa dos cem metros para a primeira curva, semelhante à curva 1 de Istambul, porém tomada à direita, em segunda marcha a cerca de 110 km/h, com a saída às cegas em razão do desnível no local.

Logo depois vem a curva 2 à esquerda, que é um mero desvio da trajetória, já com os carros em plena aceleração, com a quarta velocidade engatada e à 200 km/h, iniciando um trecho de forte aclive que leva à curva 3, um gancho "cego" à direita, freando na placa dos cinquenta metros, reduzindo de sexta para a segunda marcha, a pouco menos de 70 km/h, curva que foi baseada na Spitzkehre de Hockenheim.

O cotovelo leva à reta oposta, que possui 1,060 quilômetros, uma das mais longas do calendário, a qual se inicia em descida e termina em leve aclive, onde se atinge cerca de 318 km/h até a freada pouco depois da placa dos cem metros para a curva 4, um outro gancho à direita, o qual é antecedido por um alargamento da pista para facilitar ultrapassagens porque permite uma variação de traçado, reduzindo-se para a segunda marcha, a cerca de 90 km/h.

Segue-se para a terceira maior reta da pista, onde se atinge por volta de 280 km/h, e que leva ao sinuoso e rápido miolo, o qual é iniciado pela curva 5 à esquerda, em quinta marcha, a cerca de 200 km/h e, sem endireitar o volante, o piloto já reduz mais duas marchas para o contorno da difícil primeira chicane, formado pelas curvas 6 e 7, com a primeira perna feita à esquerda, a cerca de 150 km/h, enquanto que a segunda perna à direita é feita em quarta marcha, já por volta dos 190 km/h, onde era comum ver pilotos escapando da pista depois de perder o correto ponto de tangência.

Uma pequena reta leva à segunda chicane, que é bem mais rápida que a anterior, composta pelas curvas 8 e 9, direita e esquerda, ambas feitas em plena aceleração e em quinta marcha a cerca de 230 km/h, que leva a outra curta reta.

Foi nesse ponto que, no ano passado, Felipe Massa conseguiu a proeza de, por duas vezes, arrebentar a suspensão dianteira do seu carro ao cortar demais a curva e atingir com força a zebra interna, primeiro na curva 8 durante a qualificação e depois na curva 9 já na corrida.

Na sequência há as curvas 10 e 11, que na verdade é uma só, com tangência dupla à direita, uma espécie de "releitura" da famosa curva 8 de Istambul também criada por Hermann Tilke.

A primeira tomada é feita por volta de 200 km/h após redução da sexta para a quinta, colocando a quarta logo na saída e, sem endireitar o volante, leva-se o carro para fora, auxiliando, assim, a tangência da segunda perna, já com a quinta velocidade engatada, a pouco menos de 230 km/h e com leve folga no acelerador, para uma saída cega que "joga" o carro diretamente para a curva 12 à esquerda, já em sexta, a 240 km/h.

Após, breve segmento de reta até a curva 13 à esquerda, novamente reduzindo-se de sexta para a quinta, a cerca de 220 km/h, não deixando o carro escorregar demais para dentro seguindo para curva 14 à direita, com cambagem negativa, já em sexta marcha e a pouco menos de 240 km/h.

Saindo da 14, há um forte aclive que deixa a entrada da curva 15, inteiramente cega e em descida, reduzindo-se para a terceira marcha pouco depois da placa dos cinquenta metros, a cerca de 130 km/h, "desaguando" em novo trecho de reta, onde se chega a pouco menos de 260 km/h, em sexta marcha, quando então o piloto busca o freio também na altura do aviso de cinquenta metros para a curva 16 à esquerda, a última do traçado, também precedida por um aumento na largura da pista, um cotovelo feito em segunda velocidade a pouco menos de 100 km/h, o qual leva novamente à reta principal, completando a volta.

Abaixo seguem dois vídeos com uma volta virtual pelo circuito de Buddh:


Para este ano, a Pirelli manterá a escolha de pneus já utilizada no ano passado, ou seja, os compostos macios e duros, de faixas, respectivamente, amarelas e cinzas, o que é uma surpresa, já que era esperado que o pneu médio fosse utilizado como prime ao invés dos duros.

O momento da atual temporada é inteiramente da Red Bull, que poderá levar Sebastian Vettel a uma inédita quarta vitória consecutiva, algo que não é alcançado por nenhum piloto desde que Jenson Button venceu na Turquia no ano de 2009, completando uma sequência de triunfos também em Sakhir, Barcelona e Mônaco.

A Ferrari promete levar a Buddh um novo pacote de atualização, o qual, em parte, já teria sido utilizado, segundo a invejosa imprensa espanhola, por Felipe Massa em Yeongam, como foi o caso do escapamento copiado da Red Bull, componente que teria sido responsável pelo fato do brasileiro ter tido um desempenho superior ao de seu colega de equipe.

A McLaren, que ainda sonha com o título de construtores, também planeja uma retomada para emplacar bons resultados que levem o time de Woking novamente para o topo, onde esteve no início da temporada, bem como entre o período compreendido entre as provas de Hungaroring a Cingapura.

Neste cenário que se enxerga, mesmo com o esforço das rivais, acho difícil que o RB7 e o atual bicampeão sejam batidos, pelo menos na Índia, dada a grande superioridade da dupla nas últimas duas provas.

A prova está prevista para ser disputada em 60 voltas, totalizando um percurso de 307,249 quilômetros, que deve ser cumprido em cerca de uma hora e meia, já que inexiste possibilidade de chuva para o fim de semana, que será bastante quente segundo a meteorologia, com temperaturas ultrapassando os 30ºC.

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