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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Suzuka


No próximo domingo acontecerá o GP do Japão, a décima quinta etapa do Mundial de Fórmula 1 no já tradicional circuito de Suzuka, pista que, por vários anos, decidiu o título da categoria, em quatro ocasiões em favor de pilotos brasileiros, uma vez com Nelson Piquet (1987) e três com Ayrton Senna (1988, 1990 e 1991), mas que na atual temporada não terá o mesmo privilégio.

Suzuka é de propriedade da Honda e foi construída em 1962 como pista de testes da marca japonesa, desenhada pelo holandês John Hugenholtz com um traçado onde todos os pilotos adoram correr, principalmente pela variedade de curvas, algumas cegas, sejam elas lentas ou de alta velocidade, além das subidas e descidas, muitas mudanças de direção, características que tornam extremamente prazerosa a pilotagem.

Esse será o 39º GP do Japão, sendo que em 27 edições o evento fez parte do calendário da Fórmula 1, sendo quatro ocasiões em Fuji (1976, 1977, 2007 e 2008) e 23 vezes em Suzuka (1987 a 2006 e 2009 a 2011).

O maior vencedor da prova é Michael Schumacher, com seis triunfos em 1995, 1997, 2000, 2001, 2002 e 2004, mas o recorde da pista pertence a Kimi Räikkönen que, em 2005, marcou o tempo de 1min31s540 com um McLaren MP4-20/Mercedes-Benz V10, com média de 228,372 km/h, marca que somente será alcançada em durante a qualificação.

Trata-se de um traçado de média para alta velocidade e que passou praticamente por pouquíssimas reformas, como foi o caso da chicane que leva à reta principal e da entrada dos boxes.

A última grande mudança aconteceu na curva que antecede a chicane, a 130R, chamada assim em razão do raio de 130 metros, em revisão após o forte acidente de Allan McNish no local em 2002, passando a ter duas tangências, a primeira de 85 metros, e a segunda de 340 metros, tornando-a mais fácil de ser contornada.

O circuito possui 5,807 quilômetros de extensão e tem a característica única de formato de "8", com a reta oposta passando por cima da seção inicial através de um pequeno túnel, com um total de dezoito curvas, sendo dez para a direita e oito para a esquerda. 

Apesar de se tratar de uma pista em que existe muita dificuldade em se realizar as ultrapassagens, os principais pontos utilizados pelos pilotos para a manobra são no final das retas principal e oposta, bem como na freada para a chicane.

Para 2012 a FIA desconsiderou a pouca efetividade do DRS no ano passado  e determinou a redução em vinte metros da zona de ativação, que terá início exatamente na linha de chegada, modificando, também, o ponto de detecção, que foi colocado a cinquenta metros da primeira perna da chicane Casio Trangle.

A reta principal, em leve declive, não é muito longa e nem curta demais, como nos circuitos de Hermann Tilke, sendo que, ao final dela, os carros atingem cerca de 300 km/h, quando chegam para a First Curve que, na realidade, é composta das curvas 1 e 2, ambas para a direita. 

A primeira perna, mais rápida, é contornada praticamente a pleno, em sexta ou sétima marcha, a cerca de 290 km/h (e foi palco do célebre acidente após Ayrton Senna acertar a traseira da Ferrari de Alain Prost, decidindo o título de 1990 como vingança pelo que acontecera no ano anterior e também da famosa saída de pista de Nigel Mansell em 1991 que definiu o título da temporada em favor de Ayrton Senna). 

Para a segunda perna, o piloto precisa iniciar a freada logo após a tangência da curva 1, reduzindo mais quatro marchas, dando início à subida, a cerca de 140 km/h.

Depois, um brevíssimo trecho em reta antes da sequência dos rápidos "Esses", primordiais para um bom tempo, sendo a primeira perna, a curva 3 à esquerda, feita praticamente sem levantar o pé, em quinta marcha a cerca de 250 km/h. 

Logo em seguida, o piloto traz o carro para dentro para o contorno da curva 4, à direita, reduzindo uma marcha, a cerca de 200 km/h, com nova mudança de rumo com a curva 5 à esquerda, sem redução do câmbio, mas a pouco mais de 180 km/h até chegar à curva 6, à direita, a última dos "Esses", que é mais longa, feita em terceira marcha, a cerca de 160 km/h.

Na saída da curva 6 o piloto traz rapidamente o carro para o lado interno da pista para conseguir tangenciar bem a curva seguinte, a 7, chamada de Dunlop Curve, em forte aclive e, portanto, cega, já que o piloto não consegue enxergar a saída, possuindo dois pontos de tangência à esquerda, sendo o primeiro feito com um pequeno alívio do acelerador, já em quinta marcha, a mais de 190 km/h, e o segundo, em aceleração plena, em sexta velocidade, a cerca de 250 km/h.

Depois da curva 7, um brevíssimo trecho em reta que leva à curva 8 à direita, reduzindo de sétima para quarta marcha, a cerca de 190 km/h, seguido na sequência da curva 9, a Degner Curve, também à direita, com um ângulo de quase 90º, feita em terceira marcha, a cerca de 130 km/h, após a qual a pista passa por um pequeno túnel, local da intersecção com a reta oposta. 

Posteriormente há a curva 10, à direita, feita sem alívio no acelerador, e se trata de um leve desvio na trajetória que leva ao Hairpin, a curva 11, à direita, feita em segunda marcha, a cerca de 80 km/h, onde, na saída, o piloto leva o carro para o lado interno da pista para facilitar o contorno da próxima curva, a 12, à direita, a pleno, também com duas tangências, ambas feitas em sétima marcha, sendo a primeira perna a cerca de 280 km/h, em descida, e a segunda a pouco mais de 290 km/h, já em subida.

Logo em seguida vem a freada para a Spoon Curve, a "Curva da Colher", batizada em razão do formato peculiar no local, composta das curvas 13 e 14, ambas à direita, sendo a primeira delas um pouco mais aberta, contornada em quarta marcha, a cerca de 180 km/h, sem necessidade de endireitar o volante, sendo preciso apenas a redução de uma marcha para fazer a tangência da segunda perna a 140 km/h em mais um ponto cego por estar bem no alto. 

Após a 14, o carro utiliza bem a zebra externa e o exagero é frequente,  geralmente resultando em acidente, como aconteceu durante a Q2 em 2009, que gerou inúmeras punições.

O carro, então, atinge a reta oposta, que se inicia em uma pequena descida, entremeada por uma pequena curva, que nada mais é do que um desvio na trajetória, e que leva a uma forte subida, trecho em que a potência do motor conta muito até chegar ao topo, quando a pista cruza por cima da seção inicial.

Ao final da reta oposta, o carro atinge de 310 km/h em sétima marcha, quando então precisa contornar a curva 15 à direita, a 130R que, como já dito, possui duas tangências, porém ambas feitas sem qualquer alívio no acelerador.

Saindo da 130R, há um breve trecho em reta, com o carro em alta velocidade, quando então há uma forte freada para a chicane, chamada de Casio Triangle, compostas das curvas 16 e 17, a primeira à direita e a segunda à esquerda, reduzindo de sétima para a segunda marcha, a cerca de 90 km/h, local onde uma trajetória sem erros garante boa velocidade na reta principal, dificultando a tentativa de ultrapassagem daquele que o precede.

Na sequência da chicane, logo em seguida há uma curva para a direita, a 18, local em que Timo Glock sofreu um forte acidente na qualificação em 2009, feita com acelerador a pleno, aumentando as marchas gradativamente até o carro ganhar a reta principal, cruzando a linha de chegada para completar uma volta pela pista.

Aqui vão dois vídeos com uma volta virtual pela pista de Suzuka:


Novamente é a McLaren a grande favorita à vitória em Suzuka, algo que pode ser comprovado pela boa fase dos MP4-27, que só perdeu o primeiro lugar em Cingapura devido à falha mecânica sofrida por Lewis Hamilton.

Resta saber se o anúncio do campeão de 2008 de que se mudará para a Mercedes em 2013 afetará o tratamento que ele receberá ainda nesta temporada, bem porque ele é o único piloto da equipe de Woking que possui chances de tirar o título de Alonso nesta temporada.

A Pirelli novamente alterou a escolha dos compostos para o evento, mantendo os pneus macios, substituindo os médios, utilizados em 2011, pelos duros, de faixa cinza, o que poderá trazer como consequência a diversidade na estratégia de pneus, ainda que a mais comum deverá ser mesmo a de duas paradas.

A prova está prevista para ser disputada em 53 voltas, totalizando um percurso de 307,471 quilômetros, que deve ser cumprido em menos de uma hora e meia em caso de pista seca ou ausência de intervenção do safety car, ressaltando que a meteorologia não prevê ocorrência de chuvas durante próximo o fim de semana.

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