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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Yas Marina



Sem qualquer descanso, o circo da Fórmula 1 segue da Índia diretamente para antepenúltima etapa do calendário, o GP de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, a ser disputado no circuito de Yas Marina, mais uma pista desenhada por Hermann Tilke e que recebe anualmente diversas críticas dos pilotos e jornalistas devido ao excesso de curvas de segunda e terceira marchas, bem como às dificuldades de se ultrapassar, como Fernando Alonso sentiu na pele em 2010 ao comboiar Vitaly Petrov praticamente a prova inteira, o que culminou na perda do título para Sebastian Vettel.

Abu Dhabi é a capital dos Emirados Árabes Unidos e tem como rival a cidade de Dubai, cidades que disputam em extravagâncias, já que, se uma possui um autódromo que recebe a Fórmula 1 e recentemente inaugurou um parque temático da Ferrari, a outra constrói, em pleno Golfo Pérsico, ilhas artificiais em formato de palmeira ou de continentes, tudo bancado pelo farto dinheiro advindo das reservas de petróleo na região.

Sabedores que o combustível fóssil está se esgotando, as autoridades locais partiram para o ramo do turismo e hoje ainda se ressentem de dificuldades financeiras causadas pela crise econômica de 2008.

Desenhado para ser uma versão árabe de Mônaco, o circuito de Yas Marina foi inaugurado em 2009, o que faz desta a quarta edição do GP de Abu Dhabi, seguindo a tendência atual da categoria de buscar os mercados asiáticos, os quais são sinônimo de dinheiro no bolso do Sr. Bernie Ecclestone, o todo-poderoso da Fórmula 1.

Sebastian Vettel é o piloto dominador dessa pista, pois venceu as prova de 2009 e 2010 e ainda detém o recorde da pista que remota ao ano de 2009, quando marcou o tempo de 1min40s279, com média de 199,387 km/h, a bordo do Red Bull RB5/Renault V8.

A pista tem 5,554 quilômetros de extensão e gira no sentido anti-horário, tendo ao todo 21 curvas, sendo doze para a esquerda e nove para a direita, com duas longas retas, que são os principais pontos de ultrapassagem, ainda que tal manobra seja artigo de luxo nesse traçado, e tem a curiosidade de possuir um túnel que serve para que o trecho de saída dos boxes cruze por baixo a pista, levando os carros à pista diretamente entre as curvas 2 e 3.

As esperadas reformas nas curvas 5 e 6, bem como a entrada da 7, alteração na cambagem da curva 9 e alargamento das curvas 13 e 14 prometidas para 2011 ainda não foram feitas, restando a todos apenas contemplar a beleza do hotel que fica à beira da pista, cuja iluminação à noite torna ainda mais belas as imagens, ainda que a prova em si não acompanhem essa beleza exterior.

Para este ano foram mantidas as zonas de DRS utilizadas no ano passado, quando foram designados dois trechos de uso da dispositivo, cada uma com sua zona de detecção, tendo a primeira zona de ativação 470 metros após a curva 7, com a detecção posicionada a quarenta metros daquela curva, enquanto que a segunda zona de de abertura se inicia na tangência da curva 10, com o ponto de averiguação cinquenta metros após a curva 9.

Apesar de ser um traçado em que o acelerador fica a fundo por cerca de 73% da volta, a pista é de baixa velocidade, com a utilização de alta carga aerodinâmica pelos carros.

A volta se inicia uma reta relativamente curta, como acontece em alguns dos circuitos desenhados por Tilke, onde os carros atingem cerca de 290 km/h, em sexta ou sétima marcha, dependendo da configuração das engrenagens, freando pouco antes da placa dos cinquenta metros para a tomada da curva 1, à esquerda, de 90º, reduzindo para a terceira ou segunda marchas, a quase 130 km/h.

Há, então, um pequeno trecho de reta que leva a um "esse" de alta velocidade em subida, as curvas 2 e 3, com a primeira perna à esquerda e a segunda para a direita, ambas feitas a cerca de 260 km/h, em sexta marcha, exigindo um pequeno alívio no acelerador e muito cuidado na tangência da primeira perna para não perder velocidade nos trechos posteriores.

A segunda perna desse "esse" tem saída em ponto cego e "joga" o carro diretamente para a curva 4, à esquerda, que vem logo na sequência, feita "a pleno", engatando a sétima velocidade, a cerca de 300 km/h.

O piloto segue para um outro "esse", dessa vez apertado e de baixa, composto pelas curvas 5 e 6, freando novamente antes da placa dos 50 metros para o contorno da  primeira perna à esquerda, feita em segunda marcha, a cerca de 120 km/h, logo precedida pela segunda perna, também em segunda marcha, mas dessa vez a cerca de 100 km/h, com um brevíssimo trecho de reaceleração até o grampo, a curva 7, à esquerda, feito em primeira ou segunda marcha, a cerca de 80 km/h.

Saindo do grampo o carro atinge a maior reta do circuito, onde se alcança cerca de 320 km/h ao final, quando se freia forte na altura da placa dos cem metros para a tomada de mais um "esse" de baixa, constituído das curvas 8 e 9, sendo a primeira perna à esquerda a mais lenta, feita em primeira ou segunda marcha, a cerca de 80 km/h, e a segunda perna à direita já em segunda marcha, a pouco mais de 90 km/h, que leva à outra reta oposta, entremeada pela curva 10, um mero desvio de trajeto, feita com o acelerador a pleno, em sexta marcha

Ao final da reta, os carros chegam a pouco menos de 320 km/h e há nova freada, novamente perto da placa dos cem metros para a complicada curva 11, uma espécie de grampo em segunda marcha, a cerca de 100 km/h, e que é seguida de um "esse"  contornado praticamente como uma reta, igualmente em baixa velocidade, apenas buscando a tangência interna com o uso excessivo das zebras, composto das curvas 12 e 13, a sendo a primeira perna à direita e a segunda à esquerda, ambas em segunda marcha, a pouco mais de 100 km/h. 

Na sequência, uma curtíssima reta até a curva 14, à esquerda, com 90º, feita em segunda marcha, a cerca de 110 km/h.

O carro segue por um novo trecho de reaceleração que percorre as curvas 15 e 16, ambas à direita, feitas com o acelerador a pleno, já em sexta marcha, sendo que a primeira é contornada a cerca de 260 km/h e a segunda a uns 275 km/h.

Na saída da 16, o piloto deixa o carro "espalhar' e já busca o freio para contornar a curva 17, também à direita, feita em segunda marcha, a uns 110 km/h, local onde é muito fácil perder o ponto de frenagem.

Sem mexer no câmbio, o carro é trazido para o lado externo para o contorno da curva 18, à esquerda, na mesma velocidade da curva anterior, engatando por um breve momento a terceira marcha na saída, reduzindo-se novamente para a segunda para tangenciar a curva 19, a cerca de 110 km/h, passando por debaixo do complexo do hotel todo iluminado durante o período noturno com leds que vão trocando de cor entre o azul e o vermelho.

Saindo da curva 19, em que o carro chega a extrapolar o limite da zebra, há uma pequena reta onde o piloto chega a colocar a sexta marcha, reduzindo a velocidade para contornar a curva 20, à direita, a cerca de 200 km/h, com um pequeno trecho de reaceleração até a curva 21, a última do circuito, à direita, feita em segunda ou terceira marcha, há cerca de 120 km/h, e que leva o carro novamente à reta principal para completar a volta, cuja linha de chegada está posicionada bem no início da entrada dos boxes.

Seguem dois vídeos com uma volta virtual pelo circuito de Yas Marina:


Pirelli repetirá em Yas Marina a escolha de pneus já utilizada no ano passado, tendo como composto option o macio, de faixa amarela, e como composto prime o médio, de faixa branca.

Em teoria, Sebastian Vettel tem tudo para continuar a sua supremacia em Abu Dhabi, visto que só não conseguiu vencer a prova do ano passado devido a uma falha da roda traseira direita, o que o levou ao abandono logo na segunda curva da corrida.

Tendo em vista o curto espaço de tempo deixado entre o evento anterior e o do próximo domingo, é muito pouco provável que haja alguma diferença de desempenhos em relação àquilo que se viu em Buddh, algo que poderia deixar Alonso ainda mais distante na briga pelo título.

A corrida está prevista para ser disputada em 55 voltas, totalizando um percurso de 305,361 quilômetros, que deverá ser cumprido em pouco mais de uma hora e meia, ressaltando que ela terá início no final da tarde local, e será completada já à noite, com o auxílio da iluminação artificial.

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