Neste fim de semana, entre os dias 04 a 07 de outubro, a região Alsácia, terra natal de Sébastien Loeb, foi palco do Rally da França, a antepenúltima etapa do WRC, Campeonato Mundial de Rally, com um total de 22 estágios cronometrados, sendo um na quinta-feira (uma super-especial nas ruas de Estrasburgo), sete na sexta-feira, oito no sábado e os seis restantes no domingo, totalizando 404,90 quilômetros de competição, ou 1.388,49 quilômetros de extensão contando com os trechos de ligação.
Depois de ficar ausente do calendário da categoria em 2009, o Rally da França, que normalmente era disputado na Córsega, foi realocado pela FIA em 2010 para a Alsácia, região que, em muito, motivou o início da I Guerra Mundial. Apesar do novo local, as características da etapa se mantiveram, já que o evento foi disputado inteiramente em piso de asfalto.
Para 2012 os organizadores realizaram algumas mudanças em relação ao ano passado, diminuindo um estágio competitivo, mas em compensação aumentando o percurso competitivo em cinquenta quilômetros, com 44% da extensão em áreas não utilizadas em 2011, sendo finalizado novamente com uma super-especial na cidade de Haguenau, local onde o multicampeão morou por muitos anos.
A grande notícia durante a semana foi o anúncio feito por Sébastien Loeb de que esta seria sua última temporada no WRC, já que estaria embarcando no projeto da Citroën para o WTCC a partir de 2013 e para a sua própria equipe na categoria LMP2 para a disputa não só das 24 Horas de Le Mans como do Campeonato Mundial de Endurance da FIA.
É, pois, uma grande perda para a categoria, ainda que a ausência de seu principal nome possa trazer ao WRC um pouco mais de equilíbrio, em contraste ao grande domínio que Loeb vem exercendo desde 2004 sem adversários à sua altura.
Para esta etapa houve a inscrição de alguns pilotos locais mais famosos, como é o caso de Yvan Muller, tricampeão do WTCC, e Romain Dumas, desde 2009 piloto da Audi nos campeonatos de endurance, ambos com equipe própria a bordo de um Mini Cooper.
Depois de se dar ao luxo de não vencer em Gales justamente para comemorar o seu nono título consecutivo em casa, Sébastien Loeb deixa claro, ao escolher o lugar em que conquistará seu título, o tamanho de sua supremacia na categoria.
Sem adversários no piso de asfalto, já que seu principal concorrente, Sébastien Ogier, desligou-se da Citroën no fim do ano passado para se voltar ao projeto do Polo da equipe oficial da Volkswagen, Loeb novamente dominou a etapa em solo pátrio e nem mesmo a forte chuva que caiu durante o domingo foi capaz de mudar o cenário que se desenhou desde o início da competição na quinta-feira.
Superior a todos, Loeb venceu metade dos estágios cronometrados até o sábado, abrandando seu ímpeto no domingo, dia que não foi capaz de ganhar uma só especial, muito em razão das condições traiçoeiras do asfalto em razão da grande quantidade de água, como se estivesse administrando sua vantagem para não frustrar a sua torcida que aguardava ansiosamente mais uma vitória e a conquista do eneacampeonato.
A dupla da Ford bem que tentou fazer frente ao piloto principal da Citroën, mas longe de seu habitat natural, a terra, o máximo conquistado foi o segundo lugar de Jari-Matti Latvala, que escapou de um abandono quase certo após uma escapada na SS10 que o fez cair uma vala e, felizmente, só trouxe danos estéticos ao Ford Fiesta.
Já o colega de Latvala, Petter Solberg, não teve a mesma sorte em uma saída de pista no estágio anterior, a SS9, quando atravessou um campo de vinha e só parou quando acertou um poste elétrico, que foi derrubado com o impacto, causando grandes estragos que o levaram ao abandono, enterrando aquela que seria mais uma chance de pódio.
Com isso, o terceiro lugar caiu no colo do sempre discreto Mikko Hirvonen, que fez sua melhor participação em seu piso menos favorito, o asfalto, ajudando seu time a abocanhar mais um título de construtores.
Após uma reação espetacular no domingo, Thierry Neuville, da equipe júnior da Citroën, alcançou seu melhor resultado da carreira em sua temporada de estreia a bordo de um carro do WRC, o quarto lugar, realçando a habilidade do belga, que venceu cinco dos seis estágios no último dia em condições bastante críticas em razão da chuva, o que lhe valeu duas posições na classificação final.
Neuville, aliás, só deixou de levar no domingo o power stage que, curiosamente, foi a antepenúltima especial da competição, tendo como vencedor pela primeira vez o estoniano Ott Tänak, com o tempo de 10min24s0, deixando o belga da Citroën Junior, que cronometrou 10min24s9, em segundo e Mads Ostberg em terceiro ao fazer 10min25s8.
De se destacar também o sétimo lugar do russo Evgeny Novikov, conquistado mesmo após uma saída de pista por sobre o vinhedo e uma capotagem, ambos incidentes ocorridos no último dia do rally.
A nota triste da competição ficou para o acidente sofrido por Nasser Al-Attiyah na SS10, que, ao sair da pista em alta velocidade, acertou algumas árvores, atingindo também dois espectadores, que tiveram algumas fraturas em braços e pernas, causando grande preocupação nos organizadores, os quais chegaram a cancelar a SS12 em razão do excesso de pessoas ao longo do percurso.
Outro que deixou de pontuar depois de um bom rally foi Daniel Sordo, que chegou a figurar na quinta colocação com seu Mini Cooper da equipe Prodrive quando começou a ter problemas no freio de mão, o que o impedia de tomar os grampos da forma ideal até que a direção assistida do carro quebrou, obrigando o espanhol a abandonar a competição, dando oportunidade para que o piloto local Sébastien Chardonnet, em sua oitava participação na categoria, a primeira em um carro da principal divisão, marcasse seu primeiro ponto da carreira.
Os brasileiros que participaram do Rally da França, Paulo Nobre e Daniel Oliveira, não conseguiram terminar a prova, ambos com abandonos no domingo, o primeiro pelos danos sofridos após uma saída de pista na SS20, que o levou a acertar uma árvore e cair em numa vala, enquanto que o segundo teve uma quebra da suspensão na SS18, causando uma saída de pista do Ford Fiesta.
Já os participantes de "fim de semana" tiveram melhor sorte, já que Yvan Muller ficou com o 14º lugar em sua terceira aparição em uma prova do WRC enquanto que Romain Dumas, em sua estreia na categoria, terminou a competição na 16ª posição.
Esses foram os que marcaram pontos no Rally da França:
Depois de ficar ausente do calendário da categoria em 2009, o Rally da França, que normalmente era disputado na Córsega, foi realocado pela FIA em 2010 para a Alsácia, região que, em muito, motivou o início da I Guerra Mundial. Apesar do novo local, as características da etapa se mantiveram, já que o evento foi disputado inteiramente em piso de asfalto.
Para 2012 os organizadores realizaram algumas mudanças em relação ao ano passado, diminuindo um estágio competitivo, mas em compensação aumentando o percurso competitivo em cinquenta quilômetros, com 44% da extensão em áreas não utilizadas em 2011, sendo finalizado novamente com uma super-especial na cidade de Haguenau, local onde o multicampeão morou por muitos anos.
A grande notícia durante a semana foi o anúncio feito por Sébastien Loeb de que esta seria sua última temporada no WRC, já que estaria embarcando no projeto da Citroën para o WTCC a partir de 2013 e para a sua própria equipe na categoria LMP2 para a disputa não só das 24 Horas de Le Mans como do Campeonato Mundial de Endurance da FIA.
É, pois, uma grande perda para a categoria, ainda que a ausência de seu principal nome possa trazer ao WRC um pouco mais de equilíbrio, em contraste ao grande domínio que Loeb vem exercendo desde 2004 sem adversários à sua altura.
Para esta etapa houve a inscrição de alguns pilotos locais mais famosos, como é o caso de Yvan Muller, tricampeão do WTCC, e Romain Dumas, desde 2009 piloto da Audi nos campeonatos de endurance, ambos com equipe própria a bordo de um Mini Cooper.
Depois de se dar ao luxo de não vencer em Gales justamente para comemorar o seu nono título consecutivo em casa, Sébastien Loeb deixa claro, ao escolher o lugar em que conquistará seu título, o tamanho de sua supremacia na categoria.
Sem adversários no piso de asfalto, já que seu principal concorrente, Sébastien Ogier, desligou-se da Citroën no fim do ano passado para se voltar ao projeto do Polo da equipe oficial da Volkswagen, Loeb novamente dominou a etapa em solo pátrio e nem mesmo a forte chuva que caiu durante o domingo foi capaz de mudar o cenário que se desenhou desde o início da competição na quinta-feira.
Superior a todos, Loeb venceu metade dos estágios cronometrados até o sábado, abrandando seu ímpeto no domingo, dia que não foi capaz de ganhar uma só especial, muito em razão das condições traiçoeiras do asfalto em razão da grande quantidade de água, como se estivesse administrando sua vantagem para não frustrar a sua torcida que aguardava ansiosamente mais uma vitória e a conquista do eneacampeonato.
A dupla da Ford bem que tentou fazer frente ao piloto principal da Citroën, mas longe de seu habitat natural, a terra, o máximo conquistado foi o segundo lugar de Jari-Matti Latvala, que escapou de um abandono quase certo após uma escapada na SS10 que o fez cair uma vala e, felizmente, só trouxe danos estéticos ao Ford Fiesta.
Já o colega de Latvala, Petter Solberg, não teve a mesma sorte em uma saída de pista no estágio anterior, a SS9, quando atravessou um campo de vinha e só parou quando acertou um poste elétrico, que foi derrubado com o impacto, causando grandes estragos que o levaram ao abandono, enterrando aquela que seria mais uma chance de pódio.
Com isso, o terceiro lugar caiu no colo do sempre discreto Mikko Hirvonen, que fez sua melhor participação em seu piso menos favorito, o asfalto, ajudando seu time a abocanhar mais um título de construtores.
Após uma reação espetacular no domingo, Thierry Neuville, da equipe júnior da Citroën, alcançou seu melhor resultado da carreira em sua temporada de estreia a bordo de um carro do WRC, o quarto lugar, realçando a habilidade do belga, que venceu cinco dos seis estágios no último dia em condições bastante críticas em razão da chuva, o que lhe valeu duas posições na classificação final.
Neuville, aliás, só deixou de levar no domingo o power stage que, curiosamente, foi a antepenúltima especial da competição, tendo como vencedor pela primeira vez o estoniano Ott Tänak, com o tempo de 10min24s0, deixando o belga da Citroën Junior, que cronometrou 10min24s9, em segundo e Mads Ostberg em terceiro ao fazer 10min25s8.
De se destacar também o sétimo lugar do russo Evgeny Novikov, conquistado mesmo após uma saída de pista por sobre o vinhedo e uma capotagem, ambos incidentes ocorridos no último dia do rally.
A nota triste da competição ficou para o acidente sofrido por Nasser Al-Attiyah na SS10, que, ao sair da pista em alta velocidade, acertou algumas árvores, atingindo também dois espectadores, que tiveram algumas fraturas em braços e pernas, causando grande preocupação nos organizadores, os quais chegaram a cancelar a SS12 em razão do excesso de pessoas ao longo do percurso.
Outro que deixou de pontuar depois de um bom rally foi Daniel Sordo, que chegou a figurar na quinta colocação com seu Mini Cooper da equipe Prodrive quando começou a ter problemas no freio de mão, o que o impedia de tomar os grampos da forma ideal até que a direção assistida do carro quebrou, obrigando o espanhol a abandonar a competição, dando oportunidade para que o piloto local Sébastien Chardonnet, em sua oitava participação na categoria, a primeira em um carro da principal divisão, marcasse seu primeiro ponto da carreira.
Os brasileiros que participaram do Rally da França, Paulo Nobre e Daniel Oliveira, não conseguiram terminar a prova, ambos com abandonos no domingo, o primeiro pelos danos sofridos após uma saída de pista na SS20, que o levou a acertar uma árvore e cair em numa vala, enquanto que o segundo teve uma quebra da suspensão na SS18, causando uma saída de pista do Ford Fiesta.
Já os participantes de "fim de semana" tiveram melhor sorte, já que Yvan Muller ficou com o 14º lugar em sua terceira aparição em uma prova do WRC enquanto que Romain Dumas, em sua estreia na categoria, terminou a competição na 16ª posição.
Esses foram os que marcaram pontos no Rally da França:
1º
| Sébastien Loeb (FRA) | Citroën DS3 |
2º
| Jari-Matti Latvala (NOR) | Ford Fiesta |
3º
| Mikko Hirvonen (FIN) | Citroën DS3 |
4º
| Thierry Neuville (BEL) | Citroën DS3 |
5º
| Mads Ostberg (NOR) | Ford Fiesta (privado) |
6º
| Ott Tänak (EST) | Ford Fiesta |
7º
| Evgeny Novikov (RUS) | Ford Fiesta |
8º
| Chris Atkinson (AUS) | Mini Cooper (privado) |
9º
| Martin Prokop (TCH) | Ford Fiesta |
10º | Sébastien Chardonnet (FRA) | Citroën DS3 (privado) |
Com duas provas de antecedência, Sébastian Loeb arrebata o seu nono título mundial consecutivo, algo sem precedentes na história do automobilismo, situação que, por si só, a vontade do francês em enfrentar novos desafios em sua carreira.
Ainda com 56 pontos em jogo, Hirvonen precisa ainda marcar treze tentos a mais do que Latvala para ficar com o seu quarto vice-campeonato no WRC já na Itália, o que daria à Citroën uma dobradinha inédita.
1º
| Sébastien Loeb | 244 |
2º
| Mikko Hirvonen | 173 |
3º
| Jari-Matti Latvala | 131 |
4º
| Mads Otsberg | 125 |
5º
| Petter Solberg |
119
|
6º
| Evgeny Novikov
|
69
|
7º
| Thierry Neuville |
52
|
8º
| Martin Prokop |
42
|
9º
| Ott Tänak |
37
|
10º
| Daniel Sordo |
31
|
11º
| Sébastien Ogier |
31
|
12º
| Nasser Al-Attiyah |
28
|
13º
| Chris Atkinson |
14
|
14º
| Armindo Araújo |
11
|
15º
| François Delecour |
8
|
16º
| Dennis Kuipers |
8
|
17º
| Andreas Mikkelsen |
7
|
18º
| Henning Solberg |
6
|
19º
| Pierre Campana |
6
|
20º
| Matti Rantanen |
6
|
21º
| Jari Ketomaa |
6
|
22º
| Matthew Wilson |
4
|
23º
| Yazeed Al-Rajhi |
4
|
24º
| Patrik Sandell |
4
|
25º
| Ken Block |
4
|
26º
| Sébastien Chardonnet |
1
|
27º
| Ricardo Triviño |
1
|
28º
| Mathieu Arzeno |
1
|
29º
| Peter van Merksteijn |
1
|
30º
| Eyvind Brynildsen |
1
|
31º
| Abdulaziz Al-Kuwari |
1
|
32º
| Manfred Stohl |
1
|
A Citroën também assegurou "em casa" a sua oitava coroa de construtores, deixando a equipe oficial de fábrica da Ford, mais uma vez, como vice-campeão, já que seu time satélite matematicamente não tem chances de ascender ao segundo posto.
1º | Citroën WRT | 388 |
2º | Ford WRT | 259 |
3º | M-Sport WRT | 137 |
4º | Citroën Junior WRT |
72
|
5º |
Adapta WRT
|
71
|
6º |
Qatar WRT
|
63
|
7º |
Mini WRC Team
|
26
|
8º | Brazil WRT |
20
|
O próximo compromisso do WRC acontecerá daqui a duas semanas na ilha da Sardenha, que sedia o Rally da Itália, disputado em pisto de terra, evento que foi vencido por Sébastien Loeb no ano passado.
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